A Meta resolveu apostar alto e vai lançar no próximo mês seus primeiros óculos inteligentes com tela integrada, codinome “Hypernova”. O detalhe que mais chamou atenção é o preço: US$ 800, bem abaixo dos mais de US$ 1000 que todo mundo esperava. 
A ideia é simples – abrir mão de lucro agora para conquistar o mercado antes que Apple, Samsung e outros tragam suas versões.
Essa redução não é só promoção, é estratégia. Por mil dólares, os óculos ficariam na categoria de brinquedo de luxo para poucos. A US$ 800, eles passam a disputar espaço com smartwatches premium, tablets e até notebooks básicos. Para quem tem curiosidade em testar realidade aumentada sem gastar uma fortuna, vira uma opção mais realista.
Meta segue o mesmo caminho já usado por gigantes como Apple e Samsung: sacrificar margem para popularizar a tecnologia. A empresa já tinha experiência com os modelos Ray-Ban e Oakley, que traziam câmera e assistente de voz, mas nada de tela. Agora os Hypernova vão além, com um display que mostra notificações, mapas e miniapps direto no campo de visão. E tem mais: rumores indicam que o controle poderá ser feito por uma pulseira neural, projeto em que a Meta trabalha faz anos.
Com preço de US$ 800, os Hypernova aparecem como uma ponte entre os óculos atuais e os headsets completos de AR, tipo o Apple Vision Pro. Só que, ao contrário dos headsets pesados, a promessa é de algo mais prático para o dia a dia. A Meta não quer só lançar um protótipo chamativo, mas transformar os óculos inteligentes em produto de massa.
Somando-se aos Oakley Meta HSTN (US$ 399–499) e à linha Ray-Ban em evolução, a Meta vai montando um ecossistema completo de wearables. E o preço reduzido dos Hypernova deixa claro: a empresa está jogando agressivo para colocar o acessório no rosto de muita gente antes que a corrida dos óculos de AR realmente comece.