O Apple Vision Pro, headset de realidade mista mais ousado da Apple, está prestes a completar dois anos no mercado, e as atenções já se voltam para a próxima geração. Agora, documentos recentes da FCC (agência reguladora dos EUA) praticamente confirmam que uma versão atualizada está a caminho. 
O dispositivo aparece listado com o número de modelo A3416, e embora a Apple não tenha feito nenhum anúncio oficial, os papéis dão algumas pistas importantes.
A maior surpresa – e também a maior decepção para muitos fãs – é que o novo Vision Pro não terá suporte ao Wi-Fi 7. Enquanto iPads e outros produtos recentes da Apple já contam com a tecnologia mais avançada de rede sem fio, a atualização do headset continuará limitada ao Wi-Fi 6. Para um dispositivo que exige altíssima taxa de transferência e baixa latência, essa escolha parece conservadora demais. A Apple claramente prioriza estabilidade comprovada, mas o público esperava inovação de ponta em um produto premium.
Os arquivos da FCC confirmam a realização de testes de transmissão, SAR e desempenho WLAN. O detalhe curioso é que os mesmos documentos citam também os próximos MacBook Pro com chip M5, o que sugere que a empresa prepara uma leva de lançamentos. Muitos analistas acreditam que a nova versão do Vision Pro também deve receber o processador M5, embora isso ainda não tenha sido explicitamente confirmado.
Outra parte dos rumores envolve um modelo mais barato, supostamente chamado de Apple Vision Air. Diferente do Pro, ele seria uma alternativa mais leve e acessível, mirando um público mais amplo. Porém, segundo informações atuais, só deve aparecer em 2027. Isso reforça a estratégia da Apple de expandir sua linha de realidade aumentada aos poucos, sem pressa, mantendo o Vision Pro como produto de luxo no topo.
Quanto ao preço da nova geração, nada foi revelado. Mas, seguindo a lógica, dificilmente a versão básica custará menos que os atuais US$ 3.499. Enquanto rivais como a Meta apostam em preços agressivos para popularizar o VR, a Apple segue firme em sua proposta premium, apostando na integração total com o ecossistema da marca e em uma experiência mais refinada. Para os entusiastas, isso garante qualidade; para os críticos, reforça a ideia de que a Apple cobra demais por inovação de menos.
De qualquer forma, o recado é claro: a Apple não pretende desistir da realidade mista. Os documentos da FCC mostram que novidades estão a caminho, e em breve veremos como a empresa vai dar o próximo passo no que considera o futuro da computação pessoal.