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Por que eu abandonei o armazenamento em nuvem e nunca mais olhei para trás

por ytools
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Durante anos, eu acreditei que o armazenamento em nuvem era a liberdade digital definitiva. Ativei a sincronização automática e, como mágica, meus arquivos estavam sempre disponíveis onde eu estivesse. Meu celular ficou mais leve, a falta de espaço não era mais um problema e minhas fotos e vídeos estavam seguros ‘lá em cima’ na nuvem. Tudo parecia tão fácil e conveniente. Quase mágico. Mas essa ilusão começou a se desfazer quando eu realmente passei a usar esses arquivos. Minhas memórias, meu trabalho, o arquivo da minha vida estavam todos alugados para um serviço que poderia desaparecer, me bloquear ou aumentar os preços a qualquer momento.
Por que eu abandonei o armazenamento em nuvem e nunca mais olhei para trás
Tinha que haver uma solução melhor.

A ilusão da conveniência

Os serviços de armazenamento em nuvem são feitos para fazer você esquecer o fato de que você depende deles. Eles são baratos o suficiente para não parecerem um fardo, e parecem resolver um problema moderno – o de armazenamento. Mas quando você começa a realmente usar esses arquivos, começa a ver as falhas.

No último ano, comecei a tirar mais fotos e vídeos com meu celular do que nunca. Eu tenho uma câmera sem espelho e uma câmera de ação, mas meu celular está sempre comigo, então é nele que eu confio para capturar momentos. Como muitos, acabo tirando mais fotos do que o necessário. Minha solução? Criar um vídeo caseiro após cada viagem e deletar o resto. Simples, certo? O problema é que, quando eu finalmente me lembro de fazer isso, meu celular já descarregou tudo para a nuvem. Agora, eu preciso baixar cada arquivo antes de começar a editar. Editar no meu laptop não é melhor. Na última vez, passei duas horas transferindo o material.

O mito do “acesso de qualquer lugar”

A Apple e o Google sempre falam sobre acessar seus arquivos “de qualquer lugar”, mas nunca mencionam o que “qualquer lugar” realmente significa – desde que você tenha sinal, boa velocidade de upload, bateria suficiente e paciência infinita. Tente fazer o upload de 50 GB de vídeo 4K em uma conexão Wi-Fi de hotel. Você vai esperar tempo o suficiente para notar novas rugas (ou talvez seja só a frustração que causa isso?). Mesmo em casa, transferir esses arquivos pode levar horas. Já transferir tudo para um SSD portátil via USB-C leva menos de um minuto. A diferença é enorme, e a conveniência prometida pela nuvem simplesmente não se sustenta.

Pagar aluguel pelas suas próprias memórias

Vamos falar sobre o lado financeiro do armazenamento em nuvem. Seja o iCloud, Google Drive ou OneDrive, todos seguem a mesma estratégia: te atraem com alguns gigabytes gratuitos e depois começam a te pressionar para pagar mais. Você começa com um plano barato – geralmente custa alguns reais por mês – mas conforme você acumula mais dados, o preço vai aumentando. Você pode começar com 50 GB por R$ 3,99 por mês. Eventualmente, você vai para o plano de 200 GB por R$ 9,99 por mês. Isso ainda parece razoável, certo? Mas quando você chega a 2 TB, está pagando R$ 49,99 por mês, ou R$ 599,88 por ano. Em pouco tempo, você estará gastando mais de R$ 600 por ano apenas para acessar suas próprias memórias.

O problema não é apenas o preço. É o princípio. Se você parar de pagar, perde o acesso. Todos os seus dados e suas memórias agora pertencem a um plano de assinatura, e se você cortar esse vínculo, perde tudo. Veja a matemática:

Samsung Portable SSD T7 Shield (2TB, USB 3.2 Gen 2)
Preço: R$ 1.249,99 (compra única, frequentemente com desconto)
Armazenamento: 2 TB (2.000 GB)
Custo por GB: R$ 0,62
Vida útil: 5+ anos

Armazenamento em nuvem (iCloud/Google One, plano de 2 TB)
Preço: R$ 49,99 por mês (R$ 599,88 por ano)
5 anos de uso: R$ 2.999,40
Custo por GB (após 5 anos): R$ 2.999,40 ÷ 2.000 = R$ 1,50 por GB (e você ainda não é dono)

Como você pode ver, o SSD já se paga em dois anos. Depois de cinco anos, você terá gastado mais do que o dobro com o armazenamento na nuvem, e se parar de pagar, perde o acesso. O pior é que você não tem posse dos arquivos na nuvem. Com o SSD, a história é diferente – ele é seu para sempre.

Dependência disfarçada de progresso

A tecnologia deveria tornar nossas vidas mais fáceis. No caso do armazenamento em nuvem, ela deveria eliminar cabos e a bagunça, além de tornar a informação instantaneamente acessível de qualquer lugar. O que as empresas não dizem é que cada arquivo que você salva é uma nova peça de alavanca que elas podem monetizar através de planos de armazenamento, mantendo você preso à sua ecossistema, agora com recursos “baseados em IA” que são, na maioria das vezes, apenas truques de marketing.

Achávamos que estávamos nos libertando das limitações físicas, mas, na verdade, trocamos uma dependência por outra. Em vez de sermos donos dos nossos dados, acabamos alugando-os.

Meu rompimento com a nuvem (quase completo)

Não fui totalmente para o lado fora da rede. Ainda uso o iCloud para contatos, notas e senhas. Mas quando se trata de arquivos grandes que eu realmente uso, voltei para o armazenamento físico. Comprei um pequeno SSD e ele já provou ser mais rápido do que qualquer velocidade de upload ou download que minha internet pode oferecer. Eu paguei por ele uma vez e não preciso mais me preocupar com cobranças recorrentes. Na verdade, ele já se pagou, pois teria gastado muito mais com planos de armazenamento na nuvem. Após minhas viagens, carrego o conteúdo para o SSD, faço uma cópia de segurança e pronto. Minhas memórias são minhas novamente. Não preciso mais me preocupar com o que aconteceria se eu perdesse o acesso por não pagar ou por aumentos de preços.

O armazenamento em nuvem pode ser conveniente, mas é frágil, caro e baseado na ilusão de liberdade. Não me arrependo de ter feito a mudança e tenho certeza de que nunca mais voltarei atrás.

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1 comentário

DevDude007 November 23, 2025 - 6:44 am

Comprei um SSD há um ano, e ele já se pagou. A ideia de pagar mensalmente pelos meus próprios arquivos não fazia sentido depois que eu parei para pensar

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