
Barulho no corredor dos vazamentos: o Galaxy S26 Ultra pode trocar um detalhe minúsculo, mas impossível de ignorar – um recorte de câmera frontal maior. As fontes falam em cerca de 4 mm de diâmetro. Não é para abrigar um sensor gigante; o objetivo seria liberar um campo de visão (FOV) de 85° na selfie, algo próximo ao que muitas câmeras traseiras oferecem. Na prática: mais gente no enquadramento, menos malabarismo com o braço.
Por que aumentar o furo sem trocar o sensor?
É jogo de ótica, não de megapixels. Lente mais ampla precisa de um “poço de luz” maior. Se o orifício e o vidro protetor ficam apertados, aparecem vinheta nas bordas, reflexos ou recorte via software. Ampliar o diâmetro é o jeito simples de deixar a lente “respirar” e preservar a nitidez nos cantos – mesmo mantendo o mesmo sensor e a mesma resolução.
Qualidade de imagem: mais cena, não necessariamente mais qualidade
Com o sensor repetido, a base de detalhe e o desempenho noturno devem ficar parecidos. O ganho está na composição: dá para enquadrar o grupo inteiro, o cenário do escritório ou uma calçada movimentada. Como em toda grande-angular, podem surgir distorções nas bordas (nariz maior em selfie muito próxima, rostos esticados nos cantos). Algoritmos de correção geométrica e de rosto ajudam, mas não fazem milagre em ambiente escuro. Bokeh computacional também não vira DSLR da noite para o dia.
O “pontão” visível e o eterno dilema do UDC
Com 4 mm, o furo chama mais atenção. Daí a pergunta: por que não adotar câmera sob a tela (UDC), como já tentaram marcas de nicho? Porque o UDC mainstream ainda perde em nitidez, cor e flare sob luz complicada. Para um público que vive de Stories, Reels e videochamadas, a câmera clássica e limpa segue sendo a aposta segura – mesmo que esteticamente o recorte cresça.
Bezels e formato: Samsung não entra na corrida do “fio de cabelo”
Os renders iniciais apontam molduras semelhantes às do S25 Ultra, quem sabe um tico maiores, e cantos um pouco mais arredondados. Rivais como OnePlus, Oppo e Xiaomi apertam as bordas até o limite, mas a Samsung parece priorizar uniformidade do painel, resistência a quedas e rendimento fabril. Cantos arredondados melhoram o encaixe na mão e reduzem lascas – ainda que a turma do design veja um ar mais “iPhone” nessa escolha.
Vale o upgrade?
Se você grava muito com a frontal, faz selfie em grupo e curte espaço no quadro, o FOV de 85° é um upgrade de conforto. Se esperava sensor novo, salto em baixa luz, bateria diferente ou molduras ultrafinas, segure a empolgação até ficha técnica e preço. Para quem já tem um S25 Ultra satisfeito, a mudança pode não justificar a troca – a menos que o campo mais amplo mude seu dia a dia.
Resumo: o furo maior é consequência técnica de uma lente mais ampla. O benefício é enquadrar mais; a concessão é ver um ponto mais evidente na tela.
2 comentários
Cada geração mais arredondado… vai virar Ultra Max+ qualquer dia kkk
Your point of view caught my eye and was very interesting. Thanks. I have a question for you.