Gigabyte X870E AORUS Xtreme X3D AI TOP: a nova joia da plataforma AM5 para entusiastas sem limites

A Gigabyte X870E AORUS Xtreme X3D AI TOP chega como uma declaração de poder. Essa placa-mãe E-ATX é tudo o que um entusiasta poderia desejar – exagerada, robusta e tecnologicamente impressionante. Construída para quem quer extrair cada gota de desempenho dos processadores Ryzen 9000, 8000 e 7000, ela enfrenta de frente a MSI MEG X870E GODLIKE X Edition e promete elevar o patamar do que significa ter um setup topo de linha.

Alimentação e refrigeração: 28 fases e engenharia térmica de ponta

O coração da Xtreme é um sistema de energia 24+2+2 fases com módulos de 110 A + 60 A, garantindo fornecimento estável mesmo sob cargas extremas. A Gigabyte combinou isso com seu sistema VRM Thermal Armor Advanced, que utiliza duas heatpipes de 10 mm com contato direto e almofadas térmicas de 12 W/m·K, além de um design de dissipadores com aletas espessas para maior eficiência. O Thermal Matrix conecta diretamente a tampa do processador (IHS) à zona de VRM, distribuindo o calor e mantendo temperaturas equilibradas durante longos períodos de uso intenso.

Nos SSDs, a placa adota dissipadores M.2 Thermal Guard com versões ativas – incluindo um com ventoinha – capazes de reduzir a temperatura em até 22 °C em unidades PCIe 5.0. Já o novo sistema DDR Wind Blade Xtreme adiciona um pequeno ventilador dedicado para os módulos de memória DDR5, garantindo até 9 °C a menos sob overclock pesado. Cada detalhe foi pensado para permitir que o processador e a memória operem dentro da margem ideal de eficiência térmica, mesmo em ambientes fechados.

Memória e overclock com inteligência

A Xtreme X3D AI TOP é oficialmente compatível com DDR5-9000, suportando até 256 GB em quatro slots. O destaque aqui é o X3D Turbo Mode 2.0 – um sistema inteligente que ajusta limites de potência, frequência e carga térmica em tempo real, extraindo o máximo desempenho dos processadores Ryzen X3D sem comprometer a estabilidade. A Gigabyte ainda brinca dizendo que a placa permite “treinar sua própria IA na mesa”, mas a ideia faz sentido: é uma base sólida para workloads pesados de IA, renderização e simulações locais.

Expansão e armazenamento: tudo, em dobro

Em conectividade, a Xtreme é generosa

. São três slots PCIe x16 – dois rodando em PCIe 5.0 (x16/x8) e um em PCIe 4.0 x4. O armazenamento inclui cinco slots M.2 (dois Gen5x4 e três Gen4), além de duas portas SATA III para quem ainda guarda discos de dados antigos. Esse arsenal permite configurações híbridas com múltiplos SSDs NVMe de altíssima velocidade, algo ideal para criadores de conteúdo, streamers e overclockers que precisam de performance imediata sem gargalos.

Conectividade: um banquete de portas

No total, a placa conta com 22 portas USB, sendo duas USB4 Type-C com suporte a DisplayPort, USB-C 3.2 Gen2x2 traseira, USB-C 3.2 Gen2x2 frontal com até 65 W Power Delivery e várias USB-A 3.2 e USB 2.0 via headers internos. A rede é outro destaque: duas portas 10 GbE e Wi-Fi 7 com antena direcional de alto ganho, entregando conexões rápidas e estáveis – perfeitas para quem trabalha com NAS, render farms ou transmissões em alta qualidade.

O áudio é digno de sistemas high-end: um DAC ESS ES9280A com suporte a DTS:X Ultra e amplificação de alta fidelidade. Ou seja, som limpo, detalhado e sem ruído, sem necessidade de uma placa dedicada.

Design e praticidade: pensada por quem monta PCs

A Gigabyte caprichou em recursos que facilitam a vida de quem vive trocando peças. As soluções EZ-Latch e EZ-Latch Plus permitem remover dissipadores e SSDs M.2 sem ferramentas. O PCIe EZ-Latch Plus Duo torna a troca de GPUs um processo de segundos. E há botões como OC Ignition e Q-Flash Plus na traseira para ligar periféricos ou atualizar a BIOS sem inicializar o sistema. O novo DriverBIOS instala automaticamente drivers de rede na primeira inicialização, simplificando a configuração. Pequenos detalhes que mostram cuidado real com o público entusiasta.

Um display de 5 polegadas que faz mais do que brilhar

O toque final é o display LCD Edge View de 5 polegadas – uma polegada maior que o da GODLIKE. Ele mostra informações em tempo real como frequências, temperaturas e tensões, além de permitir personalizações visuais com animações e logotipos. É útil tanto para builds abertas quanto para gabinetes com laterais de vidro – funcionalidade e estilo no mesmo pacote.

Gigabyte vs MSI: duelo de gigantes

Enquanto a GODLIKE aposta em seu tradicional sistema Frozr, a Gigabyte responde com um design térmico de contato direto, mais refrigeração ativa e um display superior. Ambas suportam DDR5-9000 e topologias PCIe 5.0 completas, mas a AORUS se destaca pelo dual 10 GbE e pela solução ativa de resfriamento M.2, algo que muitos concorrentes ainda não oferecem. É um duelo de titãs, mas a Gigabyte traz um charme mais técnico e menos “bling”.

Temperaturas no AM5: limites físicos, não falhas

Entre os entusiastas, uma discussão comum é se o aquecimento do AM5 é culpa das placas. A resposta é simples: não. O problema está na densidade térmica e no design do IHS dos Ryzen modernos. A 170W de PPT, o chip já está perto do limite; empurrar para 220W ou mais faz o processador atingir 95 °C quase instantaneamente. A Xtreme, porém, ajuda a manter estabilidade ao reduzir picos de calor e melhorar o equilíbrio térmico – sem precisar delidar o CPU, embora quem busca cada grau ainda vá nessa direção.

Resumo técnico

• Traseira: Q-Flash Plus, OC Ignition, HDMI, 2× USB4 Type-C, USB-C 3.2 Gen2x2, 8× USB-A 3.2 Gen2, 2× 10 GbE, Wi-Fi 7, áudio ESS com saída óptica.
• Interno: USB-C 3.2 Gen2x2 frontal (65W PD 3.0/QC4+), USB-C 3.2 Gen2, 4× USB 3.2 Gen1, 4× USB 2.0, 5× M.2 (duas Gen5) e 2× SATA III.

Preço, público e veredito

Com preço esperado acima de US$ 1000 e produção limitada, a X870E AORUS Xtreme X3D AI TOP é uma peça para poucos – e para quem realmente sabe o que está comprando. Ela é ideal para criadores que dependem de estabilidade e banda, overclockers profissionais e construtores de setups de exibição. É uma placa-mãe feita para durar e impressionar.

O veredito? A Gigabyte entregou uma obra-prima técnica. Refrigeração ativa, VRM monstruoso, dual 10G, Wi-Fi 7, cinco M.2, USB4, display de 5” e usabilidade acima da média. Não é para todos – mas é exatamente o que o topo da linha deveria ser: um produto sem concessões, feito para quem quer o melhor, ponto final.