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AMD Ryzen AI 9 HX 470 e Ryzen AI 7 450: Gorgon chega com Radeon 890M rápida e foco em IA

por ytools
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A próxima geração de notebooks com foco em inteligência artificial não vai se resumir a adesivo de marketing na tampa. Com os primeiros vazamentos dos Ryzen AI 9 HX 470 e Ryzen AI 7 450, codinome Gorgon, fica claro que a AMD quer um lugar de destaque na era do PC com IA, misturando núcleos Zen 5, um NPU dedicado e uma iGPU Radeon agressivamente rápida baseada em RDNA 3.5.

Esses chips fazem parte da família Ryzen AI 400 e apareceram em benchmarks no Geekbench, revelando especificações chave e uma ideia inicial de desempenho antes do anúncio oficial, esperado para a CES 2026.
AMD Ryzen AI 9 HX 470 e Ryzen AI 7 450: Gorgon chega com Radeon 890M rápida e foco em IA
É cedo para tratar cada número como definitivo, mas já dá para entender como Gorgon substitui a linha Ryzen AI 300 e como a AMD pretende enfrentar os próximos processadores da Intel, como Panther Lake.

Ryzen AI 9 HX 470: 12 núcleos, Zen 5 híbrido e Radeon 890M a até 3,1 GHz

No topo da linha aparece o Ryzen AI 9 HX 470, construído em uma configuração híbrida: quatro núcleos Zen 5 de alto desempenho e oito núcleos Zen 5C mais compactos, totalizando 12 núcleos e 24 threads. A base de frequência aparece nos vazamentos em 2,0 GHz, com boost chegando a cerca de 5,25 GHz. O pacote de cache soma 16 MB de L3 e 12 MB de L2, números pensados para dar fôlego em multitarefa pesada, apps de criação de conteúdo e cargas de trabalho de IA que não cabem apenas no NPU.

A parte gráfica é onde o Gorgon mais chama atenção. O Ryzen AI 9 HX 470 traz a iGPU Radeon 890M com arquitetura RDNA 3.5, listada com 12 unidades de computação e clocks em torno de 3,1 GHz. Se essa combinação de quantidade de CUs e frequência se confirmar nas versões finais, estamos falando de uma das iGPUs mais rápidas que já vimos em um notebook fino e leve, entrando em território que antes era reservado a placas de vídeo dedicadas de entrada.

O chip apareceu dentro de um notebook Lenovo identificado como 83Q8, com 32 GB de memória LPDDR5X a 8500 MT/s. Para uma iGPU desse nível, a largura de banda de memória é tão importante quanto a frequência do núcleo gráfico; usar LPDDR5X rápida é praticamente obrigatório para liberar o potencial da Radeon 890M em jogos em 1080p, edição de vídeo acelerada por GPU e tarefas de IA que usam o motor gráfico.

Ryzen AI 7 450: opção premium mais acessível, ainda muito forte

Um degrau abaixo está o Ryzen AI 7 450, que mantém a filosofia híbrida, mas com 8 núcleos e 16 threads, divididos em quatro Zen 5 e quatro Zen 5C. A frequência base segue em 2,0 GHz, com boost indo até cerca de 5,15 GHz. A divisão de cache traz 16 MB de L3 e 8 MB de L2, o suficiente para embalar ultrafinos premium que precisam de desempenho sólido sem entrar na faixa de preço dos modelos topo de linha.

Na parte gráfica, ele vem equipado com a Radeon 860M em RDNA 3.5. Aqui entra um detalhe curioso dos vazamentos: alguns registros indicam 6 unidades de computação, enquanto outras fontes e materiais anteriores apontam para 8 CUs. Não seria a primeira vez que um engenheiro preenche uma ficha interna com uma configuração provisória; é comum a contagem de CUs mudar até a revisão final do silício. De qualquer forma, a 860M deve representar um salto nítido em relação à geração anterior, mesmo que a AMD mantenha clocks um pouco mais baixos que na 890M para segurar o consumo.

O Ryzen AI 7 450 apareceu em outro modelo da Lenovo, o 83Q6, também com 32 GB de LPDDR5X. Esse padrão sugere que os fabricantes já estão preparando uma linha completa de notebooks com Gorgon, em vez de apenas um modelo de vitrine, algo que a comunidade de entusiastas vem cobrando desde a época dos processadores Halo da própria AMD.

Desempenho inicial: salto real sobre a família Ryzen AI 300

Nos resultados vazados do Geekbench 6, o Ryzen AI 9 HX 470 mostra cerca de 15 por cento a mais em desempenho de núcleo único e em torno de 20 por cento a mais em cargas multi-core quando comparado à média do Ryzen AI 9 HX 370. Para um chip móvel no mesmo intervalo de TDP, isso é um avanço respeitável, resultado de uma combinação de melhorias de arquitetura com mais núcleos efetivos.

