O Google Play começou 2025 com a sua tradicional seleção Best of 2025, a lista oficial dos apps, jogos e livros que mais marcaram o ano no Android. 
Não é só um ranking de quem teve mais downloads ou investiu pesado em anúncios. A curadoria se parece mais com um guia de confiança: aquilo que realmente merece espaço na tela inicial do seu celular, misturando grandes franquias de entretenimento com ferramentas discretas que acabam virando indispensáveis no dia a dia.
Os vencedores foram apresentados em um novo post no blog oficial do Google. A ideia é destacar títulos que combinam qualidade técnica, boa experiência de uso e um propósito claro. Nos Estados Unidos, os holofotes se voltaram para quatro nomes principais: o jogo de cartas colecionáveis Pokemon TCG Pocket levou o prêmio de melhor jogo, o app de foco Focus Friend, criado em parceria com Hank Green, foi eleito o melhor aplicativo, o frenético corredor Disney Speedstorm ficou com o título de melhor jogo multiplataforma, e o editor de fotos com IA Luminar foi coroado como melhor app multiplataforma.
O que o Best of 2025 realmente está premiando
Segundo o Google, o Best of 2025 não quer ser só uma vitrine de tendências passageiras. A seleção prioriza apps e jogos que entregam algo que dure: uma ideia bem executada, uma interface que não irrita, recursos que fazem diferença depois da primeira semana de uso. Na prática, isso significa premiar títulos que você consegue recomendar facilmente com a frase: pode baixar, isso aqui resolve um problema de verdade.
Além das categorias principais de apps, jogos e livros, o Google dá destaque especial para experiências multiplataforma, que funcionam bem em celulares, tablets e até em computadores com integração ao ecossistema Android. É um recado claro sobre o futuro da plataforma: o usuário não deveria sentir que está “trocando de sistema” cada vez que muda de tela. O ideal é que tudo acompanhe a pessoa, e o Best of 2025 é praticamente um catálogo desse tipo de experiência.
Focus Friend: o app do ano é sobre foco, não sobre produtividade tóxica
Entre todos os ganhadores, o mais simbólico é o Focus Friend, eleito melhor app do ano. Em vez de tentar se exibir com gráficos cheios de botões e dashboards complexos, ele segue o caminho oposto. É um aplicativo simples, quase minimalista, que se posiciona como um companheiro de foco. A lógica é ajudar o usuário a se desconectar do ruído digital para se reconectar com o que está na frente dele: estudo, trabalho, família, uma conversa, um hobby que estava abandonado há meses.
Enquanto muitos serviços ainda medem sucesso em tempo de tela e número de “sessões por dia”, o Focus Friend assume quase o papel de anti app. Ele incentiva blocos de concentração, cria barreiras suaves contra notificações e aplicativos mais viciantes e faz você olhar para o dia de forma mais qualitativa do que numérica. Em vez de um gráfico frio de tarefas concluídas, o foco está em perguntas do tipo: você conseguiu estar presente nas coisas importantes hoje.
Para 2025, essa escolha faz todo sentido. Depois de anos de sobrecarga de notificações, reuniões remotas que invadem qualquer horário e redes sociais que competem pela sua atenção, um app que legitima o direito de reduzir o barulho mental parece quase uma declaração de época. Ao premiar o Focus Friend, o Google também envia um recado sobre o que quer ver mais no Play Store: ferramentas que ajudam o usuário a viver melhor com a tecnologia, e não apenas a usar mais tecnologia.
Pokemon TCG Pocket: nostalgia de cartas, agora no bolso
No lado dos jogos, a vitória de Pokemon TCG Pocket dificilmente vai chocar alguém. A marca Pokémon atravessa gerações, e o jogo de cartas colecionáveis sempre foi um ponto de encontro entre estratégia e afeto por personagens clássicos. O que torna a versão mobile interessante é o cuidado em reproduzir a sensação física do TCG em um ambiente totalmente digital, sem perder o ritual que os fãs gostam.
O Google destaca elementos como a experiência de “abrir” boosters digitais, aquela ansiedade boa de ver quais cartas raras vão aparecer, e as ilustrações caprichadas que fazem cada carta parecer digna de entrar num fichário de colecionador. Por trás disso, existe uma estrutura moderna de jogo gratuito, com progressão e economia interna, mas o coração da experiência continua sendo montar decks, testar combinações e enfrentar adversários.
Para quem cresceu brincando com cartas físicas, o jogo funciona quase como uma máquina do tempo, só que com matchmaking online e usabilidade atual. Para quem está chegando agora, ele é uma porta de entrada para o universo de TCG sem precisar investir em baralhos físicos ou encontrar um grupo fixo para jogar presencialmente. Ao premiar Pokemon TCG Pocket, o Google também mostra como o mobile gamer amadureceu: não é só sobre gráficos de console na tela pequena, e sim sobre respeitar as tradições de jogo e traduzi las bem para o digital.
Luminar e Disney Speedstorm: os campeões multiplataforma
As categorias de melhor app e jogo multiplataforma contam outra parte importante da história. O Luminar, vencedor entre os apps, enxerga o smartphone apenas como o primeiro passo de um fluxo criativo maior. Você pode fotografar com o celular, começar um ajuste rápido ali mesmo, pegar o tablet para edições mais finas e finalizar num notebook ou PC, tudo com o mesmo conjunto de ferramentas, presets e recursos de inteligência artificial.
Para criadores de conteúdo, fotógrafos amadores e profissionais, isso representa liberdade real. O Luminar usa IA para fazer o trabalho pesado, desde correção de exposição e redução de ruído até trocas de céu e efeitos de estilo mais dramáticos. Ao mesmo tempo, ele não tira o controle de quem gosta de ajustar tudo na unha. O ponto central é que você não sente que está usando “o app mobile do Luminar” e depois “a versão de PC do Luminar”. É a mesma experiência, adaptada ao tamanho da tela.
Já Disney Speedstorm, o melhor jogo multiplataforma, segue o caminho oposto em energia, mas com a mesma filosofia por trás. É um jogo de corrida de combate, cheio de turbo, colisões caóticas e pistas que parecem ter sido desenhadas para testar seu reflexo e sua paciência ao mesmo tempo. A graça está em controlar personagens icônicos da Disney e da Pixar em corridas frenéticas, seja em sessões rápidas no celular, seja em maratonas mais longas na TV ou no monitor.
A mágica está na continuidade: você pode começar a evoluir um personagem no ônibus, usando o smartphone, e continuar de onde parou mais tarde no console ou no PC, sem perder progresso. Ao destacar Disney Speedstorm e Luminar, o Google reforça a mensagem de que o futuro do ecossistema passa por experiências com cara de serviço contínuo, e não de aplicativos isolados em cada dispositivo.
Google Play versus App Store: diferenças de estilo
É impossível ver o Best of 2025 sem lembrar imediatamente dos prêmios anuais da App Store da Apple. Em geral, a Apple gosta de destacar experiências altamente polidas visualmente, que fazem o hardware brilhar. A lista do Google não ignora esse lado, mas a seleção de 2025 tem um pé mais firme no prático. Focus Friend, por exemplo, é tudo menos espalhafatoso, e ainda assim é a cara do ano para o Google.
Com um app de foco no topo e um editor de fotos centrado em fluxo de trabalho entre os destaques, o Play Store se posiciona como um lugar onde você encontra tanto diversão de alto nível quanto ferramentas que ajudam a organizar a cabeça, o tempo e o trabalho. É um contraste interessante com a imagem mais “vitrine tecnológica” que costuma acompanhar os prêmios da Apple.
Por que a lista importa para usuários comuns
Para quem só quer saber o que vale a pena instalar, a lista Best of 2025 funciona como atalho. Mesmo que você baixe apenas os quatro grandes vencedores, já sai com um kit bem completo: um app para domar as distrações, um jogo de cartas que fala diretamente com a nostalgia, um editor de fotos robusto que te acompanha em várias telas e um jogo de corrida barulhento para desligar o cérebro por alguns minutos entre uma tarefa e outra.
Além disso, as escolhas revelam tendências mais amplas. Existe uma busca por equilíbrio entre produtividade e descanso, entre conveniência impulsionada por IA e espaço para a criatividade humana. Também cresce a expectativa de que seus apps não fiquem presos a um único dispositivo. Se você começa algo no celular, é quase automático esperar que seja fácil continuar no tablet ou no computador. E, talvez mais importante, há uma valorização crescente de aplicativos que respeitam o tempo e a atenção do usuário, em vez de tentar sequestrar os dois a qualquer custo.
O Play Store em evolução e o papel de apps utilitários
O anúncio do Best of 2025 chega em um momento de mudanças constantes na própria loja. O Google vem fazendo ajustes que talvez passem despercebidos à primeira vista, mas aliviam irritações antigas: interface mais fluida, seções melhor organizadas para quem consome muito vídeo ou baixa jogos pesados, e um gerenciamento de assinatura menos confuso. Para quem vive alternando entre streaming, jogos e produtividade, esses pequenos ajustes somam muito no final do mês.
Nesse cenário, aparecem cada vez mais utilitários de viagem e conectividade, como o Nomad eSIM, que facilita contratar planos de dados em diferentes países direto do telefone, sem a novela de achar chip físico e lidar com burocracia local. Promoções com desconto em pacotes de dados e cobertura global encaixam direitinho no mesmo raciocínio que sustenta a lista de vencedores: os melhores apps não são necessariamente os mais chamativos, e sim aqueles que tiram obstáculos do seu caminho sem fazer muito barulho.
No fim das contas, o Google Play Best of 2025 retrata um ano em que bem estar digital e praticidade aprenderam a conviver com grandes franquias de entretenimento. Talvez, daqui a alguns anos, os nomes mudem, mas a mensagem que a lista passa agora é clara: os melhores apps e jogos para Android não são apenas demonstrações de engenharia, são companheiros de rotina. Eles ajudam você a estar mais presente, a manter contato com quem importa e, quando der, a se perder um pouco em corridas caóticas e booster packs virtuais, porque ninguém é de ferro.