Star Wars Outlaws no Switch 2: primeiras impressões, ray tracing e desempenho

Star Wars Outlaws desponta como um dos títulos de terceiros mais comentados no lançamento do Nintendo Switch 2, e os vídeos recentes deram um panorama claro sobre seus pontos fortes e suas limitações. A comparação direta entre a versão do Switch 2 e a do PlayStation 5 provocou discussões intensas, principalmente em torno do uso de ray tracing e da capacidade do novo console híbrido da Nintendo em entregar gráficos de geração atual.

O criador de conteúdo SuperMetalDave64 analisou o material e destacou que, embora o jogo da Ubisoft Massive traga suporte a ray tracing no Switch 2, o resultado ainda está longe do ideal.

Reflexos e iluminação sofrem com artefatos visíveis, consequência da renderização em baixa resolução. É possível notar, por exemplo, um arco refletido no chão molhado, mas com bordas tremidas e ruídos de pixels que denunciam a ausência de técnicas avançadas de reconstrução de imagem. Até agora, não foi mostrado Ray Reconstruction em funcionamento – recurso que poderia elevar bastante a qualidade visual – e isso aumenta a desconfiança dos jogadores.

Alguns observadores atentos também apontaram que certos reflexos apresentados como ray tracing são, na verdade, Screen Space Reflections (SSR), uma técnica bem mais simples e barata que costuma gerar distorções, principalmente quando os objetos saem do campo de visão. Isso evidencia que a versão do Switch 2 ainda depende fortemente de soluções via software, sem apoio total de hardware dedicado.

Mesmo com esses problemas, não dá pra dizer que Star Wars Outlaws será um port desastroso. As impressões iniciais indicam que o jogo roda de forma jogável e relativamente estável, o que surpreende para um mundo aberto dessa escala. E quando comparado a outro lançamento importante – Elden Ring: Tarnished Edition – o contraste fica ainda mais evidente. Na Gamescom 2025, a versão de Elden Ring para Switch 2 apresentou quedas constantes de frames e engasgos, provavelmente causados pelas limitações de CPU e pelas dificuldades de adaptar o pesado motor gráfico da FromSoftware. Já Outlaws, mesmo com visuais reduzidos, conseguiu manter um desempenho mais fluido.

O que tudo isso indica é que o Switch 2 pode ter uma biblioteca de ports bem irregular: alguns títulos vão se adaptar bem, outros vão tropeçar nas limitações técnicas. Para quem espera explorar a galáxia como Kay Vess no novo console da Nintendo, a boa notícia é que Star Wars Outlaws parece garantir uma experiência jogável e envolvente. E se no futuro o console realmente aproveitar técnicas como Ray Reconstruction, a diferença para o PlayStation 5 pode se tornar bem menos gritante.