Dragon Quest I+II HD-2D Remake foi um dos grandes destaques da Tokyo Game Show 2025 – um reencontro emocionante com as raízes dos RPGs japoneses. A decisão da Square Enix de lançar o terceiro jogo antes dos dois primeiros parecia estranha no início, mas hoje faz todo sentido. 
Dragon Quest III conta a origem do lendário herói Erdrick, enquanto Dragon Quest I e II mostram como seu legado ecoa gerações depois, encerrando uma trilogia que moldou o gênero.
O que jogamos no estande da Square Enix foi um pequeno recorte das horas iniciais de cada jogo, mas já foi o bastante para sentir o cuidado com que os clássicos foram recriados. O primeiro Dragon Quest continua sendo uma jornada solitária: um único herói enfrentando monstros, ruínas e castelos para reunir os artefatos de Erdrick e derrotar o terrível Dragonlord. É a pureza do JRPG em sua forma mais clássica – simples, direto e cheio de charme.
Dragon Quest II, por outro lado, é mais grandioso e emocional. Passado cerca de um século depois, ele acompanha três descendentes do herói original – um grupo de Luminários que carrega o peso da herança familiar. A sensação de aventura em equipe substitui a solidão do primeiro jogo, e o tom é mais épico, mais humano. E sim, os fãs torcem para que o Príncipe de Cannock finalmente ganhe algo melhor do que aquele infame caixão ambulante para vestir.
Assim como no Dragon Quest III HD-2D Remake, os dois títulos receberam o mesmo tratamento visual HD-2D – um estilo que mistura pixel art retrô com efeitos de luz, texturas pintadas à mão e profundidade cinematográfica. O resultado é um visual de aquarela viva, onde cada cidade e cada caverna parecem respirar. O único ponto curioso é que essa unificação estética faz as três partes da trilogia parecerem mais homogêneas, mas, no fim, isso também ajuda a contar a história como uma só.
No NES original, Dragon Quest (ou Dragon Warrior no Ocidente) podia ser concluído em menos de dez horas. Agora, o remake adiciona novas missões e detalhes que enriquecem a narrativa. Um dos trechos jogáveis mostrava a missão do ladrão Robbin’ ’Ood, que rouba a Chave do Ladrão de um comerciante e leva o jogador a uma masmorra opcional – uma história curta, mas divertida, que conecta eventos com o remake do terceiro jogo e expande o universo de forma natural.
Dragon Quest II foi quem mais recebeu mudanças. Antes criticado por seu ritmo irregular e dificuldade exagerada, agora ganhou um mapa subaquático inédito ligado à Harpa de Lorelai, além de um mini-jogo de loteria e melhorias no balanceamento de combate. A trilha sonora também foi reorquestrada, tornando a experiência muito mais envolvente. É o remake que esse jogo merecia há décadas.
Com lançamento marcado para 30 de outubro de 2025 no PlayStation 5, Nintendo Switch (ambas as versões), Xbox Series S|X e PC, Dragon Quest I+II HD-2D Remake promete ser o encerramento perfeito da trilogia Erdrick. Em tempos de mundos abertos e serviços intermináveis, essa volta às origens é um sopro de ar fresco – uma homenagem à simplicidade e à emoção dos RPGs de antigamente. Para novos jogadores, é a chance de começar por Dragon Quest III HD-2D Remake e seguir a jornada de forma cronológica, entendendo como a lenda nasceu e se espalhou.
Mais do que nostalgia, este remake mostra que as grandes histórias nunca envelhecem – elas apenas ganham novas cores, novas melodias e o mesmo coração que conquistou gerações.
3 comentários
Só espero que não censurem nada dessa vez 😑
Caraca, ficou lindo demais esse remake 😍
Nem acredito que o primeiro Dragon Quest agora tem história expandida!