O Galaxy Watch 8 Classic da Samsung está de volta com um recurso que gera muita discussão: o bezel rotativo físico. Para muitos, esse é um dos maiores destaques da linha de smartwatches da Samsung, mas, na minha opinião, esse recurso acaba mais atrapalhando do que ajudando. 
Vamos entender o porquê.
O bezel rotativo foi apresentado no Galaxy Gear S2 em 2015. Naquela época, ele foi considerado uma grande inovação. Um crítico chegou a dizer que ele era “elegante, prático e melhor do que qualquer outra coisa vista até então em smartwatches”. Esse conceito foi incorporado no Galaxy Watch 3 e no Galaxy Watch 4 Classic. No entanto, com o tempo, a Samsung começou a deixar de lado esse recurso, apenas para reintroduzi-lo de tempos em tempos. E agora, o bezel está de volta no Galaxy Watch 8 Classic. Mas por que essa ida e volta?
Não podemos negar a importância histórica do bezel rotativo, mas eu acredito que ele é um elemento do passado, inadequado para os smartwatches modernos. Embora algumas pessoas ainda o adorem, outras, como eu, acham-no volumoso, lento e desnecessário. Mas antes de entrar em mais detalhes, vamos entender por que ele foi retirado e depois colocado de volta.
Design e estética
Em 2022, quando a Samsung retirou o bezel rotativo do Galaxy Watch 5, ficou claro que a empresa estava adotando um design mais minimalista. Competindo diretamente com o Apple Watch, que não possui esse tipo de elemento volumoso, a Samsung provavelmente considerou que o bezel rotativo parecia uma peça antiquada, não combinando com o estilo moderno que ela queria transmitir. Os smartwatches começaram a se livrar de características herdadas dos relógios mecânicos, e o bezel rotativo simplesmente não se encaixava mais.
Para mim, isso faz total sentido. O bezel rotativo foi inspirado nos relógios de mergulho, usados para controlar o tempo de permanência debaixo d’água. No entanto, os smartwatches não são ferramentas de mergulho. E embora muitos tentem adotar essa estética “de mergulho”, na maioria das vezes, isso acaba parecendo um retrocesso, em vez de uma inovação.
Um recurso redundante
Como recurso de navegação, o bezel rotativo é redundante. Ele serve para rolar os menus, mas, para selecionar algo, ainda é necessário tocar na tela. Algumas pessoas dizem que ele é útil quando as mãos estão molhadas ou sujas, mas, na prática, não é bem assim. Você não consegue usar nem os botões físicos para navegar, a não ser para voltar à tela inicial. Se a Samsung tivesse permitido que os botões físicos funcionassem para navegação, o bezel rotativo faria mais sentido. Mas, do jeito que está, é uma falha de design.
Uma alternativa melhor: A coroa rotativa
A coroa rotativa da Apple é, para mim, uma solução muito mais eficiente. Ela pode ser girada facilmente com um dedo, não obstrui a tela e o movimento de rotação se alinha com o que acontece na tela. Para mim, a coroa rotativa é uma implementação muito melhor da mesma ideia e ainda oferece mais liberdade de design.
Outros problemas com o bezel rotativo
Além de ser volumoso e desatualizado, o bezel rotativo também tem problemas de durabilidade. Sendo uma peça móvel, ele está sujeito ao desgaste. Pode acumular poeira e umidade, o que aumenta o risco de falhas. Muitos usuários dos modelos antigos do Galaxy Watch com bezel rotativo relataram lentidão, falhas na navegação ou até mesmo o bezel ficando frouxo. Embora o Galaxy Watch 8 Classic seja novo, com o tempo, esses problemas podem surgir.
Conclusão
Os smartwatches estão evoluindo, e está na hora de deixarmos para trás o bezel rotativo. Embora algumas pessoas ainda amem esse recurso, eu o vejo como um vestígio do passado. É hora de buscar novos designs, novas interfaces e soluções mais inovadoras. O Galaxy Watch 8 Classic pode ter seus fãs, mas, para mim, o bezel rotativo é uma funcionalidade que eu poderia facilmente abrir mão.
1 comentário
Acho que o bezel rotativo é só mais um truque desnecessário, sinceramente