A Huawei voltou a surpreender o mercado de smartphones ao lançar o Mate XTs, sua segunda geração de celular com tela trifold. O mais impressionante não é apenas a ousadia do formato, mas o fato de a empresa já estar na sua segunda versão enquanto a maioria dos concorrentes ainda nem apresentou a primeira. 
O aparelho já pode ser encomendado na China e mostra que a marca chinesa quer continuar na frente quando o assunto é inovação em dobráveis.
O Mate XTs não muda radicalmente a proposta, mas traz ajustes inteligentes. O design segue o conceito de três dobras, que permite alternar entre três tamanhos: um modo compacto de 6,4 polegadas, uma tela intermediária de 7,9 polegadas e um enorme display de 10,2 polegadas. A grande novidade é o suporte à caneta stylus, o que faz muito sentido em uma tela desse porte, transformando o celular em quase um tablet para produtividade, estudos ou criação artística.
Por dentro, o modelo recebeu o novo processador Kirin 9020, mais potente e eficiente. A câmera também evoluiu, com um sensor ultrawide de 40 MP que promete capturar imagens mais nítidas. Além disso, a Huawei adicionou novas cores: branco e roxo, que se juntam às opções já conhecidas em preto e vermelho. São mudanças pontuais, mas que deixam o dispositivo mais completo e atraente.
Quanto ao preço, o Mate XTs continua sendo um produto de luxo. Ele chega por 17.999 yuans (cerca de R$ 13.000 ou US$ 2.520). Ainda é caríssimo, mas custa menos que o modelo anterior, que foi lançado a 19.999 yuans (quase US$ 2.800). A redução não é enorme, mas mostra que a Huawei está tentando tornar a tecnologia um pouco mais acessível, ainda que continue restrita a um público muito seleto.
No cenário competitivo, a Huawei está claramente acelerando. A Samsung, líder atual em dobráveis, trabalha no seu primeiro trifold, mas a chinesa já está uma geração à frente. A diferença é que a Samsung tem alcance global e um ecossistema de software consolidado, fatores que podem transformar o formato experimental em algo mais popular, enquanto a Huawei, fora da China, sofre com a ausência dos serviços do Google.
Apesar do avanço técnico, o Mate XTs expõe a questão central: quem realmente precisa de um celular com três dobras? Para a maioria, ainda é mais curiosidade do que necessidade. O preço é proibitivo e a falta de aplicativos populares no mercado internacional limita sua adoção. Assim, o aparelho funciona mais como uma vitrine do futuro do que como um produto pronto para o dia a dia.
Mesmo assim, a ousadia da Huawei deve ser reconhecida. Poucas empresas arriscam tanto em design e engenharia. Se os trifolds vão ou não se tornar padrão, é cedo para dizer, mas o Mate XTs marca um momento histórico na evolução dos smartphones e prova até onde pode chegar a busca por novos formatos.
Curiosamente, essa corrida pelo futuro acontece enquanto cresce a nostalgia pelo passado. Em breve será lançado o livro ilustrado “Iconic Phones: Revolution at Your Fingertips”, que reúne histórias de mais de 20 celulares marcantes das últimas duas décadas. Uma verdadeira viagem no tempo para os apaixonados por tecnologia móvel. Se o Mate XTs aponta para o amanhã, o livro relembra a trajetória que nos trouxe até aqui.
1 comentário
absurdo de caro mas confesso que achei lindo 🔥