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EA estaria perto de fechar acordo de US$ 50 bilhões para se tornar privada

por ytools
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A Electronic Arts (EA), uma das maiores editoras de jogos do mundo, pode estar prestes a passar por uma das maiores transformações da história da indústria. Segundo o jornal The Wall Street Journal, a companhia está próxima de fechar um acordo avaliado em cerca de 50 bilhões de dólares para deixar a bolsa de valores e se tornar privada.
EA estaria perto de fechar acordo de US$ 50 bilhões para se tornar privada
Caso se confirme, será o maior leveraged buyout (aquisição com alavancagem financeira) já registrado, superando a compra da empresa de energia TXU em 2007 por 31,8 bilhões.

Entre os investidores estariam o fundo de private equity Silver Lake, o fundo soberano da Arábia Saudita (Public Investment Fund – PIF) e a Affinity Partners, administrada por Jared Kushner, genro do ex-presidente dos EUA Donald Trump. Um anúncio oficial pode ocorrer já na segunda-feira. Mesmo antes da confirmação, os rumores impactaram a bolsa: o valor de mercado da EA saltou de 43 para aproximadamente 48 bilhões de dólares, um aumento de quase 15%.

Para a Arábia Saudita, trata-se de mais um passo em sua estratégia agressiva de investir em entretenimento e games como parte do plano Visão 2030. O PIF já possui cerca de 10% da EA, adquiriu participação significativa na Nintendo em 2022 e controla a Savvy Games, que comprou ativos da Scopely e da Niantic. Críticos alertam que não se trata apenas de investimento econômico, mas também de influência política e cultural, algo que preocupa fãs e organizações de direitos humanos.

O Silver Lake tem histórico no setor, com participação na Unity Technologies, enquanto a presença da Affinity Partners levanta questionamentos devido às polêmicas relações financeiras de Kushner no Oriente Médio. Jogadores temem que, com novos donos, franquias consagradas como Battlefield, The Sims e Mass Effect possam sofrer mudanças guiadas mais pelo lucro rápido do que pela criatividade.

Ainda assim, alguns analistas destacam possíveis benefícios: ao se tornar privada, a EA ficaria menos refém da pressão trimestral de acionistas e poderia focar em projetos de longo prazo e qualidade. Mas o risco é grande – aquisições desse tipo geralmente envolvem dívidas pesadas. O exemplo da Toys R’ Us é lembrado: mesmo lucrativa, acabou falindo porque não conseguiu suportar a carga de endividamento gerada pelo processo de compra.

O momento não poderia ser mais simbólico. Enquanto EA Sports FC 26 e Madden NFL 26 já estão disponíveis, a DICE se prepara para lançar Battlefield 6, considerado vital para o futuro da série. Agora resta a dúvida: como essa mudança bilionária vai afetar não só os jogos, mas também a cultura dentro da EA? Para muitos fãs, a ideia de ver a empresa sob o comando de um fundo saudita, um investidor político norte-americano e um gigante de private equity é ao mesmo tempo intrigante e preocupante.

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1 comentário

Ray8er November 10, 2025 - 6:13 am

Battlefield 6 já morreu, bora pro CoD

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