Os novos iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max chegaram ao mercado com aquele discurso típico da Apple: câmera ainda mais avançada, fotografia profissional no bolso e uma enxurrada de recursos inteligentes. Mas, na prática, um detalhe vem chamando mais atenção do que qualquer upgrade: um recurso antigo e muito usado simplesmente sumiu. 
Nos modelos 17 Pro, não é mais possível fazer fotos em modo Retrato usando o modo Noite ao mesmo tempo.
Se você vem de um iPhone 12 Pro ou mais recente, isso soa estranho. Desde 2020, a Apple permitia combinar o modo Noite, que aumenta o tempo de exposição e clareia a cena, com o modo Retrato, responsável pelo famoso fundo borrado e pelo destaque no rosto. Era a receita perfeita para fotos em bar, restaurante, show ou rua mal iluminada: o iPhone iluminava o ambiente e ainda criava aquele efeito de câmera grande no desfoque.
No iPhone 17 Pro e 17 Pro Max, essa combinação desapareceu do app de câmera. Em cenas escuras, quando você ativa o modo Retrato, o ícone do modo Noite simplesmente não entra em ação. O telefone ainda é capaz de registrar muito detalhe, mas a foto sai mais escura do que muitos usuários estavam acostumados e, para quem adorava o antigo efeito, a mudança soa como um retrocesso silencioso.
O mais curioso é que iPhones mais antigos, já atualizados para o iOS 26, continuam oferecendo o recurso normalmente. Usuários de modelos como o iPhone 14 Pro e o iPhone 15 Pro mostram capturas de tela: ali, o Retrato com modo Noite segue funcionando como sempre. Ou seja, não é uma decisão global de software, mas algo específico da linha 17 Pro.
Para piorar a confusão, a própria Apple ainda não alinha completamente o discurso com a realidade. Em páginas de suporte e materiais de marketing, a empresa segue afirmando que os iPhones mais recentes oferecem retratos em modo Noite, e em alguns trechos o iPhone 17 Pro e o 17 Pro Max aparecem listados como compatíveis. Quem comprou o aparelho acreditando nesses textos agora descobre, na prática, que o recurso sumiu sem aviso.
Bug temporário ou estratégia da Apple?
Diante do silêncio oficial, duas hipóteses ganharam força entre usuários e entusiastas de fotografia móvel. A primeira é a mais amigável: um bug. Talvez a Apple tenha encontrado problemas de estabilidade, processamento ou consumo de bateria ao combinar modo Noite e Retrato com o novo conjunto de câmeras do 17 Pro e, por isso, tenha desativado a função temporariamente. Nesse cenário, um futuro iOS 26.x poderia trazer o recurso de volta sem alarde.
A segunda hipótese é menos simpática, mas faz sentido do ponto de vista de controle de qualidade. O modo Noite em Retrato sempre foi tecnicamente complicado: o iPhone precisa segurar o obturador por mais tempo, detectar o rosto, separar sujeito e fundo e ainda lidar com qualquer movimento durante o processo. O resultado, em muitas situações reais, eram fotos claras, porém cheias de ruído, desfoque estranho em cabelos e bordas recortadas de forma artificial. Para uma linha Pro, que a Apple vende como referência de fotografia móvel, isso pode ter passado a ser inaceitável.
Nesse contexto, faz sentido imaginar que a empresa preferiu sacrificar um recurso chamativo, mas inconsistente, para privilegiar imagens mais previsíveis. Em vez de apostar em efeitos agressivos, o iPhone 17 Pro parece focar em manter detalhes, textura e tons de pele mais naturais, mesmo que isso signifique resultados um pouco mais escuros em algumas cenas.
O que ainda dá para fazer em retratos noturnos
Isso não significa que o iPhone 17 Pro ficou inútil em ambientes escuros. Em vez de depender do antigo atalho, você pode fotografar a cena usando apenas o modo Noite padrão, garantindo o máximo de luz e detalhe. Em muitos casos, o aparelho registra informação de profundidade e permite ativar o efeito Retrato depois, direto no app Fotos, ajustando o desfoque manualmente. O fluxo é menos automático, mas oferece mais controle e, muitas vezes, um resultado visualmente mais limpo.
Some a isso os sensores maiores, as lentes mais luminosas e os algoritmos de processamento atualizados, e os retratos noturnos do 17 Pro podem ficar menos instagramaveis à primeira vista, porém mais naturais: pele menos plastificada, texturas preservadas e menos artefatos em torno do sujeito. Para quem valoriza uma estética mais próxima de câmeras tradicionais, essa mudança pode até ser bem-vinda.
Por que a mudança incomoda tanta gente
No fim das contas, o maior incômodo não é apenas perder um recurso, e sim a forma como isso aconteceu. Quem paga caro em um iPhone com selo Pro espera que o pacote de funções cresça com o tempo, não que a Apple corte ferramentas discretamente entre uma geração e outra. Sem um posicionamento claro, usuários ficam tentando adivinhar se estão diante de um erro temporário ou de uma decisão definitiva de produto.
Enquanto a empresa não se pronuncia nem lança uma atualização que esclareça a situação, donos do iPhone 17 Pro e 17 Pro Max permanecem em um meio-termo desconfortável: aprendendo novos truques para fotografar à noite, vasculhando fóruns em busca de pistas e se perguntando qual será o próximo recurso a desaparecer silenciosamente da ficha técnica dos futuros iPhones.