Início » Sem categoria » Resident Evil Requiem: Leon S. Kennedy, fakes de IA e a nova cara do survival horror

Resident Evil Requiem: Leon S. Kennedy, fakes de IA e a nova cara do survival horror

por ytools
1 comentário 1 visualizações

Resident Evil Requiem ainda nem chegou às lojas, mas já virou assunto fixo entre os fãs da franquia. A grande novela do momento gira em torno de um nome bem conhecido: Leon S.
Resident Evil Requiem: Leon S. Kennedy, fakes de IA e a nova cara do survival horror
Kennedy. Ele estaria de volta como segundo protagonista? As supostas “provas” estão por toda parte – imagens, vídeos, artes e até rumores de skins extras – , mas, segundo a própria Capcom, a maior parte disso não passa de ficção com cara de verdade.

Em uma entrevista recente, o produtor Masato Kumazawa decidiu colocar um pouco de ordem no caos e falar diretamente com a comunidade. Ele chamou atenção para algo que todo mundo já sente na pele: hoje, com ferramentas de IA acessíveis, qualquer pessoa consegue criar imagens e vídeos incrivelmente convincentes. Resultado: fica cada vez mais difícil separar vazamento real de montagem bem feita. Por isso, Kumazawa reforça uma regra simples que muita gente prefere ignorar: se não veio de um canal oficial da Capcom, não dá para tratar como confirmação.

O exemplo mais famoso é a tal imagem de Leon usando tapa-olho, que tomou conta das redes como se fosse um frame vazado do jogo. Junto dela, vieram histórias sobre um traje extra de DLC e até “detalhes” do papel do personagem na campanha. Kumazawa foi categórico: essa imagem não faz parte da comunicação oficial, não é arte de marketing, não veio da equipe e não deve ser interpretada como pista escondida. Em outras palavras, é um grande e bem produzido “fake”.

Só que, ao mesmo tempo, o produtor foi cuidadoso nas respostas. Ele não disse claramente “Leon não está no jogo”. Não houve um “não” direto, apenas o recado de que nada será confirmado enquanto a própria Capcom não apresentar oficialmente o elenco e a história. Essa escolha de palavras, claro, mantém a chama da especulação acesa. Para muitos fãs, se Leon realmente estivesse completamente fora de Requiem, a empresa já teria cortado o assunto pela raiz.

O apego ao personagem não é à toa. Leon S. Kennedy é um dos rostos mais icônicos de Resident Evil, acompanhando a evolução da série desde o clássico Resident Evil 2 até o estilo mais voltado para ação em Resident Evil 4 e em vários remakes e spin-offs. Muita gente cresceu jogando com ele e agora quer ver como um Leon mais experiente e cansado de guerra se encaixaria em um clima mais sombrio, quase opressor, como o que Requiem parece estar construindo. É essa expectativa que faz qualquer boato ganhar proporções gigantescas.

Felizmente, a entrevista com Kumazawa não se limitou a desmentir boatos. O produtor também detalhou uma das decisões de design mais importantes de Resident Evil Requiem: o suporte nativo tanto para visão em primeira pessoa quanto em terceira pessoa. Essa escolha nasceu diretamente do retorno do público após a adição do modo em terceira pessoa em Resident Evil Village. Muita gente se sentiu mais confortável com a câmera clássica sobre o ombro, típica da era Resident Evil 4, e deixou isso bem claro em feedbacks e pesquisas.

Por outro lado, Resident Evil VII Biohazard ficou marcado como um dos jogos mais assustadores da franquia justamente por ser inteiramente em primeira pessoa. A câmera colada no personagem, som agressivo, espaços apertados e a sensação constante de vulnerabilidade tornaram a experiência intensa ao ponto de afastar alguns jogadores mais sensíveis. Para uns foi um sonho de terror realizado; para outros, simplesmente pesado demais.

Em Requiem, a ideia é encontrar um meio-termo. Segundo Kumazawa, permitir que o jogador alterne entre primeira e terceira pessoa ajuda a “dosar” o horror. Quem quer um clima sufocante e totalmente imersivo pode ficar em primeira pessoa, sentindo cada susto de forma direta. Já quem prefere um pouco mais de distância do perigo, visualizando o corpo inteiro do personagem, suas animações e reações, pode optar por terceira pessoa. É uma forma moderna de respeitar estilos diferentes de jogador sem abrir mão do DNA de survival horror.

Se o sistema de câmera anima boa parte da base, outro ponto deixou os fãs com a pulga atrás da orelha: a ausência, por enquanto, de uma demo jogável. Kumazawa foi claro ao dizer que, no estágio atual, não há planos para lançar uma demonstração de Resident Evil Requiem. O foco da equipe é terminar o jogo principal com o máximo de qualidade possível. Como o lançamento está previsto para fevereiro de 2026, cada mês de desenvolvimento conta.

Isso não significa que uma demo seja impossível, mas, no momento, parece improvável. Mesmo assim, o histórico recente da franquia mantém a esperança viva: Village, os remakes e outros títulos da série tiveram versões de teste, eventos limitados ou demos especiais próximos ao lançamento. Não seria surpresa se a Capcom resolvesse mudar de ideia na reta final, mas, oficialmente, a mensagem é: não conte com isso.

Enquanto o nome de Leon continua pairando no ar sem resposta, a protagonista que ganha cada vez mais destaque é Grace. Tudo indica que ela será o centro da narrativa em Resident Evil Requiem. Nos testes iniciais mostrados à imprensa, incluindo sessões em eventos como a Gamescom, Grace chamou atenção por não ser mais uma superagente blindada. Ela parece muito mais uma pessoa comum empurrada para um pesadelo do que uma máquina de matar monstros.

Essa sensação de fragilidade muda completamente o tom. Em vez de caminhar rapidamente do medo para a fantasia de poder, como acontece em alguns jogos da série, Requiem pode escolher manter o jogador em constante tensão, mesmo quando ele já entende as mecânicas. Se a Capcom decidir estruturar toda a campanha em torno dessa vulnerabilidade – sem dividir o protagonismo com personagens ultra treinados – , existe a chance de vermos um dos títulos mais psicológicos e pesados da saga.

Isso também abre portas para um combate diferente. Uma heroína menos preparada e fisicamente menos dominante dá espaço para encontros mais desesperados, em que recuar, se esconder ou evitar confronto faz tanto sentido quanto atirar. Pouca munição, animações que reforçam a falta de segurança com armas e a impressão de que qualquer erro pode ser fatal podem transformar cada encontro em uma mini-história de sobrevivência. Se o jogo seguir por esse caminho, Requiem tem tudo para se destacar mais pela tensão constante do que por explosões e set pieces grandiosos.

No fim das contas, a pergunta “Leon estará em Resident Evil Requiem?” continua sem resposta oficial, mas talvez não seja isso que realmente vá definir a qualidade do jogo. Com ou sem o retorno do queridinho da franquia, o projeto já se desenha como um encontro entre tradição e modernidade: escolhas de câmera pensadas a partir do feedback da comunidade, um horror ajustável ao perfil de cada jogador e uma protagonista que parece muito mais humana – e, por isso mesmo, muito mais assustadora de acompanhar. Em uma era em que qualquer print pode ser falso e qualquer vídeo pode ser gerado por IA, talvez a melhor estratégia seja uma só: desconfiar dos “vazamentos”, mas seguir empolgado para fevereiro de 2026.

Você também pode gostar de

1 comentário

Vitalik2026 November 20, 2025 - 1:13 am

curti a ideia da Grace ser mais gente como a gente, chega de soldado perfeito o tempo todo

Responder

Deixe um comentário