A OnePlus finalmente tirou o véu de cima do OnePlus Ace 6T e revelou de forma oficial o visual, as cores e alguns dos principais destaques de hardware antes mesmo do lançamento completo na China. 
A linha Ace continua mirando no público que prioriza desempenho bruto, velocidade de tela e bateria parruda, e o 6T deixa isso bem claro logo de cara: é um aparelho pensado mais para jogar, maratonar vídeos e redes sociais do que para quem vive obcecado por câmera.
Três cores chamativas e acabamento fosco
De acordo com o presidente da OnePlus China, Li Jie Louis, o OnePlus Ace 6T vai chegar em três opções de cor: Flash Black, Phantom Green e Electric Purple. Todas usam um acabamento fosco suave, daquele que disfarça bem marcas de dedo e passa uma sensação de firmeza na mão. Na parte traseira, o destaque vai para o módulo retangular de câmera, com dois sensores grandes e o flash posicionados no canto, em um visual que lembra o OnePlus Ace 6, mas com linhas um pouco mais limpas e técnicas.
Bateria de 8.000 mAh e tela de 165 Hz para quem vive grudado no celular
O grande trunfo do Ace 6T é a bateria de 8.000 mAh. Estamos falando de capacidade de tablet compacto em um smartphone, um recado direto para quem passa horas jogando, alternando entre apps de mensagem, TikTok, Instagram e GPS sem querer carregar o aparelho no meio do dia. Para acompanhar esse tanque de energia, a OnePlus colocou um display com taxa de atualização de 165 Hz, promessa de rolagem super fluida, interface ultra responsiva e vantagem em jogos competitivos, onde cada milissegundo de resposta na tela pode fazer diferença.
Se a marca caprichar também no brilho máximo, o Ace 6T tem tudo para se sair bem em uso externo sob sol forte, algo que muita gente subestima até encarar uma tarde de verão na rua tentando enxergar o mapa ou o feed.
Snapdragon 8 Gen 5 aposta em potência e eficiência
Por baixo do capô, o OnePlus Ace 6T vem equipado com o Snapdragon 8 Gen 5, próximo topo de linha da Qualcomm. A expectativa é de salto não só em desempenho, mas principalmente em eficiência energética e estabilidade sob carga prolongada. Na teoria, isso deve combinar muito bem com a bateria gigante: menos aquecimento, menos queda de desempenho ao longo das horas de jogo e, de quebra, mais tempo de tela real por carga.
Como de costume, o novo chip também traz melhorias em processamento de imagem e recursos de inteligência artificial, o que pode ajudar na câmera. Ainda assim, sem boa ótica e uma calibração cuidadosa de software, nenhum milagre acontece – e é justamente aí que começam as primeiras críticas da comunidade.
Câmeras simplificadas e fãs com o pé atrás
Olhando para trás, muitos modelos recentes da OnePlus já mostravam uma tendência de cortar sensores para equilibrar custo e focar em outros pontos da ficha técnica. No Ace 6T, o módulo duplo indica um combo mais básico: câmera principal e ultrawide, sem lente teleobjetiva dedicada. Para boa parte dos usuários isso pode ser suficiente, mas quem acompanha a marca de perto lembra que aparelhos como o OnePlus 13R ainda ofereciam telefoto e um conjunto mais versátil.
Nas redes, já surgem comentários de que a experiência de câmera vem sendo enxugada geração após geração, enquanto a empresa se concentra em mais Hz, mais bateria e mais marketing em cima de números chamativos. Também existe o medo de que o ultrawide continue com sensor simples, entregando fotos bem abaixo da qualidade da câmera principal. Até a OnePlus abrir o jogo sobre tamanhos de sensor, abertura e processamento, o Ace 6T carrega um ponto de interrogação no bolso de quem se importa com fotografia.
Autonomia não depende só do número de mAh
Outro assunto que esquenta os debates é a autonomia real. Fãs mais antigos lembram bem de situações em que a marca aumentou a capacidade da bateria em relação à geração anterior, mas o tempo de tela caiu ou ficou praticamente igual por causa de tela mais faminta, software mal ajustado ou gerenciamento agressivo demais em segundo plano. Não é à toa que muita gente olha para os 8.000 mAh do Ace 6T com um misto de empolgação e desconfiança.
Se a OnePlus fizer a lição de casa, otimizando a OxygenOS, controlando o consumo da tela a 165 Hz e lidando direito com aquecimento, o Ace 6T pode virar um dos campeões de bateria do ano. Se repetir erros do passado, corremos o risco de ver um smartphone com especificações gigantes que, na prática, entrega uma autonomia apenas ok – o famoso “número bonito na caixa, experiência mediana no bolso”.
Para quem realmente é o OnePlus Ace 6T?
Neste primeiro momento, o Ace 6T se apresenta como um aparelho pensado para quem valoriza desempenho, fluidez e muito tempo longe da tomada acima de qualquer coisa. Três cores marcantes, design limpo, bateria absurda, tela de 165 Hz e Snapdragon 8 Gen 5 formam uma combinação tentadora para gamers e usuários pesados. Por outro lado, o conjunto de câmeras mais simples e o histórico recente de otimização da OnePlus pedem cautela de quem coloca fotografia e autonomia consistente no topo da lista de prioridades.
Com o lançamento oficial se aproximando, faltam saber os detalhes finais de câmera, testes independentes de bateria e, claro, o preço. Só então vai dar para cravar se o OnePlus Ace 6T é uma verdadeira evolução para o público power user ou mais um caso em que os números impressionam na ficha técnica, mas deixam a desejar no uso do dia a dia.