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Resident Evil Requiem e o debate entre primeira e terceira pessoa

por ytools
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O aguardado Resident Evil Requiem está gerando discussões intensas bem antes de chegar às lojas. E não se trata apenas da história ou dos monstros, mas da forma como cada jogador vai encarar o jogo.
Resident Evil Requiem e o debate entre primeira e terceira pessoa
O diretor Akifumi Nakanishi comentou recentemente que os fãs ocidentais tendem a preferir a câmera em primeira pessoa, já que cresceram jogando clássicos de tiro como Doom, Quake e Half-Life. Já os japoneses, acostumados a RPGs em terceira pessoa como Dragon Quest e Final Fantasy, acabam se inclinando para a perspectiva tradicional.

Segundo Nakanishi, essa diferença ficou clara nas demos apresentadas tanto na Gamescom, na Alemanha, quanto na Tokyo Game Show, no Japão. Enquanto o público europeu e americano mergulhava na imersão da visão em primeira pessoa, muitos japoneses escolhiam a câmera em terceira pessoa. Para ele, essa escolha tem raízes culturais, mas o cenário está mudando: jovens no Japão estão cada vez mais acostumados a títulos como Fortnite, Apex Legends e Minecraft, que misturam estilos e perspectivas.

A franquia Resident Evil já passou por diversas transformações. Os primeiros jogos eram marcados pelas câmeras fixas e o famoso “terceira pessoa de sobrevivência”. Em Resident Evil 7, a Capcom ousou mudar para o terror em primeira pessoa, decisão que dividiu a comunidade. Alguns acharam a experiência muito mais assustadora, enquanto outros sentiram falta da identidade clássica. Mais tarde, a empresa reacendeu a nostalgia com remakes como Resident Evil 2 e Resident Evil 4, ambos em terceira pessoa. Agora, Requiem traz pela primeira vez a liberdade total de alternar entre os dois modos, o que pode redefinir o futuro da série.

Quem testou a demo percebeu como cada escolha muda a experiência. Na primeira pessoa, a tensão é mais forte: o monstro parece estar logo atrás, o campo de visão se estreita e o medo aumenta. Em contrapartida, explorar ambientes e procurar itens escondidos é mais prático na terceira pessoa, já que dá para ver melhor o cenário. Isso sugere que muitos jogadores vão querer experimentar os dois jeitos, aproveitando o que cada um oferece. Como alguns fãs lembram, o terror nasce justamente daquilo que você não consegue ver, e a primeira pessoa explora essa sensação como nenhuma outra.

Nakanishi também comentou que, após tantos anos desenvolvendo Resident Evil, a equipe da Capcom já não sabe dizer com clareza o que realmente assusta os jogadores. Por isso, as demos são essenciais: elas mostram se o equilíbrio entre câmera, mecânica e ritmo funciona em diferentes culturas. Tanto em Tóquio quanto em Colônia, os fãs ficaram impressionados com o novo design dos monstros gigantes, com o retorno da Lisa Trevor e com as conexões misteriosas a Raccoon City. Mas a ausência de Leon S. Kennedy não passou despercebida e já levanta teorias sobre DLCs ou continuações.

No fim das contas, a decisão de deixar o jogador escolher entre primeira e terceira pessoa pode ser vista como um risco ou como um trunfo. Alguns dizem que isso pode comprometer o design, outros defendem que flexibilidade é a chave. O certo é que Resident Evil Requiem, com lançamento marcado para 27 de fevereiro de 2026 no Nintendo Switch 2, PC, PlayStation 5 e Xbox Series X/S, já conseguiu gerar um dos debates mais acalorados da franquia. A questão é: você vai encarar o horror pelos olhos do personagem ou de cima do ombro dele?

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1 comentário

NeoNinja December 7, 2025 - 9:04 am

Primeira pessoa dá um medo absurdo, no VR então é surreal 😱

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