
iPhone 17 Pro e a nova teleobjetiva: vale pagar R$ 1.099 dólares?
O iPhone sempre foi referência em fotografia móvel, mas havia um ponto fraco que persistia em quase todas as gerações Pro: a teleobjetiva. Enquanto a câmera principal e a ultrawide evoluíam em qualidade, o zoom ficava para trás, entregando imagens suaves, com pouco detalhe e pouca utilidade no dia a dia. No ano passado, a Apple apostou em uma tele de 5x no iPhone 16 Pro, equivalente a 120 mm em termos fotográficos. Na prática, era um zoom pouco versátil: bom para capturar objetos bem distantes, mas nada prático para retratos ou viagens. Agora, com o iPhone 17 Pro, a história muda.
A Apple ajustou a fórmula e trouxe uma tele de 4x, equivalente a 100 mm. A diferença pode parecer pequena, mas muda completamente o jogo. Para fotógrafos, 100 mm é um clássico: distância perfeita para retratos, fotos urbanas e até paisagens, oferecendo um equilíbrio entre proximidade e contexto. Ao contrário dos 120 mm do 16 Pro, que deixavam a imagem comprimida e desconfortável, os 100 mm do 17 Pro entregam um resultado mais natural e utilizável.
48 megapixels e zoom sem perda
A mudança não ficou só no alcance. O sensor da nova tele tem 48 MP, e isso abre possibilidades inéditas no iPhone. Com tanta resolução, é possível cortar a imagem sem perder qualidade, permitindo que o zoom chegue a 8x praticamente sem degradação – o que a Apple chama de “zoom sem perdas”. E, sim, funciona bem, desde que a cena tenha bastante luz. Comparado às gerações anteriores, o salto é enorme: em 8x as fotos ainda parecem nítidas, algo impensável até pouco tempo atrás. Claro, se você exagerar e esticar para 40x, a qualidade desmorona, mas dentro do intervalo 4x–8x o resultado é surpreendente.
Isso transforma a tele do iPhone em duas lentes em uma: uma 100 mm real e uma 200 mm virtual, que se aproxima da performance de câmeras compactas dedicadas. Para quem viaja ou não quer carregar equipamento pesado, é a primeira vez que a tele de um iPhone pode substituir de verdade uma câmera extra.
Por que fotógrafos vão se importar
Retratistas vão adorar a compressão suave e o ar profissional que os 100 mm oferecem. Fotógrafos de paisagem e arquitetura vão conseguir isolar detalhes sem perder o conjunto da cena. Até videomakers podem se beneficiar, já que a combinação 4x/8x abre espaço para enquadramentos criativos e close-ups cinematográficos. Em termos de linguagem visual, o iPhone 17 Pro finalmente entrega uma tele que faz sentido dentro de um fluxo criativo profissional.
É exagero dizer que essa lente coloca o iPhone lado a lado com DSLRs? Talvez. Mas é inegável que estamos mais perto disso do que nunca.
Vale a pena gastar tanto?
A grande questão: faz sentido investir US$ 1.099 só pela tele? Para profissionais e criadores de conteúdo, sim. É a evolução mais significativa que a Apple trouxe para sua câmera em anos. Mas para o usuário comum, que já tem um iPhone 14, 15 ou 16 Pro, a resposta é menos óbvia. Essas versões já oferecem sistemas fotográficos excelentes, e o ganho de qualidade na tele talvez não justifique o preço. Em muitos casos, o mesmo dinheiro pode ser melhor aproveitado em uma viagem – que renderá lembranças e fotos que nenhum upgrade de lente consegue substituir.
Promoções e trade-in
Operadoras, claro, tentam facilitar a decisão. A Verizon, por exemplo, oferece o 17 Pro quase de graça em planos Unlimited Ultimate com trade-in de aparelhos elegíveis. Para quem já estava pensando em trocar, pode ser um empurrão final. Mas é bom lembrar que essas promoções vêm com contratos longos e custos embutidos.
Mais do que só câmera
O iPhone 17 Pro não se resume à teleobjetiva. Ele ganhou melhorias no design, uma tela mais brilhante e eficiente, além de performance refinada. Ainda assim, a estrela é, sem dúvida, a nova tele, que finalmente faz jus ao selo “Pro”.
Conclusão
A teleobjetiva do iPhone 17 Pro representa um salto de qualidade. Pela primeira vez, a Apple entrega um trio de câmeras em equilíbrio: a principal, a ultrawide e agora a tele, todas realmente úteis. Para criadores e fotógrafos, é motivo suficiente para atualizar. Para os usuários casuais, é um bom extra, mas não essencial. No fim, tudo depende de quanto a fotografia pesa na sua vida. Se o iPhone é sua principal câmera, o upgrade vale cada centavo. Se não, talvez seja melhor guardar o dinheiro e investir em experiências que vão render boas memórias.