Lenovo Legion Go 2: o novo portátil que promete elevar o nível do gaming móvel

A Lenovo confirmou oficialmente o lançamento do Legion Go 2, e a nova geração já chega com mudanças de peso. Se o primeiro Legion Go chamou atenção por ser um dos pioneiros a adotar o chip AMD Ryzen Z1 Extreme, a segunda versão vai além, trazendo processadores de última geração, tela OLED de 144Hz, bateria maior e uma série de ajustes que mostram claramente a ambição da marca em competir de igual para igual com o Steam Deck e o ASUS ROG Ally.

O grande destaque está nos novos processadores AMD. O Legion Go 2 terá opções entre Ryzen Z2 e Z2 Extreme. O Z2 é baseado nos APUs Hawk, com arquitetura Zen 4 e gráficos RDNA 3, enquanto o Z2 Extreme usa a mais recente arquitetura Zen 5 junto à GPU RDNA 3.5. Ambos contam com 8 núcleos e 16 threads, mas o modelo Extreme oferece mais potência gráfica, com 16 unidades de computação rodando até 2,9 GHz, contra 12 CUs do Z2. Essa diferença pode garantir não só mais desempenho, mas também maior longevidade para o portátil.

A tela foi outro ponto que recebeu uma grande evolução. Agora temos um painel OLED de 1200p com taxa de atualização de até 144Hz e suporte a HDR (500 nits de brilho). Em comparação com o modelo anterior, que tinha um painel IPS de 1600p, a resolução é um pouco menor, mas a troca pelo OLED promete cores mais vivas, pretos profundos e menor arrasto em jogos rápidos. Na prática, a fluidez e a qualidade de imagem devem ser superiores.

A memória também dobrou: o novo modelo chega com até 32 GB de LPDDR5X-8000, contra os 16 GB LPDDR5X-7500 do primeiro Legion Go. Isso abre espaço para jogos mais pesados e multitarefa sem engasgos. No armazenamento, a Lenovo incluiu SSD PCIe de 1 TB, com opção de expansão via microSD de até 2 TB – excelente para quem tem bibliotecas enormes no Steam ou Xbox Game Pass.

No resfriamento, a Lenovo redesenhou completamente o sistema. O Legion Go 2 traz um ventilador maior e duas saídas de ar, uma na parte inferior e outra na traseira, garantindo fluxo de ar superior. O usuário poderá até ajustar manualmente a velocidade do cooler, balanceando silêncio e desempenho conforme a necessidade.

A bateria também impressiona: passou de 49,2 Whr para 74 Whr, acompanhada de um carregador de 65W. Essa mudança deve aumentar bastante a autonomia em jogos, um dos pontos mais criticados em dispositivos portáteis potentes. Para quem quer jogar longe da tomada, é uma das melhorias mais relevantes.

No design, a Lenovo manteve a proposta de versatilidade com controles destacáveis, permitindo três modos de uso: portátil tradicional, estilo console ao conectar no dock, ou modo FPS com um stick dedicado para jogos de tiro. Essa abordagem híbrida continua sendo um diferencial frente a concorrentes mais engessados.

Em conectividade, o Legion Go 2 traz duas portas USB 4.0 Type-C com suporte a DisplayPort 2.0 e Power Delivery 3.0, entrada para fone de ouvido de 3,5 mm e slot microSD. Outra novidade é o leitor de digitais, que agiliza o login e reforça a ideia de que o aparelho pode ser usado não só para games, mas também em tarefas de produtividade.

Preço e data de lançamento ainda não foram revelados, mas considerando que o primeiro Legion Go custava entre US$ 749 e US$ 799, é bem provável que o novo modelo fique na mesma faixa. A diferença é que agora o jogador leva mais memória, tela OLED, bateria maior e processador mais avançado pelo mesmo valor. Em um mercado cada vez mais aquecido, isso pode ser um grande atrativo.

No fim, o Legion Go 2 surge como uma aposta ambiciosa da Lenovo: entregar um portátil que não se contenta com compromissos. Tela OLED de 144Hz, 32 GB de RAM, processador Ryzen Z2 Extreme e bateria de longa duração mostram que a marca está pronta para disputar a liderança no segmento de gaming portátil.