A AMD respondeu ao anúncio bombástico da parceria entre Intel e NVIDIA com tranquilidade e confiança, destacando que continua firme em sua estratégia de oferecer tecnologias realmente disruptivas. 
A união entre as duas gigantes promete integrar a arquitetura x86 da Intel com chiplets RTX 50 da NVIDIA em um único SoC – uma jogada que pode redefinir a competição no setor de PCs e notebooks. Mas, mesmo diante dessa movimentação, a AMD garante que não se sente ameaçada e aposta em seu portfólio já consolidado e nos próximos lançamentos.
A colaboração Intel-NVIDIA foi apresentada como uma possível revolução, com projeções de que o novo chip poderá equipar até 150 milhões de laptops. Esse número impressionante mostra a agressividade da estratégia de mercado da NVIDIA, que pretende dominar o segmento portátil. No entanto, Jason Banta, executivo da AMD, afirmou que a empresa segue confiante e segura de sua capacidade de competir, reforçando que sua linha de produtos já provou ser referência em desempenho e eficiência energética.
O grande trunfo da AMD continua sendo a família Strix Halo, considerada uma das mais avançadas APUs móveis. Esses processadores entregam um equilíbrio notável entre potência e eficiência, o que os torna ideais para notebooks e sistemas compactos. Além disso, os motores XDNA para IA embarcada dão à AMD uma posição privilegiada na corrida pela inteligência artificial nos dispositivos, algo cada vez mais essencial para tarefas modernas.
Essa confiança também é sustentada pela forte adesão de fabricantes ao ecossistema da empresa. OEMs de laptops, integradores de mini-PCs e empresas de consoles portáteis têm adotado a plataforma Ryzen AI de forma ampla, fortalecendo ainda mais a presença da AMD em diferentes segmentos antes mesmo da chegada do chip Intel-NVIDIA ao mercado.
No horizonte, a AMD já tem planos concretos: o Medusa Point, previsto para 2026, e o Gator Range, para 2027, ambos baseados na futura arquitetura Zen 6. Esses chips devem não apenas melhorar ainda mais a eficiência, mas também ampliar as capacidades de IA. Enquanto isso, o cronograma de lançamento da parceria Intel-NVIDIA ainda não está definido, o que abre espaço para a AMD reforçar sua posição sem pressa.
No fim das contas, embora a aliança Intel-NVIDIA sinalize uma competição mais acirrada, a mensagem da AMD é clara: ela não vai sair do caminho que traçou. Com a experiência acumulada em APUs móveis, a confiança de parceiros globais e uma nova geração de arquiteturas a caminho, a empresa pretende continuar sendo protagonista. Para os consumidores, isso significa mais opções, maior inovação e dispositivos ainda mais potentes nos próximos anos.