O mercado de smartphones e tablets na Índia está prestes a ganhar um velho conhecido com cara nova: a marca Philips vai voltar a aparecer em dispositivos móveis, mas agora nas mãos da empresa local Zenotel, que licenciou oficialmente o nome. 
Em vez de apostar em produtos super caros, a estratégia parece clara: usar o peso da marca tradicional para disputar espaço no segmento intermediário, onde preço, bateria e tela contam tanto quanto o logotipo na carcaça.
O primeiro produto desse retorno deve ser o Philips Pad Air, um tablet pensado para quem quer um aparelho versátil para estudar, trabalhar de forma leve ou maratonar séries. De acordo com as especificações vazadas, ele trará o chipset Unisoc T606, combinado com 4 GB de RAM e 128 GB de armazenamento interno. Não é uma máquina gamer, mas é mais do que suficiente para redes sociais, streaming em alta resolução e jogos casuais. O destaque fica para a tela com resolução em nível 2K e taxa de atualização de 90 Hz, que promete rolagem bem mais fluida e texto mais nítido que os painéis comuns de 60 Hz.
Para segurar tudo isso, o Pad Air deve vir com uma bateria generosa de 7.000 mAh, acompanhada de carregamento com fio de 18 W. Na prática, significa um dia inteiro de uso moderado sem sofrimento, seja entre aulas, reuniões online ou vídeos no fim do dia. E quando precisar recarregar, a potência de 18 W não faz milagres, mas ajuda a reduzir o tempo de tomada em relação a carregadores básicos. A expectativa é que o tablet chegue oficialmente ao mercado indiano no primeiro trimestre do próximo ano, isto é, antes do fim de março.
O Pad Air, porém, é só o começo dos planos da Zenotel para a marca Philips. A empresa já tem no roteiro o lançamento de relógios inteligentes e notebooks com a mesma identidade visual, previstos para 2026. Se conseguir entregar preço agressivo, boa experiência de uso e suporte minimamente confiável, a Philips pode deixar de ser apenas uma lembrança de TV antiga ou aparelho de som de infância e se tornar, de novo, uma opção real para consumidores indianos que procuram um ecossistema acessível de tablets, wearables e computadores.