Starlink e tráfico de drogas: internet via satélite no crime organizado

O serviço de internet Starlink da SpaceX foi relacionado a um uso surpreendente e controverso: traficantes de drogas. Um relatório recente da AFP revelou que as autoridades colombianas apreenderam um veículo semi-submersível equipado com uma antena Starlink.

Este barco, normalmente usado para contrabandear drogas, foi encontrado sem carga, o que leva a crer que os traficantes estavam testando seu funcionamento antes de carregá-lo com produtos ilícitos.

A capacidade do Starlink de fornecer cobertura quase global com seus satélites em órbita baixa tornou o serviço popular entre indústrias que necessitam de conexão constante, como companhias de cruzeiros e aviação comercial. No entanto, a disponibilidade mundial desse serviço também chamou a atenção de organizações criminosas. Barcos semi-submersíveis autônomos, que têm sido cada vez mais usados no tráfico de drogas, exigem uma conexão de internet estável para serem pilotados remotamente, e o Starlink oferece exatamente isso com sua baixa latência e alta velocidade.

O barco em questão, capaz de transportar até 1,5 toneladas de drogas, foi um dos vários navios apreendidos pela marinha colombiana em 2025. Embora o barco estivesse sem drogas, sua antena Starlink indica que os traficantes provavelmente estavam testando o barco. A qualidade das imagens é baixa, mas parece que o barco estava equipado com um modelo profissional de antena.

O serviço Starlink também oferece uma opção de roaming, permitindo que os usuários mantenham a conexão à internet enquanto se movem. No entanto, os termos de uso do Starlink proíbem o seu uso para atividades ilegais. O Starlink avisa que pode suspender ou encerrar o acesso ao serviço caso o usuário se envolva em atividades fraudulentas ou ilegais.

Enquanto as autoridades continuam a descobrir novas maneiras de traficar drogas, o uso crescente de tecnologias avançadas, como o Starlink, mostra como as organizações criminosas estão se adaptando às inovações tecnológicas. Embora esses métodos possam parecer incomuns, eles destacam uma tendência crescente de usar ferramentas de ponta para fins ilícitos.