Clive Barker’s Hellraiser: Revival finalmente traz para os games o terror cult que parecia esquecido. 
Na Gamescom 2025, a Saber Interactive apresentou um demo que não só respeita o universo criado por Barker, mas também mergulha o jogador em uma experiência de survival horror intensa e perturbadora.
A demonstração começa com Sunny abrindo a sombria Configuração de Gênesis, momento em que surge Pinhead – dublado mais uma vez pelo lendário Doug Bradley, retornando ao papel após 20 anos – acompanhado de seus Cenobitas. Logo em seguida, o jogador é arrastado para o Labirinto e se envolve em uma trama macabra com cultistas que planejam criar seus próprios Cenobitas em nome de um propósito distorcido. Desde o início fica claro que o jogo abraça os temas centrais da franquia: a linha tênue entre dor e prazer e o fascínio pela transformação proibida.
O demo trouxe uma sequência de fuga tensa, onde escolhas custam caro e exigem sofrimento, antes de mergulhar em uma estrutura mais clássica de survival horror em primeira pessoa. As mecânicas se destacam pela atmosfera: enigmas de navegação, momentos de stealth e a arquitetura opressiva do Labirinto, que confunde e assusta ao mesmo tempo. O combate ainda não foi mostrado, mas tudo indica que será um elemento importante junto às mecânicas de exploração e quebra-cabeças.
O mais impressionante foi sentir medo mesmo em pleno pavilhão lotado da Gamescom, com luzes fortes e barulho por todos os lados. Se o jogo consegue transmitir essa sensação em um ambiente assim, imagine em casa, sozinho, no escuro, com fones de ouvido. E ainda nem vimos o potencial completo dos poderes da Configuração de Gênesis, que prometem elevar ainda mais o nível do horror.
Com uma abordagem sem censura e fiel ao estilo brutal de Clive Barker, Hellraiser: Revival tem tudo para marcar a estreia da franquia no mundo dos games. Se o equilíbrio entre combate, enigmas e atmosfera se mantiver na versão final, este pode ser um dos grandes jogos de terror da geração.