Hora de trocar o “Ok Google” por “Ei, Gemini” nos celulares Pixel

O Google vem apostando pesado no seu novo assistente de inteligência artificial, o Gemini, que está gradualmente substituindo o Google Assistente.

Mas, em meio a essa transição, surge uma grande confusão entre os usuários de celulares Pixel: por que ainda precisamos dizer “Ok Google” para ativar o Gemini? Se a proposta é trazer uma nova geração de assistente, com identidade própria, nada mais natural do que poder chamá-lo pelo nome – “Ei, Gemini”.

Por que “Ei, Gemini” soa melhor

Durante anos, os usuários de Pixel se acostumaram a dizer “Ok Google” para acionar o assistente. Era simples, funcional e fazia parte do ecossistema. Mas agora, com o lançamento do Gemini, essa frase soa fora de lugar. A ideia do novo assistente é representar algo mais inteligente, mais fluido e humano. E para isso, a maneira de chamá-lo também precisa evoluir.

Um leitor da PhoneArena destacou algo curioso: é até mais fácil pronunciar “Ei, Gemini” do que “Ok Google”. Apesar de ter mais sílabas, o som flui melhor, e, além disso, parece mais natural conversar com uma inteligência chamada pelo próprio nome. Outros assistentes de voz, como a Siri da Apple ou a Alexa da Amazon, sempre tiveram identidade própria – e isso cria uma conexão emocional entre o usuário e a tecnologia. Se o Gemini é a grande aposta do Google, ele precisa dessa mesma proximidade.

O problema da confusão com o comando de voz

Hoje, mesmo que você configure o Gemini como assistente padrão no seu Pixel, o comando para ativá-lo ainda é “Ok Google”. Isso significa que tanto o Gemini quanto o antigo Google Assistente respondem à mesma frase – o que é, no mínimo, confuso. O usuário espera que, ao fazer a troca, a experiência também mude. Mas, por enquanto, o Google mantém o mesmo gatilho para ambos.

Se quiser alternar entre os dois, é preciso navegar até Configurações > Aplicativos > Assistente e ir até a opção Assistentes Digitais do Google. Lá, você escolhe o assistente desejado – mas o comando de ativação permanece igual. Do ponto de vista técnico, isso simplifica o desenvolvimento, mas do ponto de vista da usabilidade, prejudica a clareza. Afinal, quem muda de assistente quer sentir que está usando algo novo, não apenas uma versão repaginada do antigo.

Quick Tap: uma forma silenciosa e prática

Enquanto o Google não libera o comando “Ei, Gemini”, há uma alternativa interessante: o Quick Tap. Esse recurso, presente nos modelos mais recentes do Pixel, permite que você dê dois toques rápidos na parte traseira do aparelho para executar ações, como abrir o assistente digital. Para ativá-lo, vá em Configurações > Sistema > Gestos > Quick Tap para iniciar ações e selecione “Acessar seu assistente digital”. Assim, basta dois toques para chamar o Gemini sem precisar falar nada – ideal para situações em público ou ambientes barulhentos.

Pressionar o botão de energia ainda é uma opção

Outra maneira de acessar o assistente é pressionando e segurando o botão de energia. Mas essa opção divide opiniões: muitos usuários acham incômodo ou ativam o assistente por engano quando queriam apenas desligar o celular. Felizmente, é possível ajustar esse comportamento. Vá em Configurações > Sistema > Gestos > Pressionar e segurar o botão de energia. Lá, você decide se a ação abre o menu de energia ou o assistente. Também dá pra ajustar o tempo de pressão usando a barra de sensibilidade. É uma boa solução para quem prefere atalhos físicos em vez de comandos de voz.

Saudades do Active Edge

Quem teve um Pixel 2 ou 3 lembra bem do Active Edge – aquele recurso que permitia acionar o assistente apenas apertando as laterais do celular. Era simples, discreto e extremamente prático. O Google removeu a função a partir do Pixel 5, e até hoje muitos usuários lamentam. Alguns relataram que, nos modelos antigos, ainda é possível ativar o Gemini apertando o aparelho, o que mostra o potencial desperdiçado dessa ideia. O Active Edge seria perfeito para o Gemini, já que uniria o novo assistente a uma forma de interação física e intuitiva.

Gemini precisa ter sua própria identidade

O ponto central é claro: se o Google quer que o Gemini seja o futuro do seu ecossistema de IA, ele precisa parar de viver à sombra do Google Assistente. O nome, a voz e até o comando de ativação devem refletir essa mudança. “Ei, Gemini” ou até mesmo apenas “Gemini” seria o primeiro passo simbólico para consolidar essa nova fase. O usuário sentiria, de imediato, que está interagindo com algo diferente, mais moderno e inteligente.

Conclusão

Por enquanto, os donos de Pixel têm três opções: continuar dizendo “Ok Google”, usar o Quick Tap ou segurar o botão de energia. Mas, em termos de experiência e identidade, o futuro é um só – o comando “Ei, Gemini”. O Google precisa fazer essa mudança logo, porque a revolução do assistente de voz já começou, e o nome do futuro é Gemini.