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Edge of Memories Preview – quando a França desafia os gigantes do RPG

por ytools
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Edge of Memories é o novo RPG de ação da francesa Midgar Studio e já pinta como uma das grandes surpresas do próximo ano. Diferente de Edge of Eternity, que apostava em batalhas por turnos e um mundo aberto clássico inspirado em Final Fantasy e Xenogears, agora o estúdio resolveu arriscar: jogabilidade mais veloz, combates intensos e uma estética que imediatamente chama atenção.
Edge of Memories Preview – quando a França desafia os gigantes do RPG
O resultado, pelo menos no que vi na Gamescom, é um projeto que tem tudo para conquistar seu espaço.

A Midgar Studio já mostrou ousadia antes. Edge of Eternity não foi perfeito, mas conquistou fãs com um RPG grandioso feito fora do Japão, provando que o gênero pode florescer em outros cantos do mundo. Com Edge of Memories, a equipe vai além: apresenta Eline, a “Sussurradora de Almas”, que percorre terras devastadas por uma praga chamada de Corrosão. Essa força misteriosa distorceu o ambiente e ameaça a própria sobrevivência.

Logo de cara, o estilo visual salta aos olhos. Cores vibrantes, cenários vivos, personagens estilizados – tudo isso gerou comparações com Visions of Mana, da Square Enix. Não foi só o público que confundiu; o próprio CEO da Midgar, Jérémy Zeler-Maury, contou que muitos acharam que o trailer da Mana era, na verdade, do seu jogo. A coincidência é curiosa, mas importante lembrar: Edge of Memories já estava em desenvolvimento antes mesmo da revelação da nova Mana. E apesar do tom colorido, o que se destaca é a profundidade da jogabilidade.

Na demo que joguei, as habilidades elementares não serviam apenas para lutas chamativas, mas também como parte da exploração. Era preciso usá-las para abrir caminhos, resolver puzzles ambientais e até em pequenas seções de plataforma. Isso trouxe uma sensação de imersão: não era só atravessar mapas bonitos, mas interagir de verdade com o cenário. E o mais impressionante foi a escala – lugares distantes que chamavam atenção eram, de fato, acessíveis.

O combate é onde Edge of Memories mostra sua identidade. Se Visions of Mana opta por um ritmo mais leve, aqui a inspiração vem de NieR: Automata. Os embates exigem reflexo e estratégia: combinações de golpes, trocas rápidas de habilidades, esquivas bem cronometradas. Na demo, enfrentei um chefe que soltava ataques em área, indicados por círculos vermelhos no chão, e precisei reagir com precisão. O sistema ainda não foi explorado a fundo, mas a base parece sólida e divertida, dando liberdade para jogar de forma criativa.

Outro ponto positivo é a segurança no desenvolvimento. Desde que foi adquirida pela Nacon em 2022, a Midgar não depende mais de campanhas de financiamento coletivo nem de acesso antecipado. Edge of Memories será lançado diretamente em versão completa para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S em 2025. Isso aumenta a confiança de que teremos um jogo mais polido e ambicioso no lançamento.

No fim das contas, não se trata de seguir modas, mas de apostar em uma visão própria. Sim, o visual pode dividir opiniões – alguns vão achar “infantil” demais. Mas por trás dessa estética colorida há uma jogabilidade séria, com combates exigentes e exploração recompensadora. Se a versão final mantiver o nível da demo, Edge of Memories pode ser o título que confirma: boas ideias para RPGs não vêm só do Japão, mas também de uma pequena e dedicada equipe francesa.

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