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AMD FSR Redstone: o maior salto de IA para GPUs Radeon

por ytools
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AMD está prestes a lançar a maior atualização do FidelityFX Super Resolution desde a criação da tecnologia: o pacote FSR Redstone, com estreia marcada para , trazendo IA para o centro da experiência gráfica nas GPUs Radeon RX 9000 com arquitetura RDNA 4.

Para além de um simples novo driver, Redstone representa uma mudança de estratégia.
AMD FSR Redstone: o maior salto de IA para GPUs Radeon
No teaser publicado por Jack Huynh, vice-presidente sênior e chefe da divisão de Computação e Gráficos da AMD, a empresa deixa claro que quer ir além do upscaling tradicional e entrar de vez na briga de IA com a NVIDIA e seu ecossistema DLSS. A diferença é que a AMD continua insistindo em uma abordagem mais aberta, que não prende estúdios e jogadores a um único fabricante de placas de vídeo.

O pacote FSR Redstone reúne quatro pilares principais: Neural Radiance Caching, ML Ray Regeneration, ML Super Resolution e ML Frame Generation. Essas ferramentas foram detalhadas pela primeira vez na Computex 2025 e formam um stack de software que tenta equilibrar qualidade de imagem, ray tracing de última geração e desempenho alto o suficiente para manter taxas de quadros competitivas até em jogos pesados.

No caso do Neural Radiance Caching, a ideia é ensinar um modelo de machine learning a entender como a luz se comporta em diferentes cenas, materiais e ângulos. Em vez de calcular a iluminação global de maneira bruta e caríssima, a GPU passa a se apoiar em previsões inteligentes da rede neural, o que permite reflexos, sombras suaves e rebotes de luz muito mais convincentes em tempo real. Em cenários complexos, essa abordagem pode ser a diferença entre rodar um jogo em 60 fps ou vê-lo engasgar abaixo disso.

Já o ML Ray Regeneration ataca um velho inimigo do ray tracing: o ruído gerado por poucos raios amostrados. Hoje, grande parte dos jogos usa filtros de denoise tradicionais que, muitas vezes, apagam detalhes finos da cena. A solução da AMD é substituir esse estágio por um algoritmo treinado em renders ruidosos, capaz de reconstruir bordas, texturas e reflexos com bem menos borrão. Na prática, a promessa é simples: imagens mais limpas sem pagar uma conta pesada em desempenho, algo muito parecido com o Ray Reconstruction que a NVIDIA já oferece.

O ML Super Resolution é a evolução direta do FSR que os jogadores já conhecem. O quadro é renderizado em resolução mais baixa e, em seguida, reconstruído para o alvo (por exemplo, 4K) usando uma rede neural especializada em cenas de jogos. Quando bem implementado, o resultado se aproxima bastante do nativo, mantendo o consumo de recursos em um nível mais amigável para a GPU. Isso é especialmente interessante para quem joga em monitores de alta taxa de atualização e não quer abrir mão de qualidade visual.

Completando o conjunto, o ML Frame Generation insere quadros sintéticos entre os quadros realmente renderizados pela GPU. Assim como a solução de geração de quadros do DLSS 3, o foco é empurrar as taxas de fps para cima sem exigir o dobro de poder bruto. A tecnologia, porém, não é isenta de controvérsia: parte da comunidade critica o aumento de latência e a sensação de que o jogador está vendo mais previsão do que jogo real. A AMD promete mitigar esses efeitos com integração cuidadosa ao pipeline e opções claras para quem preferir desempenho tradicional.

Um gostinho do que vem por aí já apareceu em Call of Duty: Black Ops 7, onde o suporte a recursos baseados em IA começou a ser testado. Nos testes preliminares, a regeneração de raios mostra potencial para entregar cenas com menos ruído e iluminação mais estável, sem queda drástica de fps. Ainda assim, só com o lançamento final será possível saber se Redstone realmente fecha o buraco que separa o FSR do ecossistema DLSS em termos de qualidade e consistência.

Entre os jogadores, o clima é um misto de empolgação e ceticismo. Muita gente aponta que esse avanço com IA só existe porque o desempenho de ray tracing ainda deixa a desejar tanto em placas AMD quanto NVIDIA, e que Redstone chega claramente depois da festa iniciada pela concorrente verde. Ao mesmo tempo, há expectativa real de que a AMD mantenha a tradição de compatibilidade ampla: rumores apontam que o pacote pode funcionar não só em Radeon RX 9000, mas também em GPUs NVIDIA, Intel e em gerações anteriores como RDNA 3 e 3.5, o que transformaria Redstone em uma ferramenta quase obrigatória para quem quer recursos avançados sem trocar de placa imediatamente.

Com pouco tempo restante até o dia 31 de dezembro, a discussão só tende a esquentar. Alguns fãs mais empolgados já decretam vitória da série 9000 antes mesmo dos reviews, enquanto outros lembram quantos meses levou para que gerações passadas realmente mostrassem todo o seu potencial. Independentemente do lado em que você está, uma coisa parece certa: o lançamento do AMD FSR Redstone será um marco na corrida por gráficos acelerados por IA, em um mercado onde AMD, NVIDIA e Intel disputam não apenas quem tem a placa mais rápida, mas quem define o futuro de como os jogos vão ser renderizados.

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