Huawei e SMIC agora fazem parte da lista de controle de exportações da TSMC, o que dificulta ainda mais o acesso dessas gigantes chinesas a tecnologias estrangeiras. 
A partir de agora, elas precisarão de uma autorização oficial para receber qualquer produto de fornecedores internacionais.
O anúncio foi feito por meio do site do Ministério da Economia de Taiwan, que justificou a medida com base na segurança nacional e na prevenção da proliferação de armas. A lista atualizada inclui 601 entidades, com nomes também da Rússia, Irã, Paquistão e Mianmar.
Para Huawei e SMIC, a medida é mais um empurrão rumo à autossuficiência tecnológica. Mas o desafio é enorme: produzir chips avançados exige anos de pesquisa, bilhões em investimento e uma engenharia extremamente precisa.
TSMC já havia cortado relações com a Huawei em setembro de 2020. No entanto, em 2024, surgiram relatos de que a Huawei ainda conseguia acessar chips avançados como o Ascend 910C, levantando dúvidas sobre a eficácia das restrições.
A situação piorou quando chips da TSMC foram encontrados no modelo Ascend 910B da Huawei, o que resultou em uma multa de US$ 1 bilhão para a fabricante taiwanesa. Desde então, a TSMC está reforçando suas políticas de compliance para evitar novos deslizes.
Enquanto isso, a China acelera o desenvolvimento de soluções internas. Máquinas de litografia EUV feitas no país devem entrar em testes já no terceiro trimestre de 2025. Além disso, a SiCarrier, parceira da Huawei, está desenvolvendo equipamentos que podem competir com os da holandesa ASML.
A disputa pelos semicondutores ganhou um novo capítulo. A pergunta que fica: será que a China conseguirá realmente romper a dependência tecnológica do Ocidente?
2 comentários
tá parecendo guerra fria versão chips kkk
SiCarrier? nunca ouvi falar, mas boa sorte pra eles