A Apple segue firme no controle do ecossistema de tecnologia pessoal, mesmo diante de concorrentes como a Meta que correm para lançar novidades ousadas como os óculos inteligentes com IA. Enquanto analistas de Wall Street debatem o desempenho das vendas do iPhone 17 e o impacto potencial dos Ray-Ban Display da Meta, a conclusão é que a Apple ainda tem terreno seguro para pelo menos os próximos anos.
O analista da Oppenheimer, Martin Yang, testou os novos óculos da Meta em Nova York. 
Ele reconheceu que o produto é inovador, trazendo uma tela embutida que permite ler mensagens, assistir vídeos curtos, acompanhar rotas no mapa e até ver traduções em tempo real. O controle é feito pelo Meta Neural Band, que capta sinais musculares da mão usando EMG (eletromiografia), possibilitando interação por gestos. Mas o brilho da inovação esbarra em problemas práticos: usuários relatam fadiga ocular e visão embaçada após algum tempo. Para Yang, os óculos estão longe de substituir dispositivos do dia a dia, muito menos de ameaçar o iPhone.
Segundo ele, a Apple tem uma janela de dois a três anos antes que óculos semelhantes possam ganhar tração real. Isso dá tempo para a empresa finalizar seus próprios projetos. Rumores indicam que a companhia pausou o desenvolvimento de uma versão premium do Vision Pro e redirecionou esforços para lançar em 2026 seus óculos inteligentes com IA. Diferente de um óculos de realidade aumentada completa, o foco será em funções práticas: câmeras integradas, microfones, alto-falantes e uma Siri turbinada. Entre os recursos prometidos estão notificações mãos-livres, traduções instantâneas e assistência em tempo real. A proposta não é deslumbrar, mas oferecer algo funcional e integrado ao ecossistema Apple.
Enquanto isso, a UBS Evidence Lab acompanha a disponibilidade do iPhone 17 em 30 países. Os dados mostram que o pico de demanda já passou. O tempo de espera para o modelo básico diminuiu, e a versão mais fina, o iPhone 17 Air, não empolgou o mercado. Até mesmo o iPhone 17 Pro ficou mais acessível: na China, a espera caiu de 20 para 13 dias em apenas uma semana.
Ainda assim, as projeções para o médio prazo são animadoras. A Morgan Stanley acredita que a Apple poderá vender impressionantes 270 milhões de iPhones em 2026. Essa expectativa é sustentada por seis lançamentos planejados: iPhone 17e, a linha iPhone 18 (base, Air, Pro e Pro Max) e um aguardado modelo dobrável. Além disso, o avanço constante da IA promete ser um diferencial importante. Dessa forma, a queda momentânea no interesse pelo iPhone 17 é vista mais como parte do ciclo natural de mercado do que como sinal de fraqueza.
No fundo, a Apple mantém a mesma estratégia que a tornou referência: não apressar lançamentos e entregar produtos polidos e prontos para o uso diário. Enquanto rivais tentam impressionar com protótipos ainda imaturos, a empresa da maçã aposta na consistência e na integração do seu ecossistema. Os óculos inteligentes previstos para 2026 parecem seguir essa lógica, prometendo utilidade real ao invés de apenas marketing futurista.
Em resumo, o iPhone continua sendo a espinha dorsal da Apple, e os novos dispositivos vão girar em torno dele, fortalecendo ainda mais o ecossistema. Até que a concorrência consiga oferecer algo realmente estável, a Apple segue confortável no trono.
1 comentário
a apple só lança quando o produto realmente funciona, meta só joga beta no mercado