A Intel parece finalmente preparar seu grande retorno ao mercado de IA com o projeto Jaguar Shores – uma plataforma em escala de rack que deve ser finalizada até o primeiro semestre de 2026. Segundo informações de fontes internas da Alchip, as duas empresas estão em negociações avançadas para definir o design e o plano de produção. 
Para a Intel, trata-se de uma aposta decisiva: ou recupera espaço na corrida da inteligência artificial, ou consolida mais um fracasso em sua já turbulenta história recente.
Nos últimos anos, a Intel ficou para trás na guerra dos chips de IA. Enquanto a NVIDIA e a AMD dominaram tanto o treinamento quanto a inferência de modelos, a gigante de Santa Clara focou em soluções para inference, o que acabou limitando seu alcance. Agora, com o mercado amadurecido e uma competição cada vez mais acirrada, a empresa tenta mudar o jogo anunciando um novo ritmo anual de lançamentos de produtos voltados para IA – e Jaguar Shores seria o símbolo dessa virada.
O recente lançamento do chip Xe3P “Crescent Island”, otimizado para inferência, já mostrou que a Intel quer voltar a competir de verdade. Mas, segundo rumores, o Jaguar Shores vai muito além: será um sistema completo de infraestrutura de IA, projetado para data centers e aplicações em larga escala. A possível parceria com a Alchip deve ajudar a acelerar o desenvolvimento, já que a empresa taiwanesa tem grande experiência em design de ASICs e integração de sistemas, além de colaborar com grandes nomes do setor, como a Amazon em seus chips Trainium.
A Alchip Technologies é uma empresa fabless especializada em serviços de design de chips customizados. Ela cuida de todo o processo de integração, validação e empacotamento, enquanto a produção é terceirizada para fundições como a TSMC. Esse modelo permite entregas rápidas e grande flexibilidade – exatamente o que a Intel precisa para competir de igual para igual com os líderes do mercado. Com essa parceria, a empresa norte-americana poderia reduzir sua carga interna de produção e ganhar agilidade na entrega de soluções de IA.
De acordo com a avaliação dos rumores, há 65% de probabilidade de o projeto ser real, com base em fontes parcialmente confirmadas e um cronograma tecnicamente viável. Caso tudo ocorra conforme o planejado, a produção em massa deve começar no segundo semestre de 2026. Se o Jaguar Shores realmente chegar ao mercado, será o primeiro sistema completo de IA da Intel capaz de competir com plataformas como o NVIDIA DGX e as soluções AMD Instinct.
Mas nem todos estão convencidos. Depois de adiamentos e tropeços com produtos como o Ponte Vecchio, muitos analistas encaram o Jaguar Shores com desconfiança, chamando o projeto de “make-or-break” – um divisor de águas para a empresa. Ainda assim, há quem acredite que, com a experiência da Alchip e o novo foco em inovação, a Intel possa finalmente dar a volta por cima. Agora, resta esperar por 2026 para descobrir se esse será o ano da redenção ou mais um capítulo frustrante na história da gigante azul.
1 comentário
vamos ver no balanço trimestral se eles têm fôlego pra isso 😏