
Samsung Galaxy S26 Ultra vs S25 Ultra: vale mesmo a pena atualizar?
O Samsung Galaxy S26 Ultra está ganhando forma como aquele típico upgrade que gera dúvida: é uma evolução importante ou só mais um ajuste de ano novo? Para quem olha apenas a ficha técnica, a sensação inicial é de déjà vu. O tamanho da tela continua em 6,9 polegadas com resolução QHD, a bateria segue com 5.000 mAh e as opções de memória e armazenamento permanecem praticamente as mesmas do Galaxy S25 Ultra. Mas, quando a gente sai da lista de números e entra nos detalhes, começa a aparecer um quadro bem mais interessante – com tela mais eficiente, memória mais rápida, câmeras refinadas e um corpo um pouco mais fino. Ao mesmo tempo, há um possível retrocesso em uma das câmeras e uma provável alta no preço que podem estragar a festa.
Segundo vazamentos de fontes conhecidas do universo Samsung, como o leaker Ice Universe, o Galaxy S26 Ultra não quer ser um aparelho completamente diferente, e sim um S25 Ultra mais maduro. Isso significa melhorias discretas, porém relevantes, em pontos que fazem diferença no dia a dia: brilho e consumo de tela, velocidade de memória, qualidade das fotos em condições difíceis e conforto de uso no longo prazo. Para quem vem de um S25 Ultra, pode parecer pouco. Mas para quem está com um S21, S22 ou um flagship de outra marca, o pacote começa a soar bem mais atraente.
Mesma tela de 6,9″ na teoria, mas um novo patamar de OLED na prática
Na superfície, nada muda: o Galaxy S26 Ultra mantém o painel de 6,9 polegadas, resolução QHD e o visual típico da linha Ultra, com uma frente praticamente tomada pela tela. O segredo está por trás disso. A Samsung deve adotar o novo conjunto de materiais M14 para o OLED, atualmente o mais avançado que a empresa tem para smartphones. Não é um detalhe de marketing: isso afeta diretamente brilho, consumo de energia e durabilidade.
O M14 tende a entregar um pico de brilho mais alto, algo que faz enorme diferença em dias de sol forte, além de reduzir o gasto de energia para o mesmo nível de luminosidade. Em outras palavras, o S26 Ultra deve ficar mais visível na rua sem drenar a bateria tão rápido. Também é esperado que o painel sofra menos degradação ao longo dos anos, o que é especialmente importante para quem costuma ficar três ou quatro gerações com o mesmo celular.
Outra peça desse quebra-cabeça é a tecnologia Color Filter on Encapsulation (CoE), que já apareceu em rumores anteriores. A ideia é simplificar a pilha de camadas do display, deixando o módulo mais fino e permitindo a passagem de mais luz. Na prática, a tela parece mais brilhante e “viva” sem precisar forçar tanto a retroiluminação. Resultado: um aparelho visualmente parecido, mas com uma experiência de tela bem mais premium e eficiente.
Snapdragon 8 Elite Gen 5 e LPDDR5X: desempenho mais esperto, não só mais forte
Por dentro, o Galaxy S26 Ultra deve vir equipado com o chip Snapdragon 8 Elite Gen 5, como já era esperado para a próxima geração de flagships Android. Isso significa CPU e GPU mais potentes, melhor desempenho em IA e ganhos de eficiência energética. Porém, o que mais chama atenção é a combinação com a nova memória RAM.
Os vazamentos apontam que a Samsung manterá os mesmos patamares de RAM: 12 GB e 16 GB. A diferença é que agora a marca deve migrar para o padrão LPDDR5X, com velocidades de até 10,7 Gbps. E aí está um ponto que muita gente subestima: mesmo sem aumentar a quantidade de RAM, tornar a memória mais rápida pode deixar o sistema todo mais responsivo. Abrir vários apps ao mesmo tempo, alternar entre jogos, câmera, navegador e redes sociais tende a ficar mais fluido, com menos engasgos e recargas de tela.
Já o armazenamento deve seguir nas mesmas opções: 256 GB, 512 GB e 1 TB. Para o usuário comum, isso é mais do que suficiente; para quem grava muito em 4K ou 8K, ou trabalha com arquivos grandes, a versão de 1 TB ainda é um porto seguro. No conjunto, o S26 Ultra não parece um monstro completamente novo em desempenho, mas um aparelho mais consistente, preparado para aguentar aplicativos cada vez mais pesados por vários anos.
Câmeras: principal e 5x ganham fôlego, mas o zoom 3x vira ponto de interrogação
É na parte de câmera que o Galaxy S26 Ultra ganha nuances. A princípio, o conjunto não muda tanto em resolução: sensor principal de 200 MP, teleobjetiva de 50 MP com zoom óptico de 5x e uma lente de 10 MP com zoom óptico de 3x. O problema é justamente essa última. Rumores indicam que a Samsung pode usar um sensor menor nesse módulo 3x, o que, em termos fotográficos, raramente é uma boa notícia.
Sensores menores captam menos luz. Isso tende a significar mais ruído, menos detalhes e maior dificuldade em cenas noturnas ou ambientes internos. Quem gosta de usar o zoom 3x para retratos ou fotos de meio corpo pode perceber uma queda de qualidade, especialmente em comparação com o resto do conjunto. Enquanto muitos concorrentes estão apostando em sensores cada vez maiores, ver um possível downgrade nessa lente incomoda.
Em compensação, há indícios de que o sensor principal de 200 MP e o teleobjetiva de 50 MP (5x) ganhem aberturas maiores, deixando entrar mais luz. Isso ajuda em praticamente tudo: fotos mais limpas à noite, menos tremidos, foco mais rápido e fundo desfocado mais natural. Somando isso às melhorias de software que a Samsung vem implementando – processamento de imagem mais agressivo, HDR mais inteligente e modos noturnos mais confiáveis – , o S26 Ultra tem tudo para entregar fotos bem sólidas nas distâncias principal e 5x.
O balanço final deve ser algo assim: câmeras fortes naquilo que a maioria mais usa (principal e zoom longo), com um possível ponto fraco no zoom intermediário. Para o usuário casual, talvez passe batido; para quem é mais nerd de fotografia móvel, o 3x do S26 Ultra pode virar tema de debate.
Bateria, carregamento e corpo: pequenas mudanças que somam no uso real
A bateria continua com 5.000 mAh, um número que já virou padrão para flagships grandes. Em condições normais, isso garante um dia inteiro de uso intenso e, em cenários mais leves, sobra carga para o dia seguinte. O que pode mudar é a forma como essa bateria enche: rumores falam em um salto na velocidade de carregamento, de 45 W para algo em torno de 65 W.
Isso não coloca o Galaxy S26 Ultra entre os smartphones mais rápidos do mundo na tomada, mas já faz diferença. Em vez de ficar preso ao cabo por muito tempo, você ganha recargas mais “cirúrgicas”: alguns minutos de tomada antes de sair de casa já garantem um bom ganho de porcentagem de bateria. Para quem vive em deslocamento ou usa muito câmera e 5G, é um avanço bem-vindo.
No design, a Samsung parece focar em um refinamento discreto. A espessura deve cair de cerca de 8,2 mm para 7,9 mm, e o peso deve reduzir de 218 g para algo próximo de 214 g. Pode parecer pouco no papel, mas, na mão, um Ultra ligeiramente mais leve e fino cansa menos durante longas sessões de leitura, redes sociais ou jogos. A contrapartida é que um corpo mais compacto limita o espaço interno, e isso ajuda a explicar por que não vimos aumento de bateria ou sensores gigantes em todos os módulos.
Preço: o maior vilão do Galaxy S26 Ultra
Se existe um fator que realmente pode espantar compradores, ele não está na tela nem na câmera, e sim no preço. O Galaxy S25 Ultra já chegou caro, com preço inicial na casa dos US$ 1.299,99 lá fora. As previsões apontam que o Galaxy S26 Ultra pode subir ainda mais, acompanhando o aumento de custo de componentes e a tendência geral do mercado de smartphones premium.
Para um aparelho que melhora vários pontos, mas não traz uma revolução visual ou funcional, esse reajuste pode ser difícil de digerir. Quem já tem um S25 Ultra provavelmente vai olhar para o S26 Ultra e pensar: “legal, mas não o bastante para gastar tudo isso de novo”. Já quem vem de modelos mais antigos talvez opte por comprar o S25 Ultra com desconto, em vez de pagar o preço cheio do S26 Ultra, especialmente se o zoom 3x realmente sofrer um downgrade.
Quatro e meia razões para trocar – e uma razão bem forte para não trocar
- Razão 1: Tela com material M14 e CoE, mais brilhante, mais econômica e mais durável, mantendo o mesmo tamanho gigante de 6,9″.
- Razão 2: Snapdragon 8 Elite Gen 5 aliado à RAM LPDDR5X, que deixa o sistema mais ágil e preparado para apps pesados por vários anos.
- Razão 3: Câmera principal de 200 MP e tele de 50 MP (5x) com aberturas maiores e processamento refinado, melhorando fotos em baixa luz e zoom longo.
- Razão 4: Corpo um pouco mais fino e leve, deixando o formato Ultra menos cansativo para uso prolongado.
- Razão 4,5: Carregamento potencialmente em torno de 65 W, que torna a bateria de 5.000 mAh bem mais prática no dia a dia.
E a grande razão para passar longe? Tudo indica que você vai pagar mais caro por um pacote que parece mais uma versão “polida” do Galaxy S25 Ultra do que um salto de geração contundente. Para donos do S25 Ultra, o Galaxy S26 Ultra soa como um upgrade de luxo, não uma necessidade. Já para quem está com um modelo mais antigo e quer um topo de linha completo, as melhorias de tela, desempenho, câmeras principais e carregamento podem ser exatamente a combinação certa para justificar a troca – desde que o bolso aguente.