Início » Sem categoria » Thrasher no Steam: ritmo, precisão e duas formas de jogar

Thrasher no Steam: ritmo, precisão e duas formas de jogar

por ytools
2 comentários 1 visualizações

Thrasher no Steam: ritmo, precisão e duas formas de jogar

Thrasher chegou ao Steam e, desta vez, do jeito que a comunidade pediu: com suporte completo a PC VR e um modo de tela plana caprichado para quem prefere jogar no monitor. Depois da estreia em julho de 2024 como um título focado em realidade virtual no Meta Quest e no Apple Vision Pro, o selo Puddle — a dupla formada pelo artista-compositor Brian Gibson e por Mike Mandel — amplia o alcance do projeto no PC em 7 de novembro de 2025. A porta de entrada para o turbilhão de luz e som nunca foi tão acessível.

Chamá-lo de “apenas uma sequência de Thumper” é reduzir o escopo. Se Thumper era um escaravelho metálico rasgando trilhos em ritmo marcial, Thrasher se comporta como um mergulho controlado em sinestesia: a música guia, a imagem sinaliza e o controle responde antes mesmo de você pensar. O jogo aposta em uma linguagem visual limpa, sem poluição de HUD, onde cada estalo de percussão abre uma janela de tempo e cada feixe de luz marca um acento. É design de leitura rítmica, mais próximo de coreografia de show do que de contagem de polígonos.

No conteúdo, o pacote do Steam chega completo: 27 níveis distribuídos em nove etapas principais e três modos de jogo. A campanha ensina, revisita e cobra com variações mais exigentes dos padrões apresentados nas primeiras horas. Em VR, a sensação de presença amplifica o impacto e o senso de velocidade; no modo tela plana, fica claro que não é adaptação improvisada. A resposta é firme, a latência é contida, e a câmera prioriza legibilidade — tudo a serviço do tempo certo. Com bons fones, o jogo parece “falar” direto com seus dedos.

O modelo de preço também mostra boa vontade. Quem já possui Thumper na biblioteca do Steam tem desconto especial na compra de Thrasher. Para quem está chegando agora, há um desconto de lançamento de 10% por tempo limitado. Consoles? Por ora, nada confirmado para Xbox ou para o ecossistema PlayStation (incluindo PS VR2), mas, com o trabalho de tela plana no PC bem resolvido, a possibilidade de portas futuras deixou de ser sonho distante.

Visualmente, a discussão é inevitável: em 2025, muita gente olha um print e solta o veredito “não impressiona”. O ponto é que Thrasher persegue minimalismo intencional. Há um parentesco assumido com a demoscene — aquela escola de fazer muito com pouco, famosa desde os tempos de microcomputadores. Quem viu uma demo bem afinada num Amiga 500 nos anos 80 sabe que clareza, ritmo e intenção podem ser mais hipnóticos do que shader novo. Em VR, esse recato visual protege conforto e leitura; no monitor, transforma linhas de visão em linhas de tempo, ajudando a acertar o golpe sem ruído.

O que vende o pacote é a coerência. A trilha de Gibson não é pano de fundo: ela projeta fases, dita cadência e estabelece gramática. As mecânicas explicam-se pela batida, as luzes pontuam a frase musical, e o jogo respeita seu tempo: ensina rápido, pune com justiça e recompensa atenção. Se Thumper abriu uma trilha própria para o ritmo-ação, Thrasher alarga a pista sem perder velocidade.

Para veteranos, é a evolução desejada; para novatos, é a melhor porta de entrada — sem obrigatoriedade de headset. Com VR, o transe ganha profundidade; em tela plana, a precisão dos timings brilha. Em qualquer formato, Thrasher entrega um percurso curto e denso, repetível, afinado na batida e pensado para ouvir antes de ver. É um retorno em alto nível para quem esperou quase uma década por um sucessor à altura.

Você também pode gostar de

2 comentários

SassySally November 13, 2025 - 10:44 pm

Não é benchmark de GPU, é jogo de ritmo. Se quer brilho por brilho, procura outra praia

Responder
SilentStorm December 10, 2025 - 1:05 am

Em VR fica imersivo sem dar enjoo; na tela, os timings parecem até mais fáceis de ler. Bom equilíbrio

Responder

Deixe um comentário