O Ryzen AI 7 450, por sua vez, entrega um ganho mais modesto, mas ainda interessante. Em multi-core, ele fica próximo do Ryzen AI 7 350, mas em single-core aparece algo em torno de 5 por cento à frente, beneficiado por um clock de boost 150 MHz maior e pelas otimizações do Zen 5. Em tarefas do dia a dia, como navegação pesada em abas, ferramentas de escritório e assistentes de IA rodando em background, essa diferença em núcleo único costuma ser o que o usuário sente na prática.

É importante lembrar que essas medições foram feitas em amostras pré-lançamento. Perfis de energia, limites térmicos e firmware ainda podem mudar, e a AMD às vezes ajusta clocks e detalhes de GPU bem perto do lançamento comercial. Mesmo com todas essas ressalvas, a direção é clara: Gorgon não é só um refresh cosmético, mas um passo consistente sobre a linha Ryzen AI 300.

Por que a iGPU e o NPU importam tanto nessa geração

Se algumas gerações atrás o foco era apenas em quem tinha mais núcleos de CPU, agora o jogo móvel envolve três frentes: CPU, iGPU e NPU. No caso do Gorgon, a Radeon 890M e a 860M chegam para disputar diretamente com gráficos integrados mais ambiciosos da concorrência. Uma iGPU com até 12 CUs em RDNA 3.5 e frequência próxima de 3,1 GHz começa a tornar perfeitamente possível jogar títulos competitivos em 1080p e usar engines 3D modernos sem depender de placa dedicada.

Do lado da IA, o NPU dos Ryzen AI 400 mira na faixa de 50 a 55 ou mais TOPS, dependendo do modelo. Essa capacidade não é pensada apenas para benchmarks sintéticos; a ideia é rodar copilotos locais, filtros de câmera, reconhecimento de fala, tradução e outros recursos em tempo real sem precisar mandar tudo para a nuvem. Em um cenário de notebooks com foco em privacidade e uso offline, um NPU forte é tão importante quanto um bom processador central.

Ao mesmo tempo, parte da comunidade tem cobrado da AMD e dos fabricantes mais notebooks com os processadores Halo da marca, que combinam CPU e iGPU ainda mais robustos. Alguns usuários questionam se não faria mais sentido a empresa investir pesado nessa linha em vez de espalhar esforços em tantos segmentos diferentes. Por outro lado, Gorgon aparece justamente como um meio termo: uma família ampla o suficiente para equipar desde máquinas mais acessíveis até modelos de vitrine, mantendo boa base de IA em toda a pilha.

A pilha completa Ryzen AI 400 Gorgon

Os documentos vazados descrevem um portfólio que vai além dos dois chips mais comentados. Abaixo do Ryzen AI 9 HX 470 deve aparecer o Ryzen AI 9 465, seguido pelo Ryzen AI 7 460, vários Ryzen AI 5 e o Ryzen AI 3 420 na base da linha. Os chips variam de 4 a 12 núcleos, com clocks de boost que podem chegar à casa de 5,2 GHz e combinações de cache ajustadas ao segmento de cada um.

Na parte gráfica, a AMD planeja de 2 até 16 unidades de computação RDNA 3.5, sempre com suporte a PCIe 4.0 para conectar SSDs rápidos ou uma eventual GPU dedicada. Os TDPs vão de aproximadamente 15 a 45 W, cobrindo desde ultrafinos mais frios até modelos que flertam com o território gamer, mas ainda portáteis.

Em resumo, Gorgon é pensado para ser um guarda-chuva único para a era dos notebooks com IA: todo modelo da família traz algum nível de aceleração dedicada, em vez de deixar essa função restrita a um ou dois processadores caros. A questão é se os parceiros da AMD vão apostar nos SKUs mais fortes em volume, ou se a maioria dos consumidores só verá as versões mais contidas nas prateleiras.

O que esperar até a CES 2026 e o que os usuários realmente querem

A expectativa é que a AMD use a CES 2026 como palco para apresentar oficialmente a linha Ryzen AI 400 Gorgon, com especificações finais, demos reais de IA rodando no NPU e os primeiros notebooks comerciais. Até lá, provavelmente veremos mais vazamentos, inclusive esclarecendo a polêmica sobre o número de CUs da Radeon 860M e trazendo números de jogos em 1080p com a 890M.

Enquanto isso, a discussão entre entusiastas e usuários comuns segue em fóruns e redes sociais. Uma parte do público só quer ver mais notebooks com o melhor que a AMD tem a oferecer, em vez de uma enxurrada de projetos baseados na concorrência. Outra parte olha com certo ceticismo para o rótulo de IA colado em todo produto novo e se preocupa mais com ganho real em desempenho, bateria e temperatura do que com quantos TOPS o NPU entrega no papel.

O cenário ideal seria algo simples: um bom número de laptops finos e leves com Ryzen AI 9 HX 470 e AI 7 450, 16 ou 32 GB de RAM, boas telas e design térmico bem feito, sem depender de GPU dedicada para tudo. Se os parceiros da AMD entregarem algo próximo disso, os Gorgon têm potencial para se tornar alguns dos notebooks mais equilibrados da próxima geração, unindo CPU forte, iGPU competente e IA realmente útil no dia a dia.

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