A Meta está cada vez mais determinada a transformar os óculos inteligentes em um produto de massa e vem mostrando que não pretende desistir dessa aposta. Durante o evento Meta Connect deste ano, Mark Zuckerberg apresentou os Ray-Ban Display – a nova geração de óculos inteligentes da empresa, agora com tela integrada. 
Ainda não é realidade aumentada (AR) de verdade, mas representa um passo importante dentro da estratégia maior de XR.
O jornalista e analista Mark Gurman comentou em sua newsletter Power On que foi a primeira vez que realmente enxergou potencial nesses dispositivos. Ele também revelou que a Meta já trabalha em outro modelo, desta vez com dois displays, que deve chegar ao mercado no mesmo ano do aguardado lançamento da versão de consumo dos óculos Orion AR, programados para 2027.
À primeira vista, pode soar estranho lançar outro modelo sem AR tão perto do lançamento dos óculos realmente de realidade aumentada. Mas a lógica é clara: preço e acessibilidade. Os Ray-Ban Display atuais custam US$ 799 e, segundo relatos, a Meta ainda perde dinheiro em cada unidade vendida. O laboratório Reality Labs já consumiu bilhões em investimentos na última década. Para não afastar potenciais usuários com o alto custo dos Orion, a empresa pretende oferecer uma alternativa mais barata, permitindo que mais pessoas experimentem a ideia de óculos inteligentes sem gastar uma fortuna.
No modelo atual, o Ray-Ban Display projeta uma tela apenas em um lado da visão. A versão com dois displays promete uma experiência mais rica, com projeções em ambos os olhos. Isso pode possibilitar multitarefa real, como abrir dois aplicativos ao mesmo tempo ou ampliar notificações de maneira mais prática. Não é AR completo, mas se aproxima mais da sensação de imersão que os fãs de tecnologia esperam.
O grande marco, no entanto, deve ser o lançamento dos óculos Orion em 2027. Eles terão como missão mostrar se a realidade aumentada pode mesmo se consolidar como o próximo grande passo da computação pessoal. Até lá, versões intermediárias como os Ray-Ban Display funcionam como uma espécie de treinamento para acostumar os consumidores com a ideia de ter uma tela diante dos olhos.
Com isso, a Meta mostra que não está apenas lançando um gadget de nicho, mas preparando o terreno para uma mudança cultural. Para os entusiastas, esses óculos já são um vislumbre do futuro; para a empresa, representam a chance de conquistar usuários antes do salto definitivo para a realidade aumentada.
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Meta torrando dinheiro de novo