A Honor está reforçando a família Magic8 com um modelo que mira diretamente em quem quer muita bateria e um celular difícil de quebrar: o novo Magic8 Lite. Ele chega como o mais acessível da linha, ocupando o lugar que antes era do Magic7 Lite, mas o rótulo de versão de entrada engana. 
Pelo conjunto de hardware, tela e resistência, o aparelho conversa mais com o público que busca autonomia de sobra e robustez do que com quem só quer um intermediário baratinho.
Tela grande, brilho forte e foco em conforto visual
Na frente, o Honor Magic8 Lite traz um painel OLED de 6,79 polegadas com resolução de 1200 × 2640 e taxa de atualização de 120 Hz. Em termos práticos, isso significa rolagem bem fluida no feed das redes sociais, animações suaves no sistema e jogos com movimentação mais estável, desde que o título suporte taxas mais altas. A Honor também aposta em escurecimento por PWM em altíssima frequência, de 3840 Hz, pensado para reduzir a percepção de flicker em brilho baixo e deixar sessões longas de leitura à noite menos cansativas para os olhos. Some a isso o pico de brilho declarado de até 6000 nits, e você tem um celular que não sofre tanto sob sol forte, algo ainda pouco comum na faixa intermediária.
Desempenho equilibrado e bastante espaço interno
Por dentro, o Magic8 Lite é comandado pelo Snapdragon 6 Gen 4 da Qualcomm, acompanhado de 8 GB de RAM. Não é um chip topo de linha, mas entrega folga para o uso real: múltiplos aplicativos abertos, mapas em tempo real, chamadas de vídeo, redes sociais e até jogos populares rodam sem drama, desde que o usuário não espere gráficos no máximo o tempo todo. Para guardar arquivos, o aparelho chega em versões com 256 GB ou 512 GB de armazenamento interno, espaço mais do que suficiente para baixar séries para assistir offline, salvar bibliotecas inteiras de fotos e vídeos e instalar vários jogos pesados sem ficar apagando coisas o tempo todo.
Bateria de 7500 mAh: perfil de maratonista
A estrela da ficha técnica é a bateria de 7500 mAh, um número que faz muitos intermediários comuns parecerem frugais. Enquanto 5000 mAh ainda é o padrão do mercado, o Magic8 Lite se posiciona quase como um híbrido de celular e power bank. Em uso moderado, dá para imaginar dois dias longe da tomada sem sofrimento; para quem passa o dia em 4G, GPS, streaming de música e mensageiros, a promessa é de um dia inteiro intenso com sobra. Quando a carga finalmente acaba, entra em cena o carregamento com fio de 66 W, que ajuda a repor boa parte da bateria em paradas rápidas: alguns minutos de tomada rendem horas de tela, o que é ideal para rotinas corridas.
Câmeras voltadas para o cotidiano
O conjunto de câmeras segue a filosofia do resto do aparelho: nada de exageros, mas escolhas práticas. O sensor principal é de 108 MP, trazendo bastante detalhe em fotos diurnas e dados suficientes para o processamento de imagens em cenários com menos luz. Ao lado dele, um ultrawide de 5 MP permite registrar paisagens, fachadas de prédios, interiores de restaurantes e grupos grandes sem ter que se afastar demais. Na parte frontal, uma câmera de 16 MP cuida das selfies e das chamadas em vídeo com boa definição. Não é um campeão de zoom nem um substituto de câmera profissional, porém entrega o pacote que a maioria das pessoas realmente usa no dia a dia.
Resistência de destaque, sem virar um tijolo
Outro ponto em que o Magic8 Lite foge da média é a construção. Ele ostenta certificações IP66, IP68 e IP69K, o que significa proteção contra poeira, imersão em água e até jatos de água em alta pressão e temperatura. Esse nível de resistência costuma aparecer em aparelhos voltados para uso industrial ou em modelos bem mais caros. A Honor ainda afirma que o smartphone é capaz de aguentar quedas de até 2,5 metros em superfícies duras, como mármore, algo que chama atenção para quem vive derrubando o celular. Apesar disso, o corpo se mantém relativamente elegante: 161,9 × 76,1 × 7,76 mm e 189 g, medidas que evitam a sensação de estar carregando um tijolo no bolso, mesmo com a bateria generosa.
Cores e pegada na mão
Para quem gosta de combinar aparelho com estilo pessoal, o Magic8 Lite chega em três opções de cor. Forest Green entrega um verde mais sóbrio com cara de natureza, Midnight Black é o preto clássico para quem prefere algo discreto, e Reddish Brown aposta em um tom marrom avermelhado diferente do comum, com um ar mais chamativo. Junto da espessura controlada e das laterais bem trabalhadas, o celular tende a encaixar de forma confortável na mão sem passar aquela impressão de dispositivo pesado demais, algo importante para quem passa horas segurando o telefone.
Software, interface e questão das atualizações
De fábrica, o Honor Magic8 Lite roda Android 15 sob a interface própria MagicOS 9. O sistema traz os atalhos, ajustes e aplicativos extras da marca, além de uma cara visual diferente do Android puro. O porém é que, no momento do lançamento, o Android 16 já está disponível, o que deixa o aparelho um degrau atrás em termos de versão. Isso pode incomodar usuários mais atentos a atualizações de longo prazo e segurança, especialmente se a Honor não deixar claro quantas grandes versões do sistema o modelo ainda receberá. Para boa parte do público, contudo, o mais relevante será mesmo a estabilidade, a ausência de engasgos e a integração com os serviços que já usa.
Ficha técnica resumida
- Tela OLED de 6,79 polegadas, resolução 1200 × 2640, taxa de 120 Hz e PWM de 3840 Hz;
- Processador Qualcomm Snapdragon 6 Gen 4 com 8 GB de RAM;
- Armazenamento interno de 256 GB ou 512 GB;
- Câmera traseira principal de 108 MP + ultrawide de 5 MP, câmera frontal de 16 MP;
- Bateria de 7500 mAh com carregamento com fio de 66 W;
- Certificações IP66, IP68 e IP69K, com promessa de resistência a quedas de até 2,5 m;
- Dimensões de 161,9 × 76,1 × 7,76 mm e peso de 189 g.
Posicionamento e expectativa de preço
A Honor ainda não divulgou preço oficial nem calendário detalhado de lançamento para o Magic8 Lite em todos os mercados, mas reforça que ele será o integrante mais barato da série Magic8. Se o valor final ficar abaixo de concorrentes com baterias menores e proteção mais básica, o modelo tem tudo para se tornar uma opção muito interessante para quem prioriza autonomia, tela de qualidade e robustez acima de números de benchmark. Por enquanto, ele se desenha como um intermediário focado em resistência e duração de bateria, aguardando apenas um preço competitivo para fechar o pacote.