A procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill, entrou com uma ação judicial contra a Roblox Corporation, acusando a plataforma online de falhar na proteção de crianças contra predadores sexuais. 
Segundo Murrill, o Roblox se tornou um espaço onde esses criminosos atuam livremente, mesmo sendo um jogo voltado principalmente para o público infantil.
No processo, a acusação afirma que a empresa ignorou alertas durante anos e permitiu que um ambiente de exploração de menores prosperasse. Alega ainda que a Roblox enganou pais, não informou sobre os riscos e deixou de adotar medidas eficazes, causando danos diretos às crianças da Louisiana.
Embora a ação tenha sido movida em nível estadual, o problema é global. Desde seu lançamento em 2006, o Roblox cresceu de forma impressionante, registrando mais de 85 milhões de usuários ativos diariamente. A própria empresa admite que metade das crianças americanas com menos de 16 anos acessa o jogo pelo menos uma vez por mês. Essa popularidade, no entanto, já levou a proibições em países como China, Turquia, Omã e Catar, justamente pelos riscos de exploração infantil.
Sob pressão, a Roblox anunciou novas regras: jogadores com menos de 13 anos precisam da aprovação dos pais para usar certos recursos de chat, e menores de 9 só podem acessar experiências classificadas como “Moderadas” com autorização. Mesmo assim, a procuradora afirma que essas medidas são frágeis e tardias, principalmente porque a empresa também decidiu remover os chamados “justiceiros” – jogadores que tentavam monitorar abusos dentro da comunidade.
Agora, caberá ao tribunal decidir se a Roblox poderá continuar crescendo sem mudar radicalmente sua política de segurança. O julgamento promete ser decisivo para o futuro da plataforma e sua imagem pública.
1 comentário
até que enfim notícia boa