A Apple apresentou o novo iPhone Air há apenas dois dias e, em vez de o destaque ficar por conta da espessura mínima de 5,6 mm – resposta direta ao Galaxy S25 Edge de 5,8 mm da Samsung – o assunto que dominou as conversas foi o design da câmera. Usuários e críticos rapidamente puxaram da memória o Huawei Nexus 6P, lançado em 2015, e começaram a questionar se a Apple teria “reciclado” ideias antigas.
O iPhone Air chega como substituto da linha Plus e, à primeira vista, chama atenção pela simplicidade. 
Diferente de outros modelos com vários sensores, ele traz apenas uma câmera traseira, embutida em uma barra horizontal que ocupa toda a parte superior. A Apple batizou esse elemento de “platô”. Essa mesma abordagem aparece no iPhone 17 Pro, onde a barra é ainda mais marcante e robusta.
As comparações foram imediatas: o Nexus 6P, desenvolvido pela Huawei em parceria com o Google, já trazia em 2015 uma faixa preta para abrigar a câmera, atravessando a traseira do aparelho. Na época, a linha Nexus tinha essa proposta de colaboração com diferentes fabricantes – Motorola, HTC, LG, Samsung – e o 6P foi o último antes da chegada definitiva da linha Pixel. Para quem lembra do modelo, a semelhança com o iPhone Air é difícil de ignorar.
Ainda assim, há nuances. Colocados lado a lado, fica claro que o 6P parecia um “protótipo” do visual que a própria Google refinaria mais tarde com o visor do Pixel. Já o iPhone Air aposta em um desenho mais plano e limpo, sem múltiplas lentes, reforçando a estratégia da Apple de priorizar um único sensor aliado a software avançado. Ou seja, não é exatamente uma cópia, mas sim uma escolha de estilo dentro de uma tendência que já existe.
Para complicar, até mesmo o iPhone 17 Pro entrou na mira de comparações, acusado de lembrar ainda mais o Pixel. Outros defendem que o design de smartphones é cíclico: bordas retas, notch, módulos de câmera saltados – tudo isso vai e volta ao longo dos anos. Nesse contexto, o Air pode ser visto como parte de um padrão que já atravessa gerações de aparelhos.
No fim das contas, a sensação de déjà-vu é inevitável. Para veteranos que usaram o Nexus 6P, a lembrança é instantânea. Para novos consumidores, o Air parece trazer frescor e novidade. Como sempre, a Apple tem o talento de pegar conceitos já existentes, polir os detalhes e lançar como tendência. Resta ao público decidir: estamos diante de um plágio descarado ou apenas de mais um capítulo da evolução natural do design móvel?