A TSMC, maior fabricante de chips sob contrato do mundo, parece estar cedendo à pressão dos EUA e revendo sua cadeia de produção mais avançada. A empresa está retirando equipamentos de origem chinesa das fábricas que irão produzir chips no processo de 2 nm, numa tentativa de reduzir riscos políticos e manter portas abertas em Washington.
A produção em massa com a tecnologia de 2 nm começa ainda este ano na unidade de Hsinchu, em Taiwan, seguida pela fábrica de Kaohsiung. 
Em 2026, a companhia poderá operar até quatro plantas, com capacidade de 60 mil wafers por mês. A ideia inicial era aplicar essa substituição também nas linhas de 3 nm, mas a complexidade inviabilizou a mudança.
Fornecedores chineses como AMEC e Mattson Technology, que antes faziam parte do ecossistema da TSMC, foram deixados de fora nos novos projetos. Além das máquinas, a companhia também está revisando químicos e insumos para reduzir a dependência da China. A decisão pode até ser justificada tecnicamente, mas o momento político aponta para uma clara influência norte-americana.
Esse movimento ocorre em paralelo ao debate no Congresso dos EUA sobre o projeto Chip EQUIP Act, que pretende proibir o uso de fundos do programa CHIPS and Science Act na compra de equipamentos de empresas ligadas ao governo chinês ou de outros países considerados de risco. Se aprovado, o texto terá impacto direto nas fábricas que a TSMC ergue no Arizona.
A empresa não admite abertamente que age por pressão dos EUA, mas com clientes como Apple, Qualcomm, Nvidia, AMD e Broadcom, é improvável que arrisque. Tudo indica que a TSMC quer mostrar ao mercado e a governos que sua cadeia de suprimentos está em sintonia com os ventos geopolíticos atuais.
3 comentários
boa, menos dependência da china só ajuda o mundo
os fãs da china vão reclamar mas já era esperado
já tava na hora de assumir que equipamento chinês não presta