A Meta está mais uma vez reformulando a forma como as pessoas utilizam suas principais redes sociais. Depois de implementar o polêmico modelo de assinatura paga na União Europeia, a empresa agora leva a mesma estratégia de “pagar ou aceitar” também para o Reino Unido. 
Isso significa que os britânicos que usam Instagram e Facebook terão que escolher: continuar usando gratuitamente com anúncios personalizados ou pagar uma mensalidade para navegar sem publicidade.
A grande diferença em relação à Europa é o preço. Enquanto no início os valores na UE chegavam perto de dez euros, no Reino Unido o custo foi fixado bem mais baixo. Pela versão web, a assinatura sairá por £2,99 por mês (cerca de R$ 20), e para usuários de Android ou iOS, £3,99 por mês (em torno de R$ 27). A diferença se deve às taxas cobradas pela Apple e pelo Google nas transações dentro dos aplicativos.
Quem administra várias contas também precisa ficar atento: a assinatura cobre apenas um perfil principal. Para cada conta extra adicionada ao Centro de Contas da Meta, o custo adicional será de £2 mensais via web ou £3 mensais nos dispositivos móveis. Para influenciadores, social media managers e pequenos negócios que controlam várias páginas, o valor final pode acabar ficando considerável.
Vale lembrar que na União Europeia o lançamento foi bem mais caro. Inicialmente, a Meta cobrava €9,99 no navegador e €12,99 no celular (cerca de R$ 65 e R$ 85). Depois da pressão dos usuários e órgãos reguladores, houve redução de preço, mas mesmo com desconto os valores continuam mais altos que os do Reino Unido: a partir de €5,99 no navegador e €7,99 no mobile.
A estratégia por trás disso é clara: a Meta ainda depende fortemente da publicidade para sustentar suas receitas. No entanto, as regras rígidas de privacidade na Europa obrigaram a empresa a oferecer uma saída paga para quem não quer ver anúncios direcionados. Mesmo fora do bloco europeu, o Reino Unido agora faz parte desse movimento, mostrando que o mercado britânico é considerado chave pela companhia.
As críticas, porém, não diminuíram. Muitos especialistas dizem que essa escolha é enganosa, já que o usuário estaria basicamente pagando para preservar sua privacidade – algo que deveria ser um direito básico. A Comissão Europeia já levantou preocupações sobre coerção. Por outro lado, defensores do modelo lembram que redes sociais não são serviços essenciais: quem não gostar das opções pode simplesmente sair dos apps e recuperar seu tempo livre.
No fim das contas, o público britânico terá de decidir se vale a pena gastar alguns poucos libras mensais para se livrar dos anúncios ou se continuar com publicidade ainda é o caminho mais lógico. Seja qual for a escolha, a experiência do usuário vai mudar, e esse será mais um capítulo da eterna disputa entre conveniência, privacidade e lucro.
4 comentários
pelo menos aqui ficou mais barato que na UE rs
kkk quem ainda paga por facebook 🤣
privacidade não devia custar dinheiro
confesso que insta sem propaganda é tentador