A NVIDIA revelou o novo superchip GB10, trazendo poder de datacenter para máquinas em tamanho de desktop. 
A estreia aconteceu no DGX Spark, o primeiro “AI PC” da empresa, que mostra como a arquitetura Blackwell pode ser comprimida em um formato compacto para desenvolvedores e profissionais.
O chip é produzido no processo de 3 nm da TSMC e dividido em dois blocos: o S-dielet, com 20 núcleos ARM v9.2 (10 em cada cluster, somando 32 MB de cache L3), e o G-dielet, que abriga a GPU GB100 Blackwell. Apesar de ser integrada, a GPU entrega potência de sobra: núcleos Tensor de 5ª geração com DLSS 4, Ray Tracing RTX, até 31 TFLOPs FP32 e incríveis 1000 TOPS NVFP4 para cargas de trabalho de IA.
A memória é outro destaque: suporte a até 128 GB de LPDDR5x-9400 com largura de banda de 301 GB/s e coerência total via protocolo CHI-E. CPU e GPU compartilham até 600 GB/s pelo barramento C2C, enquanto 16 MB de cache de sistema agilizam o tráfego de dados. Isso significa que o Spark consegue rodar modelos de até 200 bilhões de parâmetros e ajustar modelos de até 70 bilhões sem depender de grandes clusters.
O DGX Spark não é só desempenho bruto. Graças à rede ConnectX-7, é possível conectar duas unidades e trabalhar com modelos acima de 400 bilhões de parâmetros, criando um “mini-cloud” pessoal. O sistema roda o DGX Base OS com toda a pilha de software de IA da NVIDIA, facilitando a migração entre ambiente local e nuvem. Mesmo com TDP de 140 W, oferece suporte a múltiplos monitores, expansão PCIe e USB, além de saída em até 8K/120Hz via HDMI 2.1a.
A NVIDIA também destacou a parceria com a Mediatek, responsável pela base da CPU. A integração foi resultado de modelagens conjuntas do tráfego de memória da GPU. Embora o DGX Spark seja voltado para profissionais, o GB10 deve em breve aparecer em notebooks e Mini PCs para o mercado de consumo, dando uma prévia do futuro dos AI PCs.