O Galaxy S26 Ultra ainda nem foi apresentado oficialmente, mas as primeiras pistas já deixam claro qual é a estratégia da Samsung: nada de revolução dramática, e sim um pacote de melhorias bem pensadas em tudo o que importa no dia a dia. Carregamento mais rápido, suporte Qi2 “de verdade” com ímãs no corpo, uma nova geração de tela M14 OLED com recursos de privacidade, câmeras afinadas para fotos noturnas e uma leva de funções de Galaxy AI mais úteis. 
Ao mesmo tempo, muita gente já olha para as fichas técnicas dos rivais de 2025 e pergunta: será que isso é suficiente para brigar na parte de cima?
Carregamento mais rápido e Qi2 de verdade
Começando por um dos tópicos que mais geram discussão: a bateria. A Samsung sempre foi conservadora na velocidade de carregamento, priorizando durabilidade e segurança. Com o Galaxy S26 Ultra, os rumores indicam que a marca finalmente vai pisar um pouco mais fundo no acelerador. A expectativa é de carregamento cabeado de 60 W, em vez dos 45 W do S25 Ultra. Não é o 100 W ou 120 W que alguns concorrentes asiáticos oferecem, mas, na prática, já muda bastante o cenário: em poucos minutos na tomada você deve conseguir carga suficiente para várias horas de uso intenso.
No lado sem fio, o upgrade também é relevante. Fala-se em carregamento wireless de 25 W, um salto em relação ao que a Samsung vinha praticando. Isso coloca o carregador por indução em uma faixa que deixa de ser “só para quebrar o galho” e passa a ser realmente funcional. Para quem trabalha com o aparelho apoiado em uma base na mesa ou deixa o celular encostado no carregador na cabeceira, essa diferença de velocidade é sentida rapidamente.
Mas o pulo do gato é o Qi2. Na linha S25, o suporte era apenas “Qi2 Ready” e dependia de capa com ímãs. No Galaxy S26 Ultra, as informações apontam para ímãs integrados na estrutura do próprio aparelho, bem no estilo MagSafe da Apple. Isso deve abrir um ecossistema muito mais interessante de acessórios: suportes magnéticos para carro que realmente seguram o celular nos buracos da rua, power banks finos que grudam na traseira sem folga, carteiras magnéticas discretas, docks de mesa que encaixam o aparelho sempre na posição perfeita. Não é apenas um detalhe técnico, é mudança de experiência.
Exynos 2600 x Snapdragon 8 Elite Gen 5: a velha novela em nova fase
Outra tradição da Samsung que deve ser mantida é a divisão por processador. Alguns mercados devem receber o Galaxy S26 Ultra com Snapdragon 8 Elite Gen 5, enquanto outros ficarão com o Exynos 2600. Em anos anteriores, isso bastava para gerar reclamações: quem pegava Exynos muitas vezes via mais aquecimento e autonomia menor, além de performance inferior em jogos pesados.
Desta vez, porém, o cenário pode ser diferente. O Exynos 2600 é apontado como um chip fabricado em processo de 2 nm, com foco forte em eficiência energética e processamento de IA. As previsões mais otimistas falam em desempenho no nível – ou até acima – do Snapdragon equivalente, e não muito distante do próximo chip da Apple. Se esses números aparecerem no mundo real, o famoso “medo do Exynos” pode finalmente perder força, e quem comprar o modelo com chip da casa não terá a sensação de estar levando uma versão de segunda linha.
Design novo ou apenas polido?
Na parte visual, o Galaxy S26 Ultra é aquele típico caso em que os detalhes fazem a diferença – ou não, dependendo do olhar. Renders vazados mostram um aparelho com cantos um pouco mais arredondados, laterais totalmente planas e um conjunto de câmeras traseiras agora sobre uma base única, e não mais com cada lente “solta” na carcaça. O resultado é um visual mais limpo, com menos ruído, que combina melhor com capinhas transparentes e reflete a luz de forma mais uniforme.
Outro ponto comentado é a espessura: o S26 Ultra seria cerca de 0,4 mm mais fino que o antecessor. No papel parece pouco, mas na mão é o tipo de mudança que deixa o aparelho menos “tijolão”, especialmente para quem usa o Ultra sem capinha ou com capas mais finas. A pegada deve ficar mais confortável, o que é essencial em um smartphone grande e pesado.
Por outro lado, parte da comunidade já ironiza: “que design novo é esse?”, dizendo que de frente ele ainda parece muito com o S25 Ultra. E, de fato, não há revolução estética: é uma evolução, não um recomeço. Para alguns usuários, isso é positivo – mantém a identidade e melhora o que já funcionava. Para outros, passa a sensação de déjà-vu.
Tela M14 OLED com modo de privacidade inteligente
Se tem algo em que a Samsung costuma se destacar, é em tela. Com o Galaxy S26 Ultra, a marca deve estrear um painel M14 OLED ainda mais avançado. O ganho esperado é triplo: mais brilho sob sol forte, melhor eficiência energética (menos gasto de bateria para a mesma luminosidade) e maior estabilidade de cores ao longo do tempo. Para quem usa o aparelho por vários anos, essa durabilidade da qualidade da tela faz diferença.
O recurso mais curioso, porém, é o suposto modo de privacidade. Rumores indicam que o S26 Ultra poderia ajustar o ângulo de visão de maneira dinâmica, dificultando que curiosos ao seu lado leiam o que aparece no display. Em alguns cenários, o telefone poderia inclusive usar a câmera frontal e sensores para detectar quando alguém está “bisbilhotando” e, a partir daí, reduzir o brilho lateral ou aplicar um efeito que deixe o conteúdo mais discreto. Imagine mexer em app de banco, abrir relatório confidencial ou conversar no chat em transporte público com bem menos paranoia de olho alheio.
Câmeras: menos mudanças nos números, mais foco em situações reais
Nos bastidores das câmeras principais, não se espera um salto brutal em megapixels ou sensores gigantes completamente novos. O que se comenta é um ajuste na abertura de algumas lentes, permitindo a entrada de mais luz. Isso, combinado com algoritmos aprimorados, deve se traduzir em fotos noturnas mais limpas, menos borradas e com mais detalhe – sem aquele exagero de nitidez artificial que às vezes estraga o resultado.
A briga em fotografia noturna está cada vez mais intensa entre os tops de linha, e a Samsung não pode ficar parada enquanto rivais apostam em sensores enormes e modos noturnos agressivos. A estratégia aqui parece ser a de equilibrar: um pouco mais de luz por hardware, mais inteligência por software e menos “efeito filtro” no rosto das pessoas.
Na câmera frontal, o caminho é parecido: a resolução deve continuar em 12 MP, mas com lente oferecendo campo de visão de 85 graus em vez de 80. Parece pouco, mas em selfie de grupo, viagem ou vídeo na vertical faz diferença. Menos braço esticado, mais amigos e mais cenário na mesma foto, sem distorção bizarra nas bordas.
Galaxy AI mais proativo e menos “gimmick”
Como todo flagship moderno, o Galaxy S26 Ultra vai usar IA em quase tudo. A promessa é de uma experiência de Galaxy AI mais centrada no usuário, menos focada em demos de palco e mais em pequenos atalhos práticos. Coisas como sugerir recortes inteligentes para vídeos curtos, limpar ruídos de gravações, organizar automaticamente fotos por contexto, traduzir conteúdos em tempo real e oferecer respostas mais contextuais em mensagens.
Com processadores em 2 nm e NPUs mais poderosas, parte desse trabalho deve acontecer diretamente no aparelho, sem depender tanto da nuvem. Isso traz ganhos em privacidade e velocidade de resposta. Ao mesmo tempo, é bem provável que a Samsung reserve algumas funções “exclusivas de flagship” para o S26 Ultra, transformando o modelo na vitrine das ambições de IA da marca para 2026.
Concorrência agressiva, estratégia mais “pé no chão”
No meio de tudo isso, paira a comparação inevitável com os flagships mais agressivos de 2025. Alguns já contam com carregamento de três dígitos em watts, sensores de câmera gigantescos, zoom absurdo e designs mais ousados. Ao lado desse grupo, o Galaxy S26 Ultra parece um aparelho mais sóbrio: aposta em equilíbrio, tela de altíssimo nível, segurança, ecossistema sólido e atualizações longas de software.
Para muitos consumidores, isso é exatamente o que importa: um smartphone que não vira experimento de laboratório, mas sim ferramenta confiável para trabalho, lazer e vida pessoal. Mas é verdade que, olhando apenas para números frios, alguns vão sentir que as evoluções são “pequenas demais” em relação ao S25 Ultra. Especialmente se o tamanho da bateria não mudar e se a Samsung insistir em preços cada vez mais altos.
Primeira leitura do quadro geral
Juntando todas as peças, o Galaxy S26 Ultra parece caminhar para ser aquele típico Ultra refinado: 60 W na tomada, 25 W no wireless com Qi2 magnético completo, tela M14 OLED brilhante e econômica com truques de privacidade, câmeras ajustadas para fazer bonito em ambientes difíceis, IA menos de marketing e mais de utilidade, e um design que não choca, mas polido nos detalhes. Pode não ser o “monstro” de ficha técnica que alguns esperavam para atropelar os rivais de 2025, mas tem tudo para ser um dos aparelhos mais confortáveis de se usar por vários anos seguidos.
Se a Samsung repetir a janela de lançamentos de outros anos, devemos ver o S26 Ultra em algum momento entre janeiro e fevereiro de 2026. Até lá, toda informação segue como rumor – mas, se boa parte disso se confirmar, a conversa sobre o novo Ultra provavelmente vai dividir opiniões: para uns, “mais do mesmo”; para outros, exatamente o tipo de evolução madura que um topo de linha precisa ter.
1 comentário
honestamente tá com muita cara de S25 Ultra com café extra 😂 mas tá bonito, vai