A Nintendo Switch 2 está no centro de muitas discussões – será que ela realmente entrega potência de nova geração ou é só uma repaginada da original? Em entrevista recente, Eoin O’Grady, diretor técnico da Black Shamrock (estúdio da Virtuos), trouxe detalhes interessantes: em termos de GPU, a Switch 2 chega perto do Xbox Series S, especialmente no modo dock. 
No modo portátil, a diferença é mais visível, mas o suporte ao DLSS da NVIDIA ajuda bastante a equilibrar a experiência.
Segundo O’Grady, jogos que já rodam a 60 FPS no Series S devem funcionar bem na Switch 2. A GPU tem menos potência bruta, mas o DLSS compensa com uma ótima qualidade de imagem, o que dá à Switch 2 um destaque relevante, principalmente em ports de terceiros. Vale lembrar que o Series S não tem suporte ao DLSS, o que dá vantagem à Nintendo nesse ponto.
Já o processador é um ponto mais fraco. Ele está mais próximo do que vimos no PS4 – com um leve ganho, mas ainda limitado. Jogos com física avançada, inteligência artificial pesada ou animações complexas talvez precisem de mais ajustes para manter 30 ou 60 FPS estáveis.
Outro ponto abordado foi o uso (ou falta) de DLSS em jogos como Mario Kart World e Donkey Kong Bananza. Como esses títulos têm um estilo visual mais cartunesco e foram pensados para o primeiro Switch, eles já rodam bem sem precisar do DLSS. Por outro lado, games mais exigentes como Cyberpunk 2077 mostram claramente os benefícios da tecnologia na nova plataforma.
Mas por que nem todo jogo traz DLSS na Switch 2? A resposta é simples: não dá pra usar a versão de PC direto. É necessário integrar o DLSS ao sistema gráfico NVN2 da Nintendo, e isso exige mais tempo de desenvolvimento – algo que muitos estúdios preferem deixar para depois.
Apesar das comparações com o Xbox Series S, muitos fãs estão mais interessados em saber o quanto a Switch 2 evoluiu em relação à Switch original. Fala-se em até 10x mais desempenho em alguns aspectos, especialmente nos gráficos. Mas o entusiasmo esbarra em problemas práticos: tela de qualidade questionável, bateria abaixo do esperado e um line-up inicial fraco para justificar o investimento.
No fim das contas, a Switch 2 tem seu valor – especialmente para ports e títulos futuros – mas ainda precisa provar que vale o preço cobrado. Como sempre com a Nintendo, tudo vai depender dos jogos. E por enquanto, eles ainda estão por vir.