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Kirby Air Riders mostra ray tracing e iluminação global no Nintendo Switch 2

por ytools
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O Nintendo Switch 2 ainda nem chegou oficialmente às lojas, mas já virou palco para uma pequena revolução gráfica dentro da própria Nintendo. Entre rumores de hardware equipado com tecnologia da NVIDIA e promessas de recursos modernos, quem acabou roubando a cena foi Kirby Air Riders: um jogo de corrida fofinho por fora, mas que, por baixo do capô, é o primeiro grande exemplo de como ray tracing e iluminação global podem funcionar no novo console.

A descoberta veio de um jeito bem típico de comunidade entusiasta.
Kirby Air Riders mostra ray tracing e iluminação global no Nintendo Switch 2
Vasculhando menus e arquivos do sistema, jogadores encontraram, no texto de licença de Kirby Air Riders, uma referência direta ao RTXGI SDK, a solução de iluminação global com ray tracing da NVIDIA. Isso significa que o jogo não depende apenas de luzes pré-calculadas, mas usa simulação em tempo quase real para entender como a luz bate nas superfícies, rebate, muda de cor ao tocar paredes coloridas e preenche sombras de forma muito mais natural.

No universo de Kirby, onde tudo é exageradamente colorido, essa tecnologia faz ainda mais diferença. Imagine uma pista ao entardecer, com o céu alaranjado refletindo no chão, o rosa do próprio Kirby tingindo levemente os arredores e letreiros brilhantes derramando luz suave pelos cenários. Em vez de sombras chapadas e iluminação completamente fixa, o jogador vê transições mais sutis, profundidade extra e uma sensação maior de volume, sem que o jogo perca o visual cartunesco que sempre definiu a série.

O mais curioso é que todo esse salto visual não parece estar cobrando um preço alto em desempenho. Relatos iniciais destacam que Kirby Air Riders roda a estáveis 60 quadros por segundo, mesmo quando a tela está tomada por efeitos, partículas, itens voando, adversários se chocando e aquele caos organizado típico de um bom jogo de corrida arcade. Para um console híbrido, que precisa equilibrar consumo de energia, aquecimento e tamanho de hardware, manter essa fluidez enquanto trabalha com iluminação avançada é um feito considerável.

Como a equipe conseguiu esse equilíbrio ainda não está totalmente claro, mas existe um grande suspeito: NVIDIA DLSS. A tecnologia de upscaling usa redes neurais para reconstruir a imagem a partir de uma resolução interna menor, entregando um quadro final mais nítido do que se esperaria apenas pelo número bruto de pixels. Na prática, o jogo rende menos, economiza poder de GPU e repassa esse tempo de sobra para efeitos pesados como iluminação global com ray tracing, materiais mais complexos, reflexos adicionais e filtros de pós-processamento.

No contexto do Switch 2, isso abre várias possibilidades interessantes. Em modo portátil, por exemplo, é provável que o DLSS trabalhe de forma mais agressiva, priorizando desempenho e bateria enquanto ainda mantém uma imagem limpa na telinha. Já no modo dock, conectado à TV, o jogo pode subir a resolução base, refinar a qualidade da iluminação e deixar o ray tracing brilhar com mais força, sem sacrificar tanto os quadros por segundo. Mesmo sem perfis oficiais confirmados, o comportamento descrito pelos jogadores combina muito bem com esse tipo de estratégia técnica.

Também é importante notar o simbolismo dessa escolha. Até agora, boa parte das conversas sobre ray tracing no Switch 2 girava em torno de grandes produções de terceiros. Títulos como Star Wars Outlaws, da Ubisoft, já foram mostrados com uso intenso de ray tracing no novo hardware, e futuros lançamentos como Resident Evil Requiem parecem seguir o mesmo caminho nas demonstrações divulgadas. Kirby Air Riders, porém, muda o tom da discussão: é a própria Nintendo colocando suas equipes internas para brincar com RTXGI e companhia, não em um jogo sombrio e hiper-realista, mas em um racer alegre, acessível e familiar.

Se esse experimento der certo, e tudo indica que o público está recebendo o jogo com bastante curiosidade, ele pode servir de laboratório para o restante do catálogo first-party. Não é difícil imaginar um futuro Mario Kart em que o asfalto molhado reflita luzes de néon em tempo real, ou um novo Super Mario em 3D em que os raios de sol atravessem folhas, rebatam em paredes e mudem conforme o horário dentro da fase. Em um possível próximo The Legend of Zelda, cavernas poderiam ganhar sombras mais densas e realistas, enquanto tochas lançam iluminação dinâmica pelo cenário, e uma nova Metroid teria corredores metálicos iluminados por reflexos suaves e bem calculados.

O mais interessante é que nada disso entra em conflito com a filosofia tradicional da Nintendo. A empresa sempre priorizou jogabilidade responsiva, direção de arte marcante e identidade visual própria, em vez de perseguir gráficos ultrarrealistas a qualquer custo. O uso de RTXGI em Kirby Air Riders mostra que uma coisa não exclui a outra: é possível manter o estilo colorido e estilizado, mas aproveitar o que há de mais moderno na renderização para dar mais vida e profundidade a esse estilo.

Neste momento, Kirby Air Riders parece ser a amostra perfeita de que o Switch 2 está pronto para conversar de igual para igual com os padrões gráficos atuais, dentro da proposta da Nintendo. É um racer caótico e simpático, que usa ray tracing para iluminação global, provavelmente se apoia em DLSS para segurar 60 FPS e mostra que a parceria com a NVIDIA não é apenas marketing, mas algo que já está sendo colocado em prática nas produções internas. Se esse é apenas o primeiro passo, a próxima leva de jogos da Nintendo no Switch 2 tem tudo para ser tão divertida quanto tecnicamente impressionante.

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1 comentário

Guru November 23, 2025 - 12:14 am

quero ver a Digital Foundry contando pixel por pixel, pq por enquanto ta bom demais pra ser verdade

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