
Apple em 2026: 15 novos produtos, Siri turbinada por Apple Intelligence e iOS 26.2 beta já na terça
Se os bastidores estiverem certos, 2026 será um daqueles anos em que a Apple pisa no acelerador em todas as frentes. No boletim Power On, Mark Gurman descreve um roteiro que combina uma leva de hardware no início do ano, um salto de inteligência no ecossistema com a nova fase da Siri sob o guarda-chuva de Apple Intelligence na virada de março para abril, e um outono marcado pela família iPhone 18 – possivelmente com o primeiro iPhone dobrável. Enquanto isso, o ciclo de software segue apertado: após a chegada pública do iOS 26.1, a beta do iOS 26.2 aterrissa já na terça-feira. O horizonte da Apple para 2026 não é apenas volume: é a tentativa de transformar tarefas do dia a dia em experiências mais contextuais, privadas e realmente úteis.
Começo de 2026: maratona de hardware
A abertura do ano deve trazer uma onda de atualizações. No iPhone, surge um modelo voltado a custo-benefício, o iPhone 17e. Nos tablets, chegam o iPad de 12ª geração com chip A18 e um iPad Air com M4, aproximando ainda mais o tablet do território de notebook. Nos Macs portáteis, a linha migra para a geração M5: um MacBook Air com M5 para quem prioriza leveza e autonomia, e dois MacBook Pro – M5 Pro e M5 Max – mirando editores, devs e quem vive de render. Para completar, novos monitores externos reforçam a aposta em setups modulares com Mac mini/Studio e telas dedicadas.
Março–abril: Siri deixa de “só responder” e passa a agir
O fio condutor do primeiro semestre é o relançamento da Siri com Apple Intelligence. A proposta é menos show e mais serviço, sustentada por três pilares:
- Ações dentro de apps (In-app Actions): pedir para adicionar leite à lista compartilhada, disparar uma mensagem no grupo certo, ou colocar um álbum na fila – tudo por voz e no contexto correto.
- Consciência de contexto pessoal: a assistente usa, de forma privada e em on-device, seus dados para achar “aquele” podcast citado no Mensagens, recuperar um anexo do Mail ou lembrar um termo salvo nas Notas.
- Consciência de tela (On-Screen Awareness): a Siri entende o que você está vendo e oferece ajuda agente: resumir o e-mail aberto, preencher um formulário com dados salvos, rascunhar respostas que referenciam o conteúdo visível.
Há ainda um novo display doméstico inteligente, com base acústica e opção de fixação na parede. Imagine um hub centrado em HomeKit: calendário na cozinha, widgets e câmeras à mão, interfone, vídeo e uma superfície “olhou-viu” para automações.
Outono de 2026: iPhone 18 e o primeiro dobrável
No fim do ano, a linha iPhone 18 deve liderar a temporada, ao lado de um aguardado iPhone dobrável. A Apple talvez não seja a primeira, mas quer ser a mais madura: dobradiça resistente, menos marcas na tela, boa ergonomia e usos que façam sentido além do “olha como dobra”. Novos Apple Watch também devem pintar, mantendo o foco em bateria, métricas esportivas e segurança – áreas em que o relógio evolui de forma silenciosa e consistente.
No radar: Macs, câmeras e óculos com IA
Entre os prováveis que podem entrar no calendário: câmeras de segurança para casa inteligente com reforço em privacidade; M5 Mac mini e um novo Mac Studio para quem prefere potência modular; iPad mini com OLED (enquanto o iPad Pro OLED ficaria para 2027); MacBook Pro com M6 Pro/M6 Max e tela OLED sensível ao toque; e até óculos inteligentes com IA, um passo a mais rumo à computação ambiente, menos centrada no telefone.
Software agora: o que muda no iOS 26.1 e o que esperar da 26.2
O iOS 26.1 chega com a chave de ativação do efeito Liquid Glass e um pacote de melhorias tangíveis: Live Translation em chinês, japonês e coreano dentro do Apple Intelligence; os primeiros traços do Model Context Protocol (MCP) – uma ponte padrão para que agentes de IA de terceiros acessem serviços da Apple e dados locais, com segurança; refinamentos do efeito “vidro” no teclado do discador; um scrubber dedicado para fotos e vídeos; gesto de deslizar para trocar de faixa no Apple Music; ícone novo do Apple TV; ajustes para encaminhar notificações; novos papéis de parede; a expansão do Local Capture do iPadOS para o iOS, permitindo gravar áudio e vídeo durante chamadas; a opção de desativar o gesto de câmera na tela bloqueada para evitar aberturas acidentais; mais idiomas no Apple Intelligence (chinês tradicional, dinamarquês, holandês, norueguês, português de Portugal, sueco, turco e vietnamita); e o Live Translation nos AirPods ganha chinês (mandarim simplificado e tradicional), italiano, japonês e coreano. Para fechar, Apple TV+ passa a se chamar apenas Apple TV.
Logo depois, já na terça-feira, estreia a beta do iOS 26.2. A expectativa é de um primeiro build mais silencioso – muita infraestrutura e APIs preparando terreno – com recursos visíveis emergindo nas compilações seguintes.
Ceticismo no ar – e a régua do sucesso
Há quem diga que a Apple vive de “passos pequenos”. Esse público quer o básico voando: Siri que faz, não só “fala”; dobrável que aguenta o tranco; autonomia de Mac que não pede tomada a cada reunião. A régua para 2026 é direta: simplificar rotinas, ampliar privacidade por padrão e elevar a utilidade da assistente. Se a Apple Intelligence entregar isso, 2026 pode virar ponto de inflexão – não apenas uma lista de especificações.
Fechamento
Quinze produtos, uma assistente mais esperta e um ciclo de iOS acelerado formam um plano ambicioso. A questão não é quantos lançamentos virão, mas se eles vão tornar o cotidiano mais simples e confiável. Se a resposta for “sim”, 2026 será lembrado como um ano pivô para a Apple.