O TikTok vai se dividir oficialmente: os Estados Unidos terão sua própria versão do aplicativo, separada do resto do mundo. 
A partir de 5 de setembro, novos usuários americanos só poderão baixar essa nova versão exclusiva.
Essa decisão veio após pressões do governo dos EUA, que acusa o TikTok de representar riscos à segurança nacional e de servir como veículo de propaganda chinesa. Donald Trump afirmou que há um grupo de “pessoas muito ricas” pronto para comprar a operação americana da plataforma.
O app atual ainda funcionará nos EUA até março do ano que vem, mas depois disso será totalmente substituído pela versão americana. O TikTok global ficará inacessível no território americano.
O curioso é que os EUA estão adotando a mesma estratégia que tanto criticam na China: criar versões locais de plataformas globais. A nova versão americana deve manter a aparência e funções do app tradicional, mas é provável que sofra ajustes nos algoritmos e regras de conteúdo, com foco nos interesses e políticas locais.
No dia a dia, pouca coisa deve mudar para os usuários – talvez um novo ícone e algumas alterações no feed. Mas, no panorama geral, isso representa mais um passo na fragmentação da internet, onde cada país cria seu próprio “jardim murado”.
Se a venda realmente acontecer, será um marco. Se não, pode ser só mais uma promessa política vazia. De um jeito ou de outro, o TikTok vai continuar nos EUA – com bandeira nova e tudo.