Metroid Prime 4: Beyond revive Sylux e a sonhada mecânica de viagem no tempo

Há dez anos, na E3 2015, o produtor da série Metroid Prime, Kensuke Tanabe, comentou uma das ideias mais ousadas que já teve: criar um jogo onde a mecânica central seria viajar no tempo. Naquela época o Nintendo Switch ainda era apenas um codinome, NX, e imaginar uma única planeta explorada em diferentes épocas parecia coisa de ficção científica.

Agora, com Metroid Prime 4: Beyond chegando em dezembro de 2025, os fãs têm a sensação de que essa promessa antiga finalmente vai se concretizar.

Na entrevista à Eurogamer, Tanabe disse: “Ao invés de expandir para vários planetas, eu teria apenas um e focaria na linha do tempo, na possibilidade de mudá-la”. Ele fazia referência a Metroid Prime 2: Echoes, onde o jogador alternava entre duas versões do mesmo mundo, uma clara e outra sombria. Essa mecânica dividiu opiniões – uns acharam brilhante, outros cansativa – mas deixou marcas profundas. A ideia de usar o tempo como elemento de exploração parece ser a evolução natural daquela experiência.

Além disso, Metroid Prime 4: Beyond traz de volta o caçador Sylux, rival pouco lembrado do grande público. Ele apareceu pela primeira vez no spin-off para Nintendo DS, Metroid Prime Hunters. Tanabe já havia confirmado há anos que a nave misteriosa no final de Metroid Prime 3 era dele. Esse gancho de enredo, guardado por tanto tempo, agora retorna com força: Sylux não só é peça central da história como também ganhou sua própria miniatura amiibo.

Outro detalhe que chamou atenção foi o logotipo: a forma de buraco negro sugere distorção temporal. Suposta arte de capa vazada afirma que Samus fica presa no planeta Viewros após ser sugada através do espaço-tempo. Verdade ou rumor, a especulação aumentou a expectativa de que as viagens no tempo realmente estarão presentes.

A comunidade já imagina como isso funcionaria. Alguns fãs comparam com o conceito de Aether Sombria em Echoes, só que agora não seriam apenas dimensões alternativas, mas diferentes eras. Outros brincam que Samus teria que acelerar sua nova moto até certa velocidade para “voltar para o futuro”, estilo DeLorean. As piadas se espalharam, mas refletem entusiasmo genuíno: a série pode dar um salto criativo inédito.

O mais recente Nintendo Direct confirmou a data de lançamento e mostrou Samus pilotando uma moto em um mundo aberto. Embora alguns reclamem que os gráficos não impressionaram, muitos lembram que Metroid Prime nunca viveu apenas de visual. O que sempre marcou a série foi atmosfera, exploração e ideias únicas. Se a mecânica de tempo se concretizar, pode ser a maior inovação da franquia em anos.

É bom corrigir: a data oficial é 4 de dezembro de 2025, não dia 7 como circulou em algumas matérias. Também existe a dúvida sobre hardware: vale comprar o Switch 2 só para jogar, ou o jogo rodará bem no console original? Para quem ainda não experimentou Tears of the Kingdom ou Metroid Prime Remastered, ainda há tempo de colocar a saga em dia antes da estreia.

Curiosamente, quase tudo que Tanabe comentou em 2015 está se confirmando: foco em um planeta, Sylux em destaque e, talvez, a exploração do tempo. Fãs já apelidaram de “Metroid Prime: Ocarina of Time”, em referência à clássica mecânica de alternar épocas na série Zelda. Se isso vai se concretizar de fato, só saberemos no lançamento. Mas é inegável: o hype nunca foi tão alto.

A contagem regressiva já começou. Em poucos meses, Samus vai encarar o passado e o futuro em mais uma jornada épica. E se pudéssemos mesmo viajar no tempo, todo mundo já estaria em dezembro.