O Pixel 10 já está gerando bastante discussão, mesmo antes do seu lançamento oficial, e não é para menos. Muitos estão empolgados com a nova câmera com zoom, mas há um detalhe: para que isso fosse possível, houve uma redução na qualidade dos sensores da câmera principal e da ultra-angular. 
À primeira vista, isso pode parecer uma decepção, mas vamos analisar por que isso pode não ser tão ruim assim.
A principal mudança é a troca dos sensores topo de linha (Samsung GNV e Sony IMX858) por modelos menores e menos poderosos (Samsung GN8 e Sony IMX712). Esses sensores mais novos podem não ter a mesma gama dinâmica ou desempenho em baixa luminosidade, mas o Google já provou que sabe tirar o melhor de hardware mais modesto. Um bom exemplo disso é o Pixel 9a, que usa componentes semelhantes, mas entrega resultados impressionantes para o seu preço.
Com a fotografia computacional e o novo chip Tensor G5 do Pixel 10, o Google pode ser capaz de extrair muito mais desses sensores “inferiores” do que imaginamos. Isso pode ser a diferença entre uma câmera comum e uma que realmente supera as expectativas, oferecendo um desempenho muito acima do preço.
Uma das possibilidades mais interessantes é a macrofotografia. Segundo rumores, o Pixel 10 pode adotar um modo híbrido para macrofotografia, alternando automaticamente entre o teleobjetivo e a ultra-angular, dependendo de quão perto o sujeito está. Isso poderia melhorar consideravelmente a precisão e o nível de detalhe nas fotos de objetos pequenos, texturas ou até mesmo insetos – uma área onde muitos smartphones ainda deixam a desejar.
A macrofotografia pode não ser algo que muitos procuram ativamente, mas tem um charme único. Descobrir um mundo escondido através da lente é sempre fascinante. Se os rumores estiverem certos, o Pixel 10 poderá entregar uma macrofotografia que supera até mesmo alguns dos melhores smartphones, incluindo o iPhone Pro.
Mas não se trata apenas da macrofotografia. O design geral da câmera é o que realmente torna o Pixel 10 especial. Ao priorizar o teleobjetivo em vez da ultra-angular, o Google oferece uma configuração mais versátil e inteligente. As câmeras teleobjetivas são ótimas para retratos, fotos de paisagens sem distrações e até para capturar textos à distância, enquanto as câmeras ultra-angulares frequentemente sofrem com distorções e qualidade inferior em muitos smartphones não-Pro. Ao focar no teleobjetivo, o Google está criando uma câmera mais adaptada às situações reais de uso.
A decisão do Google de manter componentes de hardware mais moderados pode ser um golpe de mestre. A ideia aqui é oferecer uma experiência fotográfica acessível, sem comprometer tanto a qualidade. O Pixel 10 pode ser o modelo básico mais criativo e flexível que já vimos, e talvez seja o telefone que vai fazer você querer tirar mais fotos.
No final, apesar das “reduções”, o Pixel 10 pode realmente surpreender e entregar uma experiência de câmera fantástica.
4 comentários
Seu score de foto Pixel 9: 144, Pixel 9a: 134. Mesmo chip, mesmo software. O Pixel 10 não vai conseguir alcançar o 9 com esse downgrade
Não sou muito fã de macrofotografia, mas esse modo híbrido parece muito interessante! 🦋📸
Concordo, o teleobjetivo é bem mais útil do que a ultra-angular. Vai ser muito mais prático no dia a dia!
O Google sempre foca no software, não no hardware. Acho que isso vai ser o melhor smartphone para quem gosta de tirar fotos no dia a dia