Hoje, a maioria dos fãs da Marvel conhece Wilson Bethel pelo papel intenso de Mercenário em Daredevil, tanto na versão da Netflix quanto no Disney+. Mas poucos lembram que, antes de assumir esse vilão, ele quase foi escolhido para interpretar ninguém menos que Steve Rogers, o Capitão América. 
Em 2010, quando a Marvel buscava o protagonista de Capitão América: O Primeiro Vingador, Bethel chegou às etapas finais do processo e ficou a um passo de segurar o escudo mais famoso do cinema.
Naquele momento, a carreira de Bethel ainda estava em fase de construção. Seus trabalhos mais conhecidos eram a minissérie Generation Kill, da HBO, e a novela The Young and the Restless. A possibilidade de estrelar um blockbuster da Marvel parecia um salto quase impossível. Quando descobriu que não havia sido escolhido, ele desabafou no Facebook: “Ó Capitão, meu Capitão… não sou eu. Obrigado por todo o amor e apoio”. Uma mensagem curta, mas carregada de frustração e sinceridade.
No último painel de Daredevil: Born Again durante a L.A. Comic Con, Bethel voltou ao assunto e descreveu o episódio como algo “doloroso, mas incrivelmente decisivo”. Ele contou que, até então, não tinha certeza se realmente teria espaço em Hollywood. Mas as múltiplas audições, os testes de tela e até mesmo vestir parte do uniforme de Steve Rogers mostraram que os estúdios o levavam a sério. “Foi a primeira vez que percebi que precisava me levar a sério como ator”, afirmou.
Bethel chegou a mostrar uma foto de seu teste: usando jaqueta estilo bomber, camisa aberta e, por baixo, o uniforme do Capitão. Ele explicou que, embora a rejeição tenha doído, foi justamente essa experiência que o convenceu a encarar a profissão com outro olhar. “Não conseguir o papel foi paradoxalmente um momento fundamental, porque me fez mudar completamente a forma como eu via minha carreira.”
Além dele, outros nomes fortes também disputaram o escudo. John Krasinski, que mais tarde surgiria como Reed Richards em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, e Sebastian Stan, que se tornaria o eterno Bucky Barnes, também estavam no páreo. Curiosamente, todos eles acabaram integrando o MCU, mesmo em papéis diferentes.
Para os fãs, imaginar Wilson Bethel como Capitão América é quase um exercício de realidade alternativa. Alguns acreditam que ele teria trazido um carisma mais contido e realista ao personagem; outros defendem que Chris Evans era insubstituível. De qualquer forma, a história mostra como até uma derrota pode ser transformadora. Bethel não vestiu o manto de herói patriótico, mas ganhou confiança, maturidade e seguiu em frente até conquistar o papel que o tornou marcante. E, de certa forma, essa trajetória reflete justamente a essência da resiliência que o próprio Capitão sempre simbolizou.
1 comentário
a foto do teste ficou bem convincente, confesso