O enigma do iPhone Air: os principais analistas do mercado não conseguem chegar a um consenso sobre o novo modelo ultrafino da Apple. Em questão de dias, relatórios conflitantes transformaram o que parecia ser uma simples atualização de produção em uma verdadeira novela do mundo tech. 
Enquanto alguns bancos afirmam que o ritmo de fabricação segue normal e o interesse do público continua sólido, outros alertam para uma queda drástica na demanda.
De acordo com o TD Cowen, a Apple não alterou o cronograma de produção do iPhone Air. A empresa teria confirmado, com base em “trabalho de campo” e verificação direta com fornecedores, que continuará fabricando cerca de 3 milhões de unidades no terceiro trimestre de 2025 e mais 7 milhões no quarto trimestre. Segundo o relatório, a gigante de Cupertino mantém total confiança no modelo e acredita que os números previstos continuam viáveis.
Mas o otimismo do TD Cowen contrasta com as previsões sombrias do KeyBanc Capital, que afirmou ver “praticamente nenhuma demanda” pelo iPhone Air e pouca disposição do público para pagar por um aparelho dobrável. O Nikkei Asia reforçou esse pessimismo ao divulgar que a Apple teria reduzido os pedidos de produção do Air, priorizando outros modelos da linha iPhone 17. E, para completar o coro de incertezas, o famoso analista Ming-Chi Kuo declarou que fornecedores cortaram mais de 80% da capacidade dedicada ao modelo – um sinal preocupante para qualquer produto premium.
Por outro lado, o Jefferies trouxe uma reviravolta curiosa. Segundo o banco, o tempo de espera pelo iPhone Air na China caiu para “quase zero” – ou seja, o aparelho está disponível imediatamente nas lojas. Normalmente isso indicaria fraca demanda, mas a Jefferies aponta um cenário diferente: as vendas totais de iPhones na China cresceram 19% ano a ano nas cinco primeiras semanas de lançamento da linha iPhone 17. Pode ser que a Apple tenha simplesmente ajustado sua cadeia de suprimentos e distribuição, em vez de enfrentar uma crise de interesse.
A China continua sendo um mercado imprevisível para a Apple. O iPhone Air parecia uma aposta certeira, especialmente por ser o primeiro da marca totalmente eSIM – ainda uma novidade por lá. No entanto, com a enxurrada de dobráveis de marcas locais, o público chinês parece estar mudando de gosto rapidamente. Resta saber se o iPhone Air será lembrado como uma ousadia de nicho ou como um alerta para os riscos de superestimar o hype. Uma coisa é certa: a Apple está prestes a testar até onde a inovação pode ir sem perder o toque de realidade.
1 comentário
quero ver se o próximo iPhone vai seguir essa linha mais fina