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Todos os jogos de primeiro dia do Xbox Game Pass no Xbox Partner Preview

por ytools
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Assim que terminou a mais recente apresentação Xbox Partner Preview, ficou claro qual é a aposta do Xbox Game Pass neste momento. Em vez de um único blockbuster gigantesco roubando toda a atenção, o foco foi em uma leva inteira de jogos chegando ao serviço já no dia de lançamento: roguelites sombrios, horrores de sobrevivência, metroidvanias estilosas e co-ops estranhos que provavelmente não apareceriam em vitrines tradicionais. Alguns só chegam em 2026, outros foram revelados como shadow drops e já podem ser jogados agora mesmo. Para quem gosta de experimentar de tudo um pouco, é um prato cheio; para quem só se anima com grandes franquias, a sensação é de mais um evento sem o tal sistem seller.

Essa divisão na percepção do valor da assinatura está cada vez mais evidente.
Todos os jogos de primeiro dia do Xbox Game Pass no Xbox Partner Preview
Tem quem olhe para o preço anual do Game Pass, compare com dois ou três lançamentos AAA e conclua que não compensa continuar assinando se apenas um título da lista chama atenção. Por outro lado, muita gente diz justamente o contrário: sem a assinatura, nunca teria descoberto dezenas de indies peculiares, jogos de nicho e experiências que parecem arriscadas demais para comprar avulso. O novo Xbox Partner Preview cai bem no meio desse conflito – não há um grande salvador da pátria, mas há uma sequência de projetos com cara de futuros queridinhos do boca a boca.

Armatus: Paris pós-apocalíptica em formato de roguelite

Armatus abriu o show com um trailer forte e um conceito bem direto. Desenvolvido pela Counterplay Games, estúdio de Godfall, o jogo é um shooter em terceira pessoa com estrutura de roguelite ambientado em um Paris destruído por um evento sobrenatural. Ruas quebradas, monumentos retorcidos e portais demoníacos tomam conta da cidade, enquanto o jogador controla um guerreiro mascarado que retorna, tentativa após tentativa, para tentar retomar bairro por bairro das criaturas que tomaram o lugar.

A proposta de Armatus é juntar combate de ação, com ritmo quase de slasher, àquela velha dinâmica de só mais uma run típica de roguelites. Cada incursão pelo mapa gera combinações diferentes de inimigos, modificadores e equipamentos, e a morte serve mais como oportunidade para repensar o build do que como fracasso definitivo. Reorganizar máscaras, habilidades e armas antes de mergulhar novamente na cidade parece ser o coração da experiência. O lançamento está previsto para 2026 em Xbox Series X|S, PC e nuvem, com acesso no dia um para assinantes do Xbox Game Pass.

Cloverpit: o caça-níquel dos pesadelos para quem amou Balatro

Se em Armatus você luta contra demônios, em Cloverpit a batalha é contra o próprio vício em jogos de azar. O jogo se define como um roguelite de máquina caça-níquel, claramente mirando no público que se perdeu em Balatro e outros experimentos que misturam cartas, azar e construção de builds. Aqui, cada giro pode render poderes absurdos ou maldições cruéis que deformam completamente a sua tentativa, transformando uma sequência de boas escolhas em caos com um único spin azarado.

Cloverpit já estava disponível no PC, mas o Partner Preview revelou a versão Xbox e, de quebra, um shadow drop imediato. Quem assina o Xbox Game Pass Ultimate já pode iniciar o download no Xbox Series X|S, jogar no PC ou simplesmente testar direto pelo cloud. Para quem gosta de matemática torta, combos improváveis e derrotas tão engraçadas quanto frustrantes, há um novo buraco negro de horas esperando na biblioteca.

Crownsworn e Echo Generation 2: indies estilosos puxam a fila

Do lado das aventuras e metroidvanias, Crownsworn é, talvez, o destaque mais fácil de reconhecer no meio da apresentação. Com visual gótico, criaturas retorcidas e um clima de conto sombrio, o jogo foca fortemente em mobilidade e na sensação de controlar um personagem ágil. Em vez de repetir fórmulas, o time de desenvolvimento parece construir as fases ao redor de dashes, pulos encadeados e golpes aéreos, transformando o ato de atravessar o mundo em uma espécie de coreografia de combate e plataforma.

Sem data de lançamento definida, Crownsworn já chega com a promessa de entrar no Xbox Game Pass no primeiro dia, tanto em console quanto em PC e nuvem. Há um detalhe importante: inicialmente o jogo fará parte do catálogo do Xbox Game Pass Ultimate, o que empurra o título para o estágio premium da assinatura. Ao mesmo tempo, ele também dará as caras no Nintendo Switch e no PS5, ou seja, não será exclusivo da plataforma Xbox – mas claramente terá no serviço da Microsoft sua maior porta de entrada.

Echo Generation 2, da Cococucumber, representa uma mudança de tom em relação ao primeiro jogo. Se o original abraçava aquela vibe de crianças em bicicletas enfrentando o sobrenatural com um toque de nostalgia, a sequência parece muito mais próxima de um X-Files em formato de RPG. Pequenas cidades do interior, mistérios estranhos, segredos mal resolvidos atrás de fachadas aparentemente normais e temas um pouco mais pesados compõem a nova proposta. O estilo visual em blocos continua lá, mas a atmosfera é mais sombria e adulta. O plano é lançar Echo Generation 2 em 2026, também com presença garantida no Xbox Game Pass desde o primeiro dia.

Roguelite de faroeste da Plot Twist e o retorno de Raji

Outra aparição curiosa no Partner Preview veio da Plot Twist, estúdio responsável por The Last Case of Benedict Fox. Em vez de repetir o clima de mansão vitoriana e horror psicológico, o time agora aposta em um roguelite de faroeste com estética de pixel art 3D. Trocam-se os corredores cheios de entidades estranhas por cidades empoeiradas, trilhos de trem e horizontes alaranjados, mas a sensação de mundo em decadência continua forte.

A ideia central é brincar com a própria noção de tentativa e erro. Cada run frustrada não apenas reseta o progresso do personagem, como também empurra o mundo um pouco mais perto da ruína. O jogador precisa dosar o quanto arrisca a cada incursão sabendo que uma sequência de más decisões pode literalmente quebrar o cenário que ele está tentando salvar. O jogo chegará ao Xbox Game Pass para nuvem, PC e Xbox Series X|S, com uma versão em acesso antecipado via Xbox Game Preview no PC planejada para a primavera de 2026.

Quem curte mitologia também ganhou motivo para prestar atenção: Raji: Kaliyuga, sequência de Raji: An Ancient Epic, está a caminho. Desta vez, os desenvolvedores abandonam a visão isométrica em favor de um action game em terceira pessoa, mas mantêm o foco nas lendas e nos conflitos da antiga Índia. A guerra entre deuses, asuras e forças místicas divide palco com os dramas humanos, colocando personagens mortais no meio de uma disputa cósmica. A promessa é de uma experiência mais cinematográfica, com combates mais elaborados e uso pesado da estética e da iconografia indianas. Quando ficar pronto, Raji: Kaliyuga também estreará diretamente no Xbox Game Pass em nuvem, PC e Xbox Series X|S.

Roadside Research e Total Chaos: do co-op zoeiro ao terror bruto

Se a ideia é relaxar e dar risada, Roadside Research parece ter sido desenhado sob medida. Em vez de heróis salvando o planeta, os jogadores assumem o papel de alienígenas infiltrados em um posto de gasolina no meio do nada, nos Estados Unidos. A missão oficial é observar os humanos e coletar dados, mas, na prática, isso significa atender clientes mal-humorados, lidar com situações absurdas e torcer para que ninguém perceba que o frentista da vez não é exatamente desta galáxia.

O tom é de comédia caótica, do tipo que rende clipes engraçados e histórias internas entre amigos. O foco em cooperativo sugere partidas cheias de improviso, em que sempre existe alguém tentando fazer um teste científico no momento mais inapropriado. Roadside Research está previsto para o começo de 2026 e vai entrar diretamente no catálogo do Xbox Game Pass Ultimate para nuvem, PC e Xbox Series X|S – mais um daqueles jogos perfeitos para testar em uma noite qualquer com o grupo do Discord.

Na outra ponta do espectro está Total Chaos, survival horror em primeira pessoa criado pelo mesmo desenvolvedor de Turbo Overkill. Aqui não tem piada: o mundo é um lugar decadente e hostil, os recursos são escassos e cada corredor escuro parece esconder algo que você definitivamente preferiria não encontrar. A proposta é abraçar a tensão do gerenciamento de inventário, a sensação constante de vulnerabilidade e, claro, alguns bons sustos que fazem qualquer um reconsiderar a decisão de jogar de madrugada.

Diferente de muitos anúncios voltados para 2026, Total Chaos acabou sendo outro shadow drop da noite. O jogo já está disponível para assinantes do Xbox Game Pass Ultimate em nuvem, PC e Xbox Series X|S. Para quem achou a apresentação leve demais, este é o prato forte: terror pesado, clima opressivo e monstros bem pouco convidativos.

Vampire Crawlers: a nova aposta da poncle

Fechando a lista, talvez o anúncio mais comentado pelos fãs de indies: Vampire Crawlers, novo projeto da poncle, o estúdio por trás do fenômeno Vampire Survivors. Em vez de simplesmente repetir a fórmula de hordas infinitas em mapas abertos, o time está apostando em um dungeon crawler com elementos fortes de deckbuilding. Os caçadores de mortos-vivos e armas icônicas como a bíblia giratória e o bom e velho alho estão de volta, mas agora o coração do poder parece estar nas cartas e nas sinergias que você monta ao longo das incursões.

Ainda sem data, Vampire Crawlers já chega confirmado como título de dia um no Xbox Game Pass Ultimate, disponível em nuvem, PC e Xbox Series X|S. Considerando quantas pessoas descobriram Vampire Survivors justamente pela assinatura e pelo boca a boca, faz todo sentido ver a evolução da ideia aterrissando diretamente no mesmo ecossistema. Dentro da seleção apresentada, é possivelmente o nome com mais potencial para virar mania assim que aparecer na biblioteca.

O que essa nova leva diz sobre o futuro do Game Pass

Quando a poeira da apresentação baixa, fica uma mensagem bem clara. Este Xbox Partner Preview não foi pensado para encerrar discussões sobre grandes exclusivos ou responder às cobranças por superproduções de orçamento absurdo. Em vez disso, ele reforça o posicionamento do Xbox Game Pass como vitrine para projetos menores, experimentais e de nicho – muitos deles com foco em roguelites, horror e indies estilosos, justamente os gêneros que mais se beneficiam de uma assinatura.

Daí vem a reação dividida. Para uma parte do público, não há nada ali que justifique voltar correndo para a assinatura: poucas marcas muito conhecidas, nenhum obrigatório óbvio, muita aposta em jogos que ainda estão longe de sair. Quando se olha o valor anual do serviço e se compara com três ou quatro compras cheias, é natural que apareça a dúvida. Ao mesmo tempo, há quem enxergue exatamente nessa mistura a graça do Game Pass: a sensação de poder testar um monte de coisas estranhas sem culpa, descobrir pérolas inesperadas e abandonar sem drama o que não funcionou.

Existe ainda um benefício silencioso nessa estratégia. Sem um mega AAA monopolizando a conversa, títulos como Roadside Research ou Cloverpit ganham espaço para se tornarem os jogos do fim de semana sobre os quais todos falam de repente. A barreira de entrada é baixa – está na assinatura, é só baixar – e isso transforma cada pequeno lançamento em potencial assunto nas redes e nos grupos de amigos. No fim das contas, a nova onda de jogos de primeiro dia mostrada no Partner Preview não resolve o debate sobre custo-benefício, mas deixa claro o que a Microsoft quer que o Game Pass seja agora: uma biblioteca em constante mutação, cheia de curiosidades, esquisitices e futuros cults. Se isso parece um baú de tesouros ou um amontoado de tralha digital, aí já vai depender do gosto de cada jogador.

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1 comentário

DevDude007 December 12, 2025 - 8:35 pm

Pra mim esse tipo de lineup é perfeito: um monte de indie estranho e roguelike doido que eu nunca compraria avulso 😂

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