
Gearbox tenta reconquistar a confiança enquanto Borderlands sofre com críticas após acusações de ‘spyware’
A franquia Borderlands está novamente no centro de uma polêmica, e desta vez não é por causa de bugs ou problemas com loot, mas por uma questão de confiança. Após uma onda de críticas no Steam, gerada por mudanças nos termos de serviço da Take-Two, a Gearbox Software divulgou um comunicado negando o uso de ‘spyware’ em seus jogos. Mas, para muitos fãs, palavras não são suficientes.
O principal ponto de preocupação gira em torno da atualização do contrato de serviço da Take-Two, que, segundo os críticos, pode levar a uma coleta excessiva de dados. A Gearbox afirma que se trata de um mal-entendido. O estúdio explica que identificadores de jogadores e dispositivos são coletados para melhorar a experiência do usuário, personalizar o conteúdo (como garantir que os nomes de usuário apareçam corretamente) e garantir a compatibilidade com o hardware – e não para espionar os dados pessoais dos jogadores. Tudo isso, segundo a Gearbox, está claramente descrito na política de privacidade da Take-Two.
‘A Take-Two não usa spyware’, afirma a Gearbox de forma categórica. No entanto, a desconfiança persiste. Os recentes escândalos envolvendo empresas como Unity e Adobe fizeram com que os jogadores se tornassem céticos em relação a declarações de imprensa. Afinal, o que é juridicamente vinculativo são os termos de serviço, não os comunicados de imprensa, e esses termos mudaram de maneira significativa este ano.
Outro ponto de controvérsia está no modding. A Gearbox esclarece que as regras se aplicam apenas aos mods que concedem vantagens injustas aos jogadores ou que violam os direitos de propriedade intelectual. ‘Mods para um jogador único, que não afetam a experiência multijogador e respeitam os direitos de propriedade intelectual, geralmente são permitidos’, diz a empresa. Mas os críticos se questionam: por que mencionar isso nos termos de serviço se não têm intenção de fazer cumprir essas regras? Especialmente em um jogo voltado para o modo solo e cooperativo como Borderlands.
A controvérsia começou em maio, quando a Take-Two atualizou seus termos de serviço. A preocupação aumentou em junho, quando Borderlands 2 foi oferecido gratuitamente por um tempo limitado no Steam – o que foi visto por muitos como uma jogada suspeita. A seção de Avaliações Recentes de vários jogos da franquia caiu para uma zona negativa, com os fãs acusando a editora de práticas enganosas e de uma política de privacidade invasiva.
Infelizmente, as tentativas da Gearbox de restaurar a confiança acontecem em meio a uma crescente desconfiança. A Gearbox e a Take-Two podem até não estar usando spyware, mas estão sendo observadas de perto. Agora, mais do que nunca, elas precisam não só mostrar bons trailers para Borderlands 4, mas também reconquistar a confiança dos jogadores.
Com o lançamento de Borderlands 4 previsto para setembro, a questão da confiança será tão importante quanto as novidades de gameplay.
6 comentários
Randy Pitchford e a Gearbox sempre se metem em polêmica. Isso já não é mais surpresa 😂
Eu não confio mais em nenhum desenvolvedor. Eles falam uma coisa e fazem outra no fim das contas
Sério, qual é a preocupação com cheats em um jogo solo? Essa desculpa é um absurdo
Ah sim, claro, a Take-Two não usa spyware… você já viu o launcher da Rockstar? Só pode ser piada! 😂
As empresas adoram falar uma coisa e fazer outra. Não confio mais em nenhuma
Engraçado como eles dizem ‘não há spyware’, mas os novos termos de serviço estão dizendo justamente o contrário. 🙄