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Dragon Quest I & II HD-2D Remake: o renascimento moderno de um clássico

por ytools
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Quando a Square Enix revelou o remake em HD-2D de Dragon Quest III, os fãs ficaram divididos entre a nostalgia e a desconfiança. O resultado, porém, foi excelente: o jogo manteve a essência do clássico e, ao mesmo tempo, ganhou uma roupagem moderna. Mas havia uma questão no ar: e quanto aos dois primeiros capítulos da franquia, muito mais datados e rudimentares? A resposta surgiu na Gamescom: Dragon Quest I & II HD-2D Remake não se limitam a gráficos bonitos – eles foram repensados de cima a baixo para se tornarem experiências atuais sem perder o espírito original.

O primeiro Dragon Quest, de 1986, foi pioneiro, mas hoje é quase injogável: um único herói enfrentando monstros um por um, com uma trama praticamente inexistente. Já Dragon Quest II trouxe melhorias, como uma equipe fixa e um enredo mais estruturado, mas ainda ficava longe dos padrões que definiriam os JRPGs.
Dragon Quest I & II HD-2D Remake: o renascimento moderno de um clássico
Só “polir” a imagem dessas aventuras não bastaria. A Square Enix entendeu isso e optou por remodelar tanto a jogabilidade quanto a narrativa, tornando os dois títulos envolventes para o público atual.

No teste da Gamescom, Dragon Quest I mostrou mudanças fundamentais. O protagonista continua sua jornada solitária até o confronto com o Dragonlord, mas agora enfrenta grupos de inimigos, e não apenas batalhas individuais. Isso altera o ritmo dos combates e exige novas estratégias. Para complementar, foi implementado o sistema de Pergaminhos, que dá ao herói novas habilidades, ampliando muito suas opções em batalha. Outro destaque é a história: o mundo recebeu mais personagens e eventos, criando uma sensação de pertencimento maior. A duração estimada saltou para cerca de 15 horas, contra as 10 do jogo original.

Dragon Quest II também foi expandido de maneira ousada. A Princesa de Cannock se junta à equipe mais cedo, e o enredo foi enriquecido com diálogos e acontecimentos inéditos. Além disso, a novidade do sistema de Selos (Sigils) adiciona bônus e efeitos especiais nas lutas, trazendo profundidade estratégica que remete às edições posteriores da franquia. O tempo de jogo praticamente dobrou: agora são cerca de 35 horas, frente às 18 do clássico de 1987. Estamos falando de uma reinterpretação completa, não apenas de um remaster.

Apesar das novidades, a identidade da série foi preservada. O visual top-down, os calabouços labirínticos com enigmas simples, os encontros aleatórios e o sistema de batalhas por turnos permanecem. A trilha de Koichi Sugiyama também está de volta em versões renovadas, mas ainda familiares. Esse equilíbrio entre tradição e inovação é o que pode tornar os remakes atraentes tanto para veteranos quanto para novatos. Os primeiros encontrarão a chance de revisitar a origem da saga com a qualidade que sempre imaginaram, enquanto os novos jogadores terão uma porta de entrada menos dura para mergulhar na história do gênero.

Há também um valor histórico importante. Dragon Quest não é apenas uma franquia; é um marco do desenvolvimento de jogos no Japão e serviu de inspiração para inúmeros RPGs. Reviver seus capítulos iniciais com cuidado e criatividade significa preservar uma parte essencial da cultura gamer. O estilo HD-2D – com cenários pintados e personagens pixelados – funciona como ponte entre o passado e o presente, criando uma estética que não envelhece. Quem testou na Gamescom saiu convencido de que Dragon Quest I & II HD-2D Remake pode se equiparar ao sucesso da terceira parte reimaginada.

O lançamento mundial acontece em 30 de outubro para PC, PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X|S e também para Nintendo Switch e Switch 2. A expectativa é alta: jogadores antigos e novos vão analisar cada detalhe. Mas, pelo que vimos, a Square Enix encontrou o equilíbrio certo: expandir sem descaracterizar, inovar sem apagar o charme da simplicidade. Assim, Dragon Quest I & II podem finalmente ser redescobertos como aventuras completas, dignas de sua importância histórica.

No fim das contas, a dúvida sobre como lidar com clássicos parece ter aqui uma resposta rara: é possível modernizar sem trair. O remake não substitui o passado, mas oferece a versão definitiva para quem quiser conhecer ou revisitar o nascimento de uma lenda dos videogames.

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2 comentários

Hackathon October 5, 2025 - 8:02 pm

os pergaminhos no dq1 parecem bem legais, finalmente mais opções no combate

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BenchBro October 19, 2025 - 12:57 pm

lindo visual mas confesso que encontro aleatório ainda me irrita kkk

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