A Motorola está se preparando para aprontar de novo no mercado intermediário premium da Índia, e o protagonista da vez é o ultrafino Motorola Edge 70. Depois de vários teasers falando de um celular super fino, a varejista Flipkart já colocou no ar uma página promocional dedicada ao aparelho, confirmando na prática que o Edge 70 está chegando ao país em breve. 
A página ainda não traz a data exata, mas os bastidores apontam para um lançamento em meados de dezembro, com preço abaixo das 35.000 rúpias.
É justamente esse preço que torna o lançamento tão interessante para o público indiano. Nessa faixa, o Motorola Edge 70 entra numa disputa pesada com outros intermediários avançados, mas chega com um pacote bem tentador: design extremamente fino, especificações próximas de topo de linha e foco em quem quer desempenho e acabamento moderno sem pagar o valor de um flagship tradicional.
O grande destaque é o visual. O Edge 70 mantém um corpo de apenas 5,99 mm de espessura e, segundo rumores, a versão indiana ainda deve trazer uma bateria maior do que a variante global. Lá fora, o modelo conta com um módulo de 4.800 mAh com tecnologia Si/C, mas a Motorola estaria ajustando a versão da Índia para oferecer mais capacidade sem engordar o aparelho. Se isso se confirmar, o Edge 70 pode virar um exemplo raro de smartphone ultrafino que não precisa viver grudado na tomada.
Por dentro, o Motorola Edge 70 também não parece disposto a fazer muitos compromissos. O chipset é o Qualcomm Snapdragon 7 Gen 4, voltado para quem quer um desempenho sólido no dia a dia e folga para jogos e multitarefa. A memória RAM chega a 12 GB, com até 512 GB de armazenamento interno, espaço de sobra para fotos, vídeos, redes sociais e jogos pesados. No software, o aparelho sai de fábrica com Android 16 em uma interface limpa, com promessa de atualizações e correções por vários anos, algo cada vez mais importante para quem segura o mesmo celular por longos períodos.
Na frente, o Edge 70 aposta em um painel P-OLED de 6,7 polegadas, com resolução de 1.220p e taxa de atualização de 120 Hz. Na prática, isso significa textos nítidos, cores vibrantes, pretos profundos e animações bem fluidas, tanto em jogos quanto rolando o feed das redes sociais. O conjunto se completa com carregamento rápido de 68 W, capaz de encher a bateria em pouco tempo, o que ajuda a compensar qualquer preocupação com o tamanho reduzido do aparelho.
O sistema de câmeras também chama atenção no papel. O Motorola Edge 70 traz três sensores de 50 MP: a câmera principal para fotos do dia a dia, uma ultrawide para paisagens, ambientes apertados e cenas criativas, e uma câmera frontal de 50 MP voltada para selfies detalhadas e chamadas de vídeo mais nítidas. Como sempre, o grande teste será o processamento de imagem: como o aparelho lida com cenas noturnas, luz de fundo forte, tom de pele e HDR. Os primeiros reviews internacionais da versão global indicam um desempenho competitivo para o segmento, ainda que ele não seja um substituto direto dos conjuntos fotográficos dos flagships mais caros.
O lançamento na Índia, no entanto, está alimentando um debate maior entre usuários de outras regiões, especialmente da Europa. Enquanto o público indiano deve receber o Edge 70 com preço mais baixo e, possivelmente, com bateria maior, consumidores europeus já se preparam para ver o mesmo aparelho custando bem mais caro, às vezes se aproximando de valores de topo de linha. Não faltam comentários reclamando de ter de pagar mais por configurações parecidas ou até inferiores, com muitos apontando regras, impostos e custos extras da União Europeia como parte da conta.
Por outro lado, muita gente na Europa lembra que ninguém é obrigado a trocar de celular todo ano. Vários usuários continuam satisfeitos com aparelhos de dois ou três anos, ainda com bateria de 5.000 mAh e desempenho suficiente para uso comum, sem ver grande vantagem em migrar para o Edge 70. Nesse cenário, o que o lançamento na Índia escancara é a diferença de estratégia entre mercados: enquanto por lá as marcas brigam com preços agressivos e ficha técnica forte, no mercado europeu o foco costuma ser em margens maiores e em um ambiente mais regulado e caro.
No fim das contas, o Motorola Edge 70 5G tem tudo para ser um dos nomes mais interessantes do segmento intermediário premium na Índia: corpo ultrafino, possível upgrade de bateria em relação ao modelo global, tela P-OLED de 6,7 polegadas a 120 Hz, carregamento rápido de 68 W e um trio de câmeras de 50 MP. Se a Motorola entregar um software bem otimizado e câmeras consistentes, o Edge 70 deve cair no gosto do público indiano no fim do ano, enquanto usuários de outros países ficam se perguntando por que recebem versões mais caras e, às vezes, com menos vantagens no pacote